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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Artigo: Caça ilegal e a Síndrome da Floresta Vazia: ameaças à biodiversidade


Artigo: The empty forest revisited
Autores: David S. Wilkie, Elizabeth L. Bennett, Carlos A. Peres e Andrew A. Cunningham
Publicado em: Annals of the New York Academy of Sciences
Ano: 2011


Por Pedro Sena



Figura1. Parque Estadual Carlos Botelho, São Paulo
O referido artigo aborda um assunto que foi inicialmente descrito por Kent Redford, em 1992, em um artigo publicado na Bioscience, que alerta sobre a síndrome da floresta vazia. As florestas que apresentam esse quadro são áreas que externamente parecem saudáveis, porém existe um quadro de defaunação (perda da fauna) que prejudica o funcionamento daquele ambiente. As principais causas são a fragmentação florestal e a caça ilegal, que é o foco do artigo de Wilkie e seus colaboradores. 

As principais consequências de florestas sem grandes vertebrados são redução na dispersão de sementes, alteração nos índices de recrutamento de árvores, alterações na abundância relativa de espécies e outros tipos de danos funcionais. 


Além disso, a perda de certas espécies (espécies-chave, engenheiros ecossistêmicos e organismos com altos valores de importância na comunidade, por exemplo) pode prejudicar profundamente o funcionamento do ambiente, já que essas espécies desempenham um papel de grande relevância que não pode ser substituído em curto prazo. 

Figura 2. Caça ilegal das presas dos elefantes
Os autores do artigo escolhido apontam a caça como um dos principais agravantes no processo de esvaziamento das florestas e listam fatores que contribuem para o aumento da caça nesses locais, como: 

- a pobreza e falta de alternativa de renda da maioria dos caçadores; 

- a proximidade de populações humanas no entorno das florestas; 

- alto valor de mercado atribuído a específicos grupos de animais, principalmente os de maior porte, além do aumento da compra dos animais caçados seja para alimentação, ornamentação, entre outros; 

- carência de fiscalização, com falta de órgãos públicos efetivamente preparados para punir e controlar os níveis de caça, entre outros fatores. 

Se pararmos para refletir, o consumo de produtos relacionados à vida silvestre, seja para alimentação ou ornamentação, por exemplo, é um fator que está indiretamente associado à síndrome do esvaziamento das florestas. Sendo assim, faz parte do nosso papel como cidadãos, denunciar esse tipo de comercialização pós-caça, além de não alimentar de forma alguma tal negócio que só é rentável, em curto prazo, para os vendedores desse tipo de propriedade que pertence somente à natureza. 

Referências:

Redford, K. H. The empty Forest. Bioscience, v.42, p.412-422, 1992.

Para ler o artigo completo clique aqui:
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1749-6632.2010.05908.x/pdf

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O preocupante estado da biodiversidade no mundo

Fonte: Blog Ciência e Meio Ambiente, Uol

HYDERABAD, Índia - Mais de 400 espécies foram adicionadas esta quarta-feira à lista de animais e plantas ameaçados de extinção. Esses são os números do estado da biodiversidade no mundo, enquanto se realiza uma reunião ministerial sob os auspícios da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD) da ONU, em Hyderabad, Índia.

- Das 65.518 espécies que integram a Lista Vermelha (de espécies ameaçadas) compilada pela União para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), 20.219 estão em risco de extinção.

- Destas, 4.088 estão em risco crítico de extinção, 5.919 em risco e 10.212 são consideradas vulneráveis. Sessenta e três espécies só sobrevivem em cativeiro e 795 desapareceram completamente.

- Os grupos ameaçados incluem 41% de todas as espécies de anfíbios, 33% de recifes de coral, 25% de mamíferos, 20% de plantas e 13% de aves.

- No ano passado, cientistas escreveram na revista científica Nature que o homem poderia ter desencadeado a sexta extinção em massa conhecida da história da Terra. A última foi a que acabou com os dinossauros, há cerca de 65 milhões de anos.

- Por volta de 1,75 milhão de espécies de plantas, insetos e microorganismos foram identificados até o momento pelos cientistas, embora eles afirmem que existam entre 3 e 100 milhões de espécies na Terra.

- A metade das áreas de pântano da Terra foi destruída nos últimos 100 anos, segundo pesquisa em curso intitulada TEEB, sigla em inglês para Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade.
 
- Entre os mais afetados estão os manguezais, que recuaram 20% (3,6 milhões de hectares) desde 1980.

- A expansão humana levou à destruição de seis milhões de hectares de florestas primárias ao ano desde 2006, segundo a IUCN.

- O percentual de reservas de peixes oceânicos que foi superexplorada, esgotada ou que está se recuperando da exploração aumentou de 10% em 1974 para 32% em 2008.

- O líder do TEEB, o economista indiano Pavan Sukhdev, calculou que a perda da biodiversidade de traduz em um custo de US$ 1,75 trilhão a US$ 4 trilhões ao ano.
 
