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domingo, 22 de maio de 2016

CURIOSIDADE: Nova York investe em coberturas de edifícios com fazendas urbanas altamente produtivas e rentáveis.

As práticas agrícolas em grandes centros urbanos tendem a ser menos incentivadas se comparadas ao meio rural, uma vez que as áreas disponíveis para o plantio são reduzidas. Entretanto, já é possível o investimento em práticas alternativas para a agricultura em regiões altamente urbanizadas. Nova York tem exemplos da eficiência dessas técnicas e dos seus diversos benefícios.

Brooklyn Grange é uma fazenda na cobertura de um prédio no Queens. Após sua primeira colheita, já é considerada a maior fazenda de telhado em Nova York.
Telhados verdes possibilitando agricultura em áreas altamente urbanizadas

A fazenda urbana foi financiada por uma doação de $ 592.730 do Programa Verde do Departamento de Infraestrutura de NY. Trata-se de 43.000 metros quadrados de área produtora de alimentos, que ocupam a laje, até então ociosa, de um edifício público.

Atualmente, possuem uma produção anual estimada em 20.000 quilos de produtos frescos, dentre eles principalmente acelga, couve, berinjela, manjericão, pepino e cerejas. Para evitar a erosão do solo e repor os nutrientes vitais, eles pretendem plantar culturas de cobertura durante o inverno, como o trevo e ervilhaca.

Durante sua visita pelo telhado, o prefeito Michael Bloomberg apontou alguns dos benefícios ambientais da fazenda, tais como isolamento térmico, absorção de água da chuva, purificação de portos e rios próximos.

 O telhado verde, além de ser uma alternativa para cidades com pouca disponibilidade para terras agricultáveis, permite uma melhora na qualidade do ar e da água na localidade. A redução de custos para exportação de alimentos é outro benefício que mostra o quão proveitoso é o investimento em práticas sustentável.

Essa realidade é possível para você também, querido ecoleitor. Com vasinhos, sementes e o investimento do seu tempo, você pode fazer a sua hortinha dentro de casa. Além de promover uma melhor qualidade de ar, você poderá diminuir os gastos com comida no fim do mês.

Petiana Responsável: Margaret Thatcher


Artigo: Comparação de oleaginosas para a produção de biodiesel

Caros ecoleitores, a matriz energética mundial ainda é muito dependente dos combustíveis fósseis, os quais, além de não serem bens renováveis, provocam o aumento de Gases de Efeito Estufa (GEE). Uma alternativa viável seria o consumo combustíveis oriundos de oleaginosas, uma vez que o carbono emitido na combustão é consumido pela planta no seu processo de fotossíntese,  sendo, portanto, considerado neutro.

Biocombustíveis e sustentabilidade: eficiência e menor impacto ambiental por um menor custo
O Brasil é o país com um grande potencial para a produção de energia renovável por possuir vantagens agrônomas, uma vez que o clima é tropical, com altas taxas de luminosidade e temperaturas médias anuais, disponibilidade hídrica e variedade de opções de cultivo de oleaginosas. A oleaginosa mais produzida em solo nacional é a soja, da qual o Brasil é o segundo maior produtor do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. A produção da soja brasileira fechou o ano de 2012 com 66,68 milhões de toneladas, enquanto que a americana marcou 83,17 milhões de toneladas. Tais dados indicam que a soja é a escolha para a produção do biodiesel nacional, não sendo, porém, a que apresenta o melhor rendimento anual de óleo em tonelada por hectare.

Enquanto a soja apresenta um rendimento anual de 0,2 a 0,6 toneladas por hectare, outras oleaginosas nacionais podem ter bem mais rendimento. Dentre essas, pode-se citar o milho (0,18 – 0,36 t/ha ano), o Amendoim (0,6 – 0,8 t/ha ano), a Canola(0,5 – 0,9  t/ha ano), a Mamona (0,5 – 1,0 t/ha ano), o Coco (0,3 – 1,4 t/ha ano), o Girassol (0m5 – 1,5 t/ha ano), Dendê (3 – 6  t/ha ano) e o Pinhão Manso (1 – 6 t/ha ano).

