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domingo, 1 de maio de 2016

ARTIGO: A ecologia do conflito humanos-anaconda: um estudo utilizando vídeos da internet

Caros ecoleitores, o conflito entre humanos e animais silvestres ocorre quando o contato entre as partes gera um impacto negativo para um ou ambos. A análise das percepções entre homens e predadores é de grande importância por gerar dados para solução de problemas. Trata-se de um problema generalizado, especialmente quando predadores ameaçam a segurança dos recursos econômicos, como por exemplo, a perda de gado. Ao contrário de presas selvagens, os animais domésticos são vulneráveis à predação, devido ao baixo comportamento de vigilância.
Sucuri amarela repousando no Pantanal

O estudo foi iniciado em 2014 e reuniu cerca de 330 vídeos publicados na internet sobre o conflito entre homens e sucuris em cerca de 10 países da América do Sul, os vídeos foram averiguados utilizando um método padronizado para a recuperação da informação.  Paralelamente aos vídeos, foram coletados dados sobre o Índice de Desenvolvimento Humano -IDH da área onde os incidentes com as serpentes ocorreram.

O artigo testa hipóteses sobre os hábitos alimentares de duas espécies de sucuris e também apresenta o padrão de ataques a animais domésticos. Em especial, foram investigadas as consequências para a serpente após a predação de animais domésticos ou selvagens.

Concluiu-se que evidência visual de uma refeição recente, ou seja, a distensão abdominal, e predação de animais domésticos não afetou a probabilidade dos indivíduos serem mortos, mas essa probabilidade aumenta quando o IDH local diminui. Embora as mortes por retaliação sejam descritas como uma das principais causas de mortalidade animal, os resultados sugerem que a morte de sucuris não são retaliação ou estão relacionados as perdas econômicas, mas por uma causa preventiva, porque estes animais são associados ao risco de vida. 

Embora uma fonte de dados não convencional, a internet permite uma ampla distribuição de informações, favorecendo o alcance das pessoas e diminuindo os custos da pesquisa.

Petiana Responsável: Mirthes Ferreira



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