- Os países prometeram realizar, sob as Metas de Desenvolvimento do Milênio, a "redução significativa" do percentual de perdas de animais e vegetais até 2010, um objetivo que foi amplamente descumprido, segundo a ONU.

- A última conferência da CDB, em Nagoia (Japão), em 2010, adotou um plano de 20 pontos para reverter a perda da biodiversidade até 2020.
 
- As metas do plano incluem reduzir à metade a taxa da perda de hábitats, expandir as áreas aquáticas e terrestres consideradas em conservação, prevenir a extinção de espécies que estejam atualmente na lista de ameaçadas, bem como restaurar pelo menos 15% dos ecossistemas degradados.

Da Agência France Presse.

sábado, 27 de outubro de 2012

Manual alerta sobre defensivos agrícolas e traz recomendações práticas a produtores


Apesar de importantes no controle de pragas agrícolas, defensivos podem causar danos ao homem, animais e meio ambiente. Manual que orienta sobre o uso e riscos, pode ser baixado gratuitamente.

O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) acaba de lançar mais um volume da série “Boas Práticas”, em colaboração com pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade de Medicina Veterinária de Viena, Áustria. Desta vez, a publicação lida com a importante questão de como reduzir o risco do uso de agrotóxicos para a saúde humana e para o meio ambiente.

O dano causado ao homem pelo uso indevido de agrotóxicos, segundo Luis Schiesari, professor de Gestão Ambiental da USP e um dos autores do estudo, varia de irritação na pele, náusea e dor de cabeça podendo chegar até a morte, passando por câncer e danos ao sistema reprodutivo, nervoso, hormonal e desenvolvimento fetal. “Por isso devem ser usados apenas quando estritamente necessário, nas formulações e doses corretas, e cercando-se de todos os cuidados”, diz. 

O manual destaca a importância da consulta a profissionais especializados e receituário na escolha e aplicação do produto, já que o próprio produto traz informações indispensáveis sobre sua toxicidade, armazenamento e manuseio, e procedimentos em caso de vazamento e intoxicação. A publicação, disponível gratuitamente para download no site do IPAM, traz também recomendações acerca das condições climáticas adequadas para a aplicação e o procedimento indicado para a lavagem, armazenamento e devolução das embalagens vazias. Finalmente, o manual traz uma seção com instituições, telefones e links úteis no caso de dúvidas. Oswaldo Carvalho Jr., pesquisador do IPAM, ressalta a importância da consulta a esse manual por todos os agricultores e a necessidade da consulta ao profissional especializado. “Esses produtos estão amplamente disponíveis no mercado e são extremamente atrativos pelos resultados. No entanto, por conterem substâncias que podem causar danos a saúde, exigem um cuidado especial na sua aplicação e manuseio”, diz Carvalho. 

O Brasil é, desde 2008, o maior consumidor global de insumos químicos para agricultura. Sendo que substâncias já proibidas em vários países encontram mercado fértil em terras brasileiras. (Fonte: Ciência Hoje). Os outros volumes da série “Boas Práticas” tratam de assuntos que vão desde manejo e recuperação de mata ciliar em regiões florestais da Amazônia até identificação de mamíferos por pegadas deixadas no solo. Todas as publicações são gratuitas e podem ser acessadas pelo site do IPAM (Série Boas Práticas).




www. IPAM.org.br | Twitter: IPAM_Amazonia | Facebook: http://on.fb.me/IPAMamazonia

Reservas naturais itinerantes podem salvar espécies marinhas de extinção, diz estudo




Por Luiz Eduardo

Fonte: BBC Brasil- Notícias


Cientistas americanos afirmam que as áreas de preservação dos oceanos, onde caça e pesca não são permitidas, precisam ser móveis para proteger as espécies marinhas.


A ideia de que apenas áreas fixas de preservação no oceano podem ser criadas está ultrapassada e não reflete o comportamento dinâmico de algumas criaturas marinhas, segundo os cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.


"Mas, estudos com rastreamento mostraram que muitos organismos, peixes, mamíferos marinhos, tartarugas marinhas, aves marinhas e tubarões, respondem a traços oceanográficos que não têm um ponto fixo", acrescentou."Menos de 1% do oceano está protegido atualmente e estes parques marinhos tendem a ser determinados ao redor de objetos que ficam parados, como recifes de coral ou montanhas marinhas", disse o professor Larry Crowder, diretor científico do Centro para Soluções Oceânicas da Universidade de Stanford.

"Estes são caminhos e correntes que se movem com as estações, do verão ao inverno, de ano a ano, baseados em mudanças climáticas oceanográficas como o El Niño."

Crowder e outros cientistas marinhos afirmam que o desafio agora é tentar determinar um sistema de reservas marinhas que seja tão dinâmico como as criaturas que se tenta proteger.