Por se tratar de uma fonte que é destinada à alimentação, o aumento do consumo do biodiesel implicará numa maior demanda por terras agricultáveis. Portanto, é importante que a oleaginosa escolhida para fins energéticos tenha não apenas um bom rendimento anual de óleo por área plantada, mas também um bom rendimento em éster.

O foco estudo foi a comparação do rendimento em éster a partir da transesterificação dos óleos de canola, coco, girassol, milho e soja. Além da produção de éster, em escala laboratorial, foram considerados dados que são anteriores à etapa da reação, tais como os rendimentos anuais de óleo de cada grão/fruto por área plantada. A partir disso, foi possível notar oleaginosas que mostraram maior potencial que a soja, cujo rendimento de éster em relação ao hectare produzido por ano foi de 0,15 a 0,44. Estas foram a Canola e a semente do Girassol, com 0,36 a 0,65 t/ha ano e 0,36 a 1,07 t/ha ano, respectivamente.

A procura por combustíveis alternativos aos fósseis faz-se essencial não só pela questão da futura escassez das reservas, mas também pela qualidade atmosférica. Áreas altamente urbanizadas, principalmente, vêm sofrendo com a qualidade do ar que, dia após dia, tem se tornado pior.

A diminuição da oferta do combustível fóssil acarretará o aumento do consumo do combustível renovável. Isso implicará numa maior demanda por terras para o cultivo de oleaginosas destinadas ao biocombustível. Com o processo de expansão das fronteiras agrícolas, há de se pensar numa oleaginosa que tenha uma grande produção de óleo numa menor área de cultivo; e que esse óleo dê um bom rendimento em éster. Tanto a canola, quanto o girassol configuram-se nesse perfil, o que as tornam boas opções à soja para a produção do biodiesel.

É importante ressaltar que essas são apenas algumas das alternativas, sendo essencial a busca por mais fontes renováveis de baixo custo em relação ao seu potencial.

Petiana Responsável: Margaret Thatcher


RESUMO: Aspectos da História Natural de Tropidurus hispidus (Squamata: Iguania: Tropiduridae) em área de Mata Atlântica, nordeste do Brasil

Meus queridos leitores amantes da Ecologia! Este artigo que trouxemos para vocês talvez os faça aprender mais sobre um bichinho que muitos não dão muita atenção: as lagartixas! Sim, o lagarto da espécie Tropidurus hispidus, facilmente encontrado nas ruas ou até mesmo no quintal de casa.

Tropidurus hispidus
A variação de temperatura do ambiente e os recursos oferecidos por ele vão determinar que lagartos podem coexistir naquele local, principalmente a temperatura, pois diferentes lagartos podem preferir horários diferentes (ou mais quentes, ou menos quentes) para estarem ativos.
Os lagartos da espécie Tropidurus hispidus pertencem à família Tropiduridae e possuem características bem típicas do seu gênero: são forrageadores do tipo senta-e-espera, se expõem diretamente ao sol (heliotérmicos), são generalistas de hábitat, podendo ser encontrados em rochas, troncos de árvores, no solo, em arbustos, etc.

Mas... para quê servem os estudos de ecologia (história natural) desses animais?

Quanto mais soubermos sobre a ecologia desses e de outros animais, sob os diferentes aspectos (dieta, reprodução, termorregulação etc), mais podemos colaborar com a elaboração de planos de manejo para a preservação das espécies e do ambiente no qual eles estão inseridos, podendo até inferir seu estado de conservação.
Então o objetivo do estudo foi levantar informações quanto às atividades diária e sazonal dos lagartos T. hispidus assim como seu uso de hábitat e micro-hábitat.

O estudo ocorreu entre abril de 2008 e março de 2009 no Parque Nacional Serra de Itabaiana, 35km de Aracaju, SE. Por meio da busca ativa, das 6h às 18h, eles identificaram os lagartos e os capturavam com laço construído a partir de vara de pesca e fio dental. Os lagartos eram marcados dorsalmente com numerações feitas com tinta atóxica, para diferenciação dos indivíduos e percepção à distância por parte do observador. Os dados coletados de cada lagarto eram a data, hora, temperatura do ar, exposição do lagarto à luz do dia, atividade (comportamento), micro-hábitat e altura.

