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terça-feira, 16 de junho de 2015

Notícia: Mudanças climáticas extremas desaceleraram a ascensão dos dinossauros

Tradução por: Fabiane Santos

Um dia, dinossauros dominaram o planeta - mas eles passaram seus primeiros 30 milhões de anos presos em suas bordas geográficas. Grandes dinossauros floresciam perto dos polos, mas apenas alguns pequenininhos, de tamanho comparável a avestruzes, conseguiram se estabelecer em latitudes mais baixas e quentes. 

Répteis dominavam o sudoeste dos EUA há 212 milhões de anos, quando répteis eram escassos
Pesquisas recentes sugerem que o clima instável nestas regiões mantiveram os grandes dinossauros contidos por milhões de anos, já que as condições em latitudes mais baixas variavam violentamente entre períodos secos e quentes.

A descoberta é baseada em uma detalhada história climática reconstruída a partir de rochas sedimentares em Novo México (EUA), que datam de cerca de 215 - 205 milhões de anos atrás, durante o período Triássico tardio. Naquele período, esta área ficava ao norte da linha do equador, aproximadamente onde hoje se encontra a Costa Rica. A região era dominada por répteis arcaicos (alguns relacionados a crocodilos), com poucas espécies de pequenos dinossauros presentes.

Jessica Whiteside, a pesquisadora de geoquímica orgânica da Universidade de Southampton responsável pelo estudo, acompanhou o crescimento de plantas antigas através da análise de isótopos de carbono em nódulos de solo petrificado nas camadas de rocha. Ela encontrou sequências de picos e depressões na quantidade de carbono-13 “pesado”, sinal de uma grande perturbação ecológica. Estes picos alinham-se com mudanças súbitas no pólen capturado nas rochas, indicando mudanças periódicas entre plantas adaptadas a condições quentes e aqueças que preferiam um ambiente com clima mais árido.
Este ambiente instável pode ter impedido os dinossauros maiores de sobreviverem nas regiões mais afastadas dos polos, pois grandes dinossauros herbívoros requeriam recursos muito mais estáveis, segundo Randall Irmis, paleontólogo do Museu de História Natural de Utah, em Salt Lake City e co-autor do estudo. 

Desta maneira, a inconstância da quantidade de recursos durante este período de intensa mudança entre “seco e úmido” não sustentava a presença de grandes animais, a princípio. Durante estes 30 milhões de anos, dinossauros menores eram capazes de migrar para outras regiões por apresentarem uma demanda energética e alimentar muito menor. “Em climas quentes, secos e com grandes flutuações, coisas menores possuem uma melhor chance de sobrevivência”, como afirmado por Randall Irmis. Além disto, quase não há registros fósseis de dinossauros de grande porte datando do Triássico tardio. 


Fonte: Nature News

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