Para ler a matéria completa clique aqui: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/02/120220_reservas_marinhas_fn.shtml

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Artigo: Bem-estar Animal: um Conceito Legítimo para Peixes?


Por Paulo Paixão.

O Bem-estar animal refere-se à qualidade de vida dos animais (Appleby, 1999), esta ciência tem como objetivo caracterizar o estado que se encontram os animais, e desenvolver métodos para melhorar sua qualidade de vida quando estão sob a responsabilidade de humanos. As definições propostas de bem-estar animal assentam em três vertentes fundamentais (Fraser, Weary,Pajor & Milligan, 1997).: 1-funcionamento orgânico (características físicas - ex: doenças, ferimentos, más nutrição e formação, 2-experiências mentais (estados mentais - ex: dor, medo, tédio, alegria, conforto e prazer) e 3-“natureza” dos animais (hábitos, se os animais podem expressar seu repertório natural de comportamentos).

O tempo de exposição a esses agentes causadores de estresse e a intensidade da exposição desencadeia diferentes respostas fisiológicas e comportamentais. O estresse pode ser considerado como um conjunto de respostas não específicas do organismo a situações que ameaçam desequilibrar a sua homeostase (Barton, 2002; FSBI, 2002). Os agentes estressores podem ser de natureza física (ex: temperatura, transporte, confinamento e manuseio) química (ex: pH e oxigênio) e causados por animais (ex: predadores), por isso o estresse implica num importante fator para mensurar a qualidade de vida do animal, que vai resultar num controle destes sofrimentos promovendo seu prazer e bem-estar em cativeiro.

O conceito de bem-estar animal está relacionado com a capacidade de o animal ter ou não consciência de sensações e sentimentos (senciência), e nos peixes já foi possível perceber:

-Uso de conhecimentos aprendidos com peixes de mesma espécie;
-Alteração de comportamento ao perceber outros animais (ex: preparar-se para lutar ou fugir)
-Memória espacial (ex: local de alimento);
-Comportamento antecipatório (ao perceber certo estímulo o animal sabe que algo está para acontecer, ex: condicionamento alimentar);
-Associação de eventos ao tempo e lugar;
-Comportamento de evitar lugares perigosos.

A existência da senciência em peixes lhes confere um estatuto moral com implicações éticas na sua proteção. Ainda existem inúmeras questões sobre bem-estar de peixes que precisam ser esclarecidas e pesquisadas, sendo a formulação de recomendações para a manutenção e tratamentos destes animais em cativeiro uma necessidade cada vez mais pertinente.

Leia artigo completo aqui.

Paulo H. G. Paixão é estudante do 4º período do curso de Engenharia de Pesca da UFRPE.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Artigo: Produção Convencional x Integrada em Pessegueiro

Com o intuito de redução de insumos e controle ecológico de pragas e doenças que interfiram minimamente no meio ambiente, a produção integrada de frutas já é considerada uma das melhores alternativas de manejo de plantas frutíferas. Esta procura reduzir uso de agrotóxicos, produtos prejudiciais ao meio ambiente e saúde humana, ou fomentar boas práticas agrícolas. Para esse propósito, é necessário o conhecimento do local e do clima em que se está trabalhando. O seguinte experimento foi realizado na cidade de São Jerônimo (latitude 30º 05' S e longitude 51º 39' W, altitude média de 50 m) com plantas de pessegueiros de cv. Marli comparando sistemas de produção convencional (PC) e integrado (PI) em relação as boas práticas de manejo da planta e do solo, controle fitossanitário, aspectos econômicos, assim como a qualidade do fruto objetivando o estabelecimento de sistemas de produção integrada de caroço na Depressão Central-RS. Na área de PI os pessegueiros apresentaram menor número de frutos por planta, entretanto, os frutos apresentaram maior tamanho e peso não interferindo na qualidade final do produto, além disso, pelo monitoramento de pragas e doenças proporcionaram redução na aplicação de produtos químicos. De uma forma geral, é possível produzir frutos de melhor qualidade com redução considerável desses produtos e utilizando outros manejos efetivos.

Para ler o artigo completo, clique aqui!

Resumo por: Magda Aline.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Seca em Pernambuco deixa o estado em situação de emergência

Seca no Nordeste obriga criadores de gado a deixar Pernambuco

Em maio deste ano nove mil animais foram levados de Pernambuco para o Maranhão e o Pará. Agora, a fuga em busca da sobrevivência tomou outro caminho: Alagoas.