Em um total de 1456 registros, 75,53 % deles o lagarto estava ativo em dias ensolarados, 62,15% exposto ao sol, 97,2% parados, 34,75% estavam em rochas e 73,5% estavam em alturas inferiores a 50cm, confirmando o hábito generalista, heliófilo e senta-e-espera (por ficar a maior parte do tempo parado) da espécie, corroborando com outros trabalhos sobre outros lagartos semelhantes ao T. hispidus.

Petiana Responsável: Katharina Nino

NOTÍCIA: Relato de primeiro lagarto endotérmico: os teiús!

Querido ecoleitor, vamos revelar uma novidade para abalar com seus conhecimentos sobre répteis!


Biólogos canadenses e brasileiros do Instituto de biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), com o apoio da FAPESP, recentemente descobriram um caso de endotermia em lagartos da espécie Salvator merianae, popularmente conhecidos como teiús ou tejus. São lagartos de grande porte, podem atingir um comprimento total de 2m.

A princípio os pesquisadores mantiveram quatro indivíduos (dois machos e duas fêmeas) em cativeiro com suas temperaturas e frequências cardíacas monitoradas por um ano. A partir disso, puderam observar a oscilação da temperatura corporal desses lagartos. E foi aí que tiveram a grande surpresa!
No período do acasalamento, a temperatura do corpo dos animais permanece elevada, vários graus acima da temperatura do ambiente.

O resultado esperado seria que temperatura corporal dos lagartos oscilasse de acordo com a temperatura do ambiente, em todos os meses do ano. Ao contrário disso, os lagartos apresentaram temperaturas corporais mais elevadas que a do ambiente durante os meses de atividade reprodutiva, do início de abril ao início de setembro, evidenciando o hábito endotérmico e não ectotérmicos da espécie, como já é bastante convencional na literatura científica para os répteis em geral.

Para comprovar esta hipótese, os estudiosos confinaram dez indivíduos em uma câmara climática com temperatura constante e novamente suas temperaturas foram monitoradas. O resultado foi o mesmo! Os lagartos conseguiram manter suas temperaturas corporais acima da temperatura do ambiente em que estavam.

Interessante que não houve divergência entre as temperaturas de machos e fêmeas. O esperado era que a temperatura das fêmeas fosse maior que as dos machos pelo investimento energético na formação dos ovos e na produção de gametas, mas supõe-se que os machos também necessitem que temperaturas mais elevadas por serem territorialistas e constantemente enfrentarem disputas com outros machos.

Apesar desta descoberta parecer um pouco insignificante (embora bombástica), traz dados muitos interessantes quando pensamos em evolução! Esses lagartos podem ter sido os precursores de toda uma linhagem endotérmica, que são as aves e os mamíferos. O próximo passo dos pesquisadores é descobrir se este comportamento térmico do Salvator merianae ocorre em outros répteis.

Petiana Responsável: Katharina Nino

NOTÍCIA: Como a descoberta de um recife no rio Amazonas muda tudo o que sabemos sobre a vida aquática

Pesquisadores brasileiros descobriram biodiversidade na foz do rio Amazonas, tem 9.500 km², o recife abriga uma gigantesca diversidade de vida marinha para esse tipo de ecossistema: são 61 tipos de esponjas, entre elas quatro novas espécies, 73 tipos de peixes, lagostas e outros animais marinhos. 

Recifes eram formações exclusivas de águas cristalinas, até antes da descoberta, biólogos marinhos acreditavam que pelas águas serem escuras, para que fosse formado um recife precisaria de muita incidência solar, só assim a fotossíntese, base energética, poderia acontecer. As águas do Amazonas que desembocam no Oceano Atlântico são caudalosas, escuras, cheias de sedimentos do rio. A penetração de luz acaba bloqueada por esses sedimentos, e a fotossíntese ali não é uma opção. Agora, o que se sabe é que esse recife foi formado a partir de um processo chamado de quimiossintese, onde não é preciso de luz e sim de matéria orgânica, a partir dos minerais existentes na água.

MAS, como tudo não pode ser lindo, maravilhoso e perfeito, essa biodiversidade é ameaçada por poluição de Petróleo e Gás, por ser uma região disputada por empresas exploradoras de Petróleo e Gás natural.


