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terça-feira, 3 de maio de 2016

ARTIGO: Avifauna apreendida e entregue voluntariamente ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama de Juiz de Fora, Minas Gerais

A onda de extinção de espécies vem sendo provocada principalmente pela pressão e exploração humana, alcançando um ritmo 400 vezes maior do que o natural. As aves são atingidas de forma agressiva pela perda dos habitats e pelo tráfico que atua como agente potencializador da perda da diversidade.
Nos anos de 1999 e 2000 em todo o Brasil, as aves corresponderam a 82% dos animais aprendidos. Este grande interesse na comercialização da avifauna se dá principalmente a beleza de suas cores e canto, também são criadas como animais de estimação.
Este trabalho teve como objetivo verificar as espécies de aves apreendidas e entregues de forma voluntaria ao Centro de Triagem de animais silvestres (CETAS) de Juiz de Fora. Através de visitas semanais, no período de outubro de 2002 a agosto de 2004, ao CETAS do IBAMA de Juiz de Fora. As espécies foram identificadas por especialistas e as ameaçadas de extinção foi de acordo com o MMA (2003).
Tráfico de filhotes de papagaios.
Neste período 2657 espécimes de aves deram entrada no CETAS.  As famílias mais representativas em quantidade de espécimes apreendidos foram Emberizidae com 1354 espécimes (51%), Thraupidae com 408 (15,3%), Icteridae com 309 (11,6%) e Psittacidae com 258 (9,7%). Destas famílias respectivamente, os coleiros (Sporophila sp.), canários-da-terra (Sicalis flaveola), trinca-ferros (Saltator similis), pássaros-preto (Gnorimopsar chopi) e maritacas (Aratinga leucophtalma) foram os de maior ocorrência. Foram registradas 3 espécies da família Psittacidae e o Sporophila frontalis se encontram na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do MMA(2003). Houve a apreensão de espécimes de Gallus gallus (Galo-de-Briga) sendo a única espécies exótica representada.

É evidenciado que o tráfico de animais é feito por uma cadeia independente formada por pessoas não muito instruídas e necessitadas, onde acabam se associando até que chegasse aos consumidores. Sendo ideal que a sociedade tenha uma mudança de comportamento, preferindo que as aves vivam livres em seus ambientes naturais e denunciando o comercio ilegal. Caso desejem adquirir animais silvestres como pets, devem agir com responsabilidade e procurar criadores comerciais, que vendam animais nascidos em cativeiro e legalizados.   

Petiano Responsável: Reginaldo Gusmão

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