 Fonte: Jornal Nacional

A pior seca das últimas três décadas no Nordeste obrigou criadores de gado a deixar uma região que já foi umas das mais prósperas de Pernambuco. Eles fogem da estiagem e também de uma praga, como mostra a repórter Beatriz Castro.
Currais vazios, sítios abandonados, pequenos produtores à beira do desespero na bacia leiteira pernambucana.
"Não tem mais como eu continuar nesta vida aqui não", disse o pecuarista Luiz Neto Julião Martins.
Os bezerros disputam a casca seca da algaroba, árvore típica do Nordeste. Sem conseguir alimentar todo o rebanho, o pecuarista Jerônimo Bezerra da Silva Júnior teve que vender 40 dos 50 animais que criava. A produção de leite despencou de 280 litros por dia para 30.
"Não tem ração. Eu estou dividindo o meu pão com as vacas", contou Jerônimo.
Situação que se repete em muitos lugares do estado.
"Teve uma redução de aproximadamente oitenta por cento do rebanho leiteiro e da produção de leite do município", afirmou José Evandro Leite Torres, do Instituto Agronômico de Pernambuco.
Em maio deste ano nove mil animais foram levados de Pernambuco para o Maranhão e o Pará. Agora, a fuga em busca da sobrevivência tomou outro caminho: Alagoas.
Os pecuaristas e rebanho estão longe de casa. Mais de 200 quilômetros separam a bacia leiteira de Pernambuco, de batalha, no sertão de Alagoas.
Os dois estados vizinhos foram atingidos pela seca, mas em Pernambuco, existe um agravante: a palma, o alimento que sustenta o rebanho nos dias mais difíceis da seca, desapareceu das plantações.
Uma praga conhecida por cochonilha do carmim dizimou o plantio em áreas de Pernambuco. O jeito foi juntar os parentes, os amigos, as economias e arrendar terras em Alagoas, onde o gado ainda tem palma pra comer.

“Está gastando tudo e tem que gastar. É melhor do que perder tudo”, revelou pecuarista José Soares da Silva.
Cerca de 20 pecuaristas pernambucanos e mais de mil animais, estão em Batalha, esperando dias melhores para voltar para casa.

“Quando é que você volta?”, perguntou a repórter.

“Só Deus sabe”, respondeu José Vieira Paz.

A Secretaria de Agricultura de Pernambuco declarou que está atendendo um milhão cento e cinquenta mil pessoas com linhas de crédito emergenciais, com programas sociais e com a distribuição de água em caminhões-pipa. O Instituto Agronômico do Estado informou que já está distribuindo variedades de palma resistentes a pragas.
  
Para assistir a reportagem clique aqui:  http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/10/seca-no-nordeste-obriga-criadores-de-gado-deixar-pernambuco.html

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Oportunidade: Palestra do Fórum de Ecologia e Evolução acontece no próximo dia 24/10, na UFPE.


O Fórum de Ecologia e Evolução da Universidade Federal de Pernambuco oferece na próxima quarta-feira, 24, palestra intitulada: "América do Sul... Um cenário para extensa diversificação e inovações evolutivas na subfamília Allioideae (Amaryllidaceae)", ministrada pelo Dr. Luiz Gustavo Rodrigues de Souza, do Departamento de Botânica da UFPE. O evento ocorrerá às 13h, no Auditório do CCB, da UFPE.

Mais informações: http://tinyurl.com/ecoevol

Artigo: Gestão e Uso Público de Unidades de Conservação: um olhar sobre os desafios e possibilidades.



O artigo apresenta uma caracterização da estrutura, gestão e dificuldades de treze Unidades de Conservação (UCs) do país, oito Parques Estaduais de São Paulo e cinco Parques Nacionais. A pesquisa foi feita por meio de um questionário com perguntas abertas, onde os gestores das UCs foram indagados, diretamente ou indiretamente, sobre os programas de visitação oferecidos, média de visitação, problemas enfrentados, destinação dos recursos governamentais, relação das UCs com as comunidades próximas e programas para a integração das populações do entorno, entre outros questionamentos que visaram conhecer a dinâmica das UCs e discutir sobre possíveis mudanças para melhor utilizar os espaços de forma a mostrar aos visitantes a importância de preservar os ambientes naturais, fortalecendo, assim, o chamado ecoturismo.


Fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Artigo: Golfinho fica alerta por até 15 dias sem ficar cansado, sugere estudo

Fonte: G1
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (17) na publicação científica “PLoS ONE” afirma que golfinhos conseguem ficar alerta contra possíveis ataques por até 15 dias consecutivos, sem precisar de descanso, graças à característica de adormecer apenas metade de seu cérebro por vez.

O estudo, conduzido pela Fundação Nacional de Mamíferos Marinhos dos Estados Unidos, afirma que esses animais utilizam essa técnica de "ecolocalização" por até duas semanas seguidas.

Na prática, mesmo dormindo, os golfinhos conseguem identificar seres e objetos próximos, monitorar seu ambiente a partir de uma avaliação da frequência de sons e, consequentemente, fugir se for preciso.

Os investigadores estudaram dois exemplares de golfinhos: Say, uma fêmea de 30 anos, e Nay, um macho de 26 anos. Ambos foram colocados em um ambiente de testes na Baía de San Diego.

