Uma via rápida para tráfego de dados, que coloca em contato um grande número de indivíduos diversos e dispersos. Essa via facilita a comunicação e colaboração entre os indivíduos, mas também abre caminho para que crimes sejam cometidos.
Parece uma descrição da internet, mas estamos falando de fungos. Os fungos são formados de um emaranhado de pequenos filamentos conhecidos como micélio. O solo está cheio desta rede de micélios, que ajuda a "conectar" diferentes plantas no mesmo solo. 90% das plantas está ligada a fungos por suas raízes, em relação simbiótica denominada micorriza.
Plantas comunicam-se via rede fúngica |
Em 2010 foi realizado um experimento na China, no qual foram utilizados tomates interligados por micorrizas: Um individuo foi infectado propositalmente com o fungo Alternaria solani , providencias foram tomadas para garantir que a comunicação ocorresse apenas sob o solo. Ao serem submetidos ao mesmo fungo, os outros espécimes de tomate já estavam metabolicamente preparadas para resistir a infecção. Esse comportamento foi observado também em outras espécies submetidas a outros patógenos, inclusive insetos.
Mas assim como a internet humana, a internet natural também possui seu lado negro. Algumas espécies a usam para “roubar” nutrientes de outras, à exemplo da orquídea Cephalanthera austiniae que roubam carbono por micélios, o que gera uma reação, como um “sistema antivirus” as espécies roubadas podem liberar toxinas através da mesma via.
Acredita-se que comunidades de plantas podem unirse para “particar bulling” com espécies invasoras a partir da sabotagem por liberação de toxinas pela rede.
A internet dos fungos é uma grande lição do mundo natural: A biota terrestre, incluindo a espécie humana, está conectada e é interdependente.
“Avatar” tinha seu fundo de verdade
Petiano Responsável: Felipe Tavares
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