A onda de extinção de espécies vem sendo provocada principalmente pela
pressão e exploração humana, alcançando um ritmo 400 vezes maior do que o
natural. As aves são atingidas de forma agressiva pela perda dos habitats e
pelo tráfico que atua como agente potencializador da perda da diversidade.
Nos anos de 1999 e 2000 em todo o Brasil, as aves corresponderam a 82%
dos animais aprendidos. Este grande interesse na comercialização da avifauna se
dá principalmente a beleza de suas cores e canto, também são criadas como
animais de estimação.
Este trabalho teve como objetivo verificar as espécies de aves
apreendidas e entregues de forma voluntaria ao Centro de Triagem de animais
silvestres (CETAS) de Juiz de Fora. Através de visitas semanais, no período de
outubro de 2002 a agosto de 2004, ao CETAS do IBAMA de Juiz de Fora. As
espécies foram identificadas por especialistas e as ameaçadas de extinção foi
de acordo com o MMA (2003).
Tráfico de filhotes de papagaios. |
Neste período 2657 espécimes de aves deram entrada no CETAS. As famílias mais representativas em
quantidade de espécimes apreendidos foram Emberizidae com 1354 espécimes (51%),
Thraupidae com 408 (15,3%), Icteridae com 309 (11,6%) e Psittacidae com 258
(9,7%). Destas famílias respectivamente, os coleiros (Sporophila sp.),
canários-da-terra (Sicalis flaveola), trinca-ferros (Saltator similis),
pássaros-preto (Gnorimopsar chopi) e maritacas (Aratinga leucophtalma) foram os
de maior ocorrência. Foram registradas 3 espécies da família Psittacidae e o Sporophila frontalis se encontram na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do MMA(2003). Houve a
apreensão de espécimes de Gallus gallus
(Galo-de-Briga) sendo a única espécies exótica representada.
É evidenciado que o tráfico de animais é feito por uma cadeia
independente formada por pessoas não muito instruídas e necessitadas, onde
acabam se associando até que chegasse aos consumidores. Sendo ideal que a
sociedade tenha uma mudança de comportamento, preferindo que as aves vivam
livres em seus ambientes naturais e denunciando o comercio ilegal. Caso desejem
adquirir animais silvestres como pets, devem agir com responsabilidade e
procurar criadores comerciais, que vendam animais nascidos em cativeiro e
legalizados.
Petiano Responsável: Reginaldo Gusmão
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