A partir das observações feitas pelos pesquisadores, foi possível descobrir que esses mamíferos aquáticos eram capazes de cumprir a tarefa biológica de “sentinela” sem aparentar sinais de fadiga por, pelo menos, cinco dias consecutivos. A fêmea, no entanto, realizou tarefas adicionais por mais dez dias.

Os cientistas acreditam que a técnica dos golfinhos de dormir “desligando” apenas uma metade do cérebro por vez foi desenvolvida para que esses animais sejam capazes de respirar na superfície de ambientes marítimos mesmo quando estão adormecidos.

Clique aqui para acessar o trabalho completo!

Fonte: G1

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Oportunidade: 22º Programa Bolsas de Verão do CNPEM

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) receberá – no período de 15 de agosto a 30 de outubro de 2012 – inscrições de interessados em participar do 22º Programa Bolsas de Verão. O objetivo do Programa é estimular bons estudantes universitários para a carreira de pesquisa científica. Poderão se inscrever universitários matriculados em instituições localizadas na América Latina e Caribe.

O 22º Programa será realizado nos meses de janeiro e fevereiro de 2013. Os estudantes selecionados ficarão dedicados a desenvolver, de modo individual e sob supervisão de pesquisadores qualificados, projetos científicos e tecnológicos nos Laboratórios Nacionais que formam o CNPEM. São eles, o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano). 


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Artigo: Áreas e Ações Prioritárias para Conservação da Biodiversidade da Caatinga


ÁREAS E AÇÕES PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE DA CAATINGA


Autores: Marcelo Tabarelli & José Maria Cardoso da Silva

A identificação de áreas e ações prioritárias é o primeiro passo para a elaboração de uma estratégia regional ou nacional para a conservação da diversidade biológica (Noss et al. 1997, Margules & Pressey 2000), pois permite ordenar os esforços e recursos disponíveis para conservação e subsidiar a elaboração de políticas públicas de ordenamento territorial. Recentemente, a Caatinga foi reconhecida como uma das 37 grandes regiões naturais do planeta, conforme estudo coordenado pela Conservation International. Grandes regiões naturais são ecossistemas que ainda abrigam, pelo menos, 70% de sua cobertura vegetal original, ocupam áreas superiores a 100.000 km2 e, desta forma, são considerados estratégicos no contexto das grandes mudanças globais (Gil 2002).
Infelizmente, a Caatinga permanece como um dos ecossistemas menos conhecidos na América do Sul do ponto de vista científico (MMA 1998).
Para a identificação das áreas e ações prioritárias da Caatinga foi desenvolvido o subprojeto “Avaliação e Ações Prioritárias para Conservação da Biodiversidade do Bioma Caatinga”. O subprojeto teve como objetivos: (1) consolidar as informações sobre a diversidade biológica da Caatinga e identificar lacunas de 
conhecimento; (2) identificar ações prioritárias para conservação, com base em critérios de importância biológica, integridade dos ecossistemas e oportunidades para ações de conservação da biodiversidade; (3) identificar e avaliar a utilização e as alternativas para uso dos recursos naturais, compatíveis com a conservação da biodiversidade; e (4) promover um movimento de conscientização e participação efetiva da sociedade na conservação da biodiversidade desse ecossistema.

Para ler o artigo completo a partir da página 777 clique aqui: http://www.mma.gov.br/estruturas/203/_arquivos/5_livro_ecologia_e_conservao_da_caatinga_203.pdf


terça-feira, 16 de outubro de 2012

CNPq recebe propostas sobre métodos alternativos ao uso de animais em pesquisas

BRASÍLIA - O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) está selecionando propostas para estruturação da Rede Nacional de Métodos Alternativos ao Uso de Animais em Pesquisas (Renama). O prazo para inscrições vai até quinta-feira (18).
 
A Renama foi criada em junho deste ano com o objetivo de atuar no desenvolvimento, na validação e na certificação de tecnologias e de métodos alternativos ao uso de animais para os testes de segurança e de eficácia de medicamentos e cosméticos. Outra atribuição da rede é promover maior integração de trabalhos e estudos colaborativos de grupos que atuam nessa área.

Pelo edital, estão previstos recursos no valor de R$ 1,1 milhão para propostas voltadas para as linhas temáticas: financiamento de pesquisas para implementação em laboratórios, desenvolvimento e validação de modelo de pele humana na forma de kits para testes de segurança e eficácia, e métodos alternativos ao uso de animais.

As propostas devem ser encaminhadas ao CNPq exclusivamente pela internet e acompanhadas de arquivo contendo o projeto. A chamada e o regulamento podem ser conferidos no site da instituição.

De acordo com o presidente da Federação Latino-Americana de Biofísica, Marcelo Morales, a criação e o fortalecimento do Renama são fundamentais para o avanço da substituição de animais em pesquisas, quando houver comprovação científica da eficácia do método alternativo.

Morales, que também é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), citou o exemplo de um método certificado internacionalmente para substituir os animais em testes de irritabilidade de pele. Esses kits, com estruturas celulares produzidas em cultura, são comercializados, mas o curto prazo de validade prejudica a importação pelo Brasil.

"O Brasil ainda não usa esse kit porque não conseguimos importar e usar durante o período de validade, que é apenas sete dias. Depois de ser enviado e passar por todos os trâmites da alfândega, o prazo já foi ultrapassado. É muito importante que tenhamos uma rede nacional que faça pesquisa com esses métodos alternativos e nos permita substituir sempre que possível", avaliou.

Morales enfatiza, no entanto, que o uso de animais para fins científicos ainda será necessário por muito tempo. "Neste momento, o Brasil dá os primeiros passos na proliferação desses métodos, mas ainda há uma necessidade muito grande dos animais para a ciência. Só vamos conseguir substituir em alguns casos. Ainda é desta forma [com uso dos animais] que vamos conseguir fazer novas metodologias para a produção de medicamentos e de vacinas não só para uso de seres humanos, mas também dos próprios animais", explicou.

Ele lembrou que a legislação brasileira exige que todas as instituições em que são feitas pesquisas com o uso de animais tenham uma comissão de bioética responsável por garantir que não lhes seja causado sofrimento. A representante no Brasil da organização Worldwide Events to End Animal Cruelty (Weeac), que defende o fim da crueldade contra animais, Patrícia El-Moor, vê com certo otimismo a iniciativa do governo brasileiro. Embora reconheça que a criação do Renama causa desconfiança entre ativistas que exigem uma resposta mais rápida e definitiva às suas demandas, ela acredita que a rede vai contribuir, de fato, para incentivar pesquisas de métodos substitutivos.

"Muitos ativistas defendem a libertação animal completa e imediata, mas eu acho que essa iniciativa, pelo menos, acaba com o argumento, de quem utiliza animais para fins didáticos ou em experiências científicas, que não há incentivo para o desenvolvimento de outros métodos. É um primeiro passò, destacou.

Por Thais Leitão (Agência Brasil)

Fonte: NE-10.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Artigo: A Educação Ambiental a partir de um olhar Freiriano

Este artigo é um recorte dos resultados de dissertação de mestrado, no qual foram analisadas propostas de Educação Ambiental para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, partindo de uma análise crítica de caráter exploratório, descritivo e qualitativo, baseado em Ludke e André (1986). A fundamentação teórica baseou-se no diálogo entre a educação problematizadora, concepção de Paulo Freire, que enfatiza, dentre outros fatores, o respeito que o educador deve ter pelo conhecimento que o educando traz para a escola, relacionando-o às concepções da Educação Ambiental de Isabel Cristina de Moura Carvalho, priorizando a problematização dos conhecimentos à partir da realidade imediata e questionando uma postura ética com o meio.

Para leitura completa do artigo clique aqui.

Fonte: Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental

Artigo: Pesquisadores da USP descobrem nove espécies de briozoários

Fonte: Agência FAPESP
Estudo realizado por pesquisadores do Centro de Biologia Marinha (Cebimar) da Universidade de São Paulo (USP) resultou na descrição de nove espécies novas de briozoários do gênero Bugula no litoral brasileiro. Os briozoários são animais invertebrados majoritariamente marinhos que vivem em colônias, presos ao substrato.

Veja o artigo completo clicando aqui: Nine New Species of Bugula Oken.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Oportunidade: I Seminário de Pesquisa, Cultura, Ambiente e Educação

Clique na imagem para ampliá-la! 

Curiosidades: Tartaruga que urina pela boca surpreende cientistas



A espécie é encontrada em águas pantanosas e salobras, e é nativa de grande parte da Ásia Oriental. Foto: BBC Brasil
Fonte: BBC Brasil
Tartarugas chinesas de casco mole descartam urina através de suas bocas, segundo cientistas de Cingapura. Os biólogos ficaram inicialmente intrigados com o comportamento das tartarugas porque, apesar de usar seus pulmões para respirar, os animais, muitas vezes, mergulhavam a cabeça na água por longos períodos.

 Ao observar o comportamento do animal e testar a água, acabaram descobrindo que o réptil havia excretado pela boca uma quantidade de urina muito superior à excretada pela cloaca. E, no longo período embaixo d'água, enxaguavam a boca.

A descoberta se soma a pesquisas anteriores, que sugeriam que as tartarugas têm tecidos da boca altamente especializados. O professor Ip Yeung Kwon e seus colegas da Universidade Nacional de Cingapura publicaram o estudo no Journal of Experimental Biology.

A espécie, Pelodiscus sinensis, é encontrada em águas pantanosas e salobras, e é nativa de grande parte da Ásia Oriental. Suas bocas incomuns foram discutidas pela primeira vez por cientistas mais de um século atrás, quando pesquisadores sugeriram que os tecidos aveludados funcionariam de forma semelhante a brânquias nos peixes.

Os biólogos teorizaram que o tecido da boca poderia ter o papel de filtrar oxigênio e sal, mas, de acordo com Kwon, este processo não estaria "bem definido".

No seu conjunto, as tartarugas respiram da mesma maneira que a maioria dos outros membros da família quelônio, que inclui jabutis, tartarugas e cágados.
Mergulhos de até 100 minutos
As tartarugas respiram puxando ar para os pulmões, mas observações da espécie mostraram que estes animais ocasionalmente submergem a cabeça na água por até 100 minutos.
Kwon e seus colegas trouxeram uma tartaruga para o laboratório para estudar como elas não se afogavam e investigar o que mais poderia estar acontecendo.

O movimento rítmico da garganta da tartaruga, sem falar do fato de que permaneciam vivas, sinalizou que o animal estava de fato de respirando durante estes períodos submersos.

Os cientistas também analisaram como a química da água mudou e encontraram aumento dos níveis de ureia. A maioria dos vertebrados expulsa ureia através da urina - filtrada nos rins. Em tartarugas, a ureia é descartada pela cloaca, o único orifício usado para descarte de resíduos e reprodução.

"Ao longo do período de estudo, a taxa de excreção de ureia através da boca foi significativamente maior, de 15 a 49 vezes, do que através da cloaca", disse o professor Kwon. "Estes resultados indicam, pela primeira vez, que movimentos da boca e da garganta estavam envolvidos na excreção de ureia."

Kwon disse à BBC que a capacidade de descartar resíduos através da boca é exclusiva desta espécie. Mas ele sugeriu que a capacidade poderia ser evolutivamente ligada à forma como alguns mamíferos, como morcegos, bovinos e caprinos, "reciclam" nitrogênio, excretando ureia através de sua saliva.

"Ficamos muito surpresos com nossos resultados, porque é geralmente aceito que o rim é responsável pela excreção de ureia em vertebrados - exceto peixes", disse ele.

Tartarugas chinesas de casca mole são uma iguaria em muitas partes da Ásia e são criadas extensivamente. Uma pesquisa recente em 684 fazendas na China sugeriu que 91 milhões de tartarugas são vendidas a cada ano. No entanto, as populações selvagens são classificadas como "vulneráveis" pela União Internacional para a Conservação da Natureza.


Fonte: Site Terra/ BBC

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Oportunidade: Primeiro Curso sobre Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade do Nordeste

As florestas contribuem com serviços ambientais no valor de U$ 4,7 trilhões, como ciclagem de nutrientes, provisão de matérias-primas, regulação do clima e controle de erosão. É o que afirma o Relatório Preliminar TEEB para o Setor de Negócios Brasileiro (2012). O dado é global, mas essa prática pode ser aplicada em âmbito local. Pensando em fomentar essa iniciativa, o Núcleo de Formação em Ciência & Tecnologia Ambiental do Nordeste lança o curso Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (The Economy of Ecosystems and Biodiversity-TEEB).


O curso será realizado entre os dias 5 e 9 de novembro, no Auditório do Sindaçúcar, no Recife, e terá abordagens práticas e teóricas. O foco do curso será a porção da Floresta Atlântica mais ameaçada de todo o território brasileiro: a do Corredor de Biodiversidade do Nordeste. O objetivo principal do curso é apresentar de forma prática os principais conceitos e ferramentas que fundamentam o TEEB e,principalmente, como aplicar esses fundamentos em negócios, projetos e políticas públicas de conservação de biodiversidade.


O curso é gratuito e será coordenado pelo Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan) e o Environmental Leadership Training Initiative (ELTI), instituição vinculada a Universidade de Yale e ao Instituto Smithsonian de Investigaciones Tropicales. Os interessados deverão colocar seus dados e responder às perguntas da ficha de interesse e enviá-la devidamente preenchida até o dia 24 de outubro para o email nucleo@cepan.org.br. Os organizadores selecionarão 30 pessoas para participar do curso de acordo com o perfil e a relevância que o curso tem na vida profissional dos interessados. A divulgação dos selecionados será no dia 29 de outubro.


TEEB - O estudo da Economia de Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB) é uma iniciativa internacional puxada por países do G8 e em desenvolvimento que tenta atrair a atenção dos empreendedores e gestores públicos sobre a importância e benefícios da biodiversidade. O estudo mostra que é possível gerar economia com a conservação da biodiversidade, e que há perdas econômicas, sociais e ambientais quando o meio ambiente é degradado.

Clique aqui para baixar a Ficha de Inscrição!

Fonte: CEPAN

Código Florestal: Lei pode ter disputa na Justiça

BRASÍLIA, DF - Após o confronto no Congresso entre governo federal e bancada ruralista para aprovar a MP (medida provisória) que complementa o Código Florestal, a questão pode ter um novo round - desta vez, na Justiça.

Vai haver problemas principalmente no que tange as áreas de proteção consolidadas e os princípios colocados na medida provisória. São dois pontos que vamos buscar nossos direitos na Justiça, disse o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária.

Segundo ele, mesmo após a aprovação do novo texto do Código Florestal não ficou claro se as áreas consolidadas compreendem a zona rural, urbana ou as duas, o que pode abrir margem para penalidades aos produtores. Em relação aos princípios, a avaliação de parte dos ruralistas é a de que o texto aprovado é muito abrangente e não respeita a realidade de cada região.

A medida provisória traz como fundamento a proteção e o uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa e consagra compromisso do país com o modelo de desenvolvimento ecologicamente sustentável.

Isso é muito subjetivo. Dá margem para qualquer tipo de interpretação sem que seja levado em conta a realidade de um território. O juiz poderá dar uma decisão que vai se basear num princípio e não na lei, afirmou Colatto. Para o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, o texto aprovado no Congresso deve ser comemorado.

Não acredito mais em guerra jurídica. Acredito em avanços [DO CÓDIGO] que devem ser aplaudidos, afirmou Ribeiro à Folha de S.Paulo. O ministro, no entanto, foi evasivo ao ser questionado sobre sobre quais pontos da proposta aprovada sua pasta deve sugerir para serem vetados. Acho que o texto aprovado no Congresso é o texto da maioria, mas agora o governo reserva-se o direito de analisá-lo, afirmou.

Vetos Um grupo interministerial deve se reunir nos próximos dias para apresentar à presidente Dilma Rousseff sugestões de vetos e soluções para as lacunas jurídicas que eventualmente surgirem com eles. A equipe é composta por integrantes da Advocacia-Geral da União e dos Ministérios do Meio Ambiente, Agricultura e Desenvolvimento Agrário. A maior possibilidade é que o governo federal use normas que não passam pelo Congresso para preencher esses buracos.

Fonte: Ciência e Meio Ambiente

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Notícia: Grande Barreira de Corais australiana encolheu em 27 anos

Grande Barreira de Corais australiana encolheu em 27 anos



SYDNEY - A Grande Barreira de Corais da Austrália perdeu mais da metade de sua extensão nos últimos 27 anos como consequência das tempestades, da depredação provocada por estrelas do mar e do embranquecimento causado pelas mudanças climáticas, segundo um estudo divulgado na terça-feira (02/09).
Fonte: National Geographic Brasil
Os arrecifes poderão continuar se deteriorando nas mesmas proporções até 2022 se nada for feito para proteger a Grande Barreira, advertem cientistas do Instituto Australiano de Ciências Marinhas e da Universidade de Wollongong, no estado de Nova Gales do Sul.
"A perda da metade da cobertura coralina original é uma fonte de enorme preocupação porque é sinônimo de perda de hábitat para dezenas de milhares de espécies" marinhas, avaliam os pesquisadores, que reuniram 2.258 estudos científicos feitos nas últimas três décadas sobre o tema.
Os ciclones tropicais de forte intensidade -34 no total desde 1985- foram responsáveis por quase a metade (48%) da degradação da Grande Barreira, seguidos por uma espécie de estrela do mar, a "Acanthaster planci", de tipo invasivo, chamada de "coroa-de-espinhos", que se alimenta de algas (42%).
Dois graves episódios de embranquecimento ocorreram em 1998 e em 2002, relacionados com o aumento da temperatura dos oceanos, e tiveram "um impacto nefasto de grande magnitude", em particular nas porções centrais e setentrionais do arrecife.
No entanto, um dos autores do estudo, Hugh Sweatman, afirma que a barreira tem a possibilidade de se reconstituir. "Mas a reconstituição leva entre 10 e 20 anos. Atualmente, os intervalos entre os problemas são curtos demais para uma reconstituição completa", disse.
Classificada pela Unesco como patrimônio mundial, a Grande Barreira se estende por cerca de 345.000 quilômetros quadrados ao longo da costa australiana, e constitui o mais vasto conjunto coralino do mundo, com cerca de 3.000 sistemas e centenas de ilhas tropicais.

Fonte: Agência France Presse. 

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Artigo: Mudanças climáticas e seus possíveis impactos aos sistemas agrícolas no Sul do Brasil


Fonte: Ciência Hoje
Nos últimos anos a preocupação com os impactos do aumento anormal da temperatura da superfície terrestre vem crescendo. Já que tais mudanças terão efeitos amplos sobre o ambiente e, consequentemente, sobre as sociedades, incluindo a agricultura entre vários outros pontos. No Sul do Brasil, cereais de inverno como aveia são fundamentais aos sistemas de produção, com isso foram feitas abordagens que tratam da relação entre estes cultivos e o clima que podem gerar informações relevantes sobre os possíveis impactos de mudanças climáticas, além de servir de suporte em estratégias adaptativas. 

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Fonte: Revista Brasileira de Ciências Agrárias

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