Recifes também se formam em águas com sedimentos
Pois é, kiridos, talvez possamos perder essa diversidade apenas pelo fato de não entendermos muito bem o ecossistema marinho! 

Petiana Responsável: Rayssa Oliveira

RESUMO: Degradação e perturbação ambiental em matas ciliares: estudo de caso do Rio Itapicuru-açu em Ponto Novo e Filadélfia

A degradação e perturbação em matas ciliares encontram-se entre os mais frequentes e agravantes impactos ambientais do mundo. Os impactos ambientais causados pelos eventos de degradação e poluição acabam por comprometer cada vez mais os recursos naturais, renováveis ou não, acarretando em um montante de eventos que comprometem os padrões de qualidade de vida humana.

Mata ciliar mais seca do Rio Itapicuru-açu
Dos mais diversos tipos de formações florestais encontram-se os de Matas Ciliares que podem ser considerados como formações vegetais que percorrem ao longo das margens dos cursos de água, cuja função é proteger os recursos hídricos e manter a qualidade destes em equilíbrio constante com a fauna e flora existente na região, exercendo a função de proteção dos rios, influenciando na qualidade da água, evitando assim o processo de erosão das margens e assoreamento dos leitos dos rios.

A degradação ambiental se constitui em uma ameaça constante para a existência de muitas espécies, pois a diminuição contínua das áreas de refúgio e abrigo da fauna, das quais as espécies precisam para viver e reproduzir provoca uma consequente redução de suas populações, ocasionando a extinção de algumas espécies e a raridade de outras. Assim, o desenvolvimento de modelos de desenvolvimento em áreas de matas ciliares, nos preceitos de Desenvolvimento Sustentável, é uma questão que precisa ser mais amadurecida e praticada. 

Petiana Responsável: Rayssa Oliveira
ARTIGO

RESUMO: O Açude Saco em Serra Talhada - PE como unidade produtiva

Caros Ecoleitores, a produção sustentável deve incorporar a noção de limites na oferta de recursos naturais e na capacidade do meio ambiente para absorver os impactos da ação humana.  O artigo presente trata da produção de pescados de modo a minimizar os impactos ambientais decorrentes. 

Dificilmente teremos a obtenção do pescado sem provocar alterações ambientais. No entanto, pode-se reduzir o impacto sobre o meio ambiente a um mínimo indispensável, de modo que não haja redução da biodiversidade, esgotamento. Toda tecnologia desenvolvida para produção deve levar em conta seus impactos ambientais. Recentes estimativas mostram que todo o impacto ambiental causado pelo homem está direta ou indiretamente relacionado à produção de alimentos e consumo.
 O desenvolvimento sustentável é uma tarefa difícil que implica numa mudança profunda nos valores pessoais e organizacionais que têm norteado tradicionalmente tais comportamentos.

O artigo foi desenvolvido a partir da observação das comunidades que dependem de um açude no Sertão pernambucano, onde a pesca artesanal e o beneficiamento do pescado foram praticados.
Foi realizada uma análise a partir do levantamento de dados bibliográficos. A metodologia de pesquisa aplicada foi do tipo exploratória descritiva, onde se analisou a atividade pesqueira. Além das informações citadas, foram obtidas informações específicas em órgãos governamentais direta e indiretamente envolvidos com a atividade, a exemplo da Agência Nacional das Águas.
As ferramentas utilizadas para obtenção dos dados foram observação participante, dados secundários e avaliação de questionários e entrevistas utilizados anteriormente em outros trabalhos.
Vista do Açude Saco


No decorrer do artigo observa-se que o Açude Saco tem uma importância crescente junto a diversas atividades ligadas à economia do município de Serra Talhada, e

apresenta características favoráveis ao crescimento das atividades de pesca, cultivo beneficiamento através da implantação de boas práticas de manejo ambientalmente favoráveis a criação de um planejamento estratégico, que incorpore a variável ambiental, incluindo o beneficiamento e agregação de valor. 

Petiana Responsável: Gilzete Reis

terça-feira, 10 de maio de 2016

CURIOSIDADE: A internet secreta das plantas

Uma via rápida para tráfego de dados, que coloca em contato um grande número de indivíduos diversos e dispersos. Essa via facilita a comunicação e colaboração entre os indivíduos, mas também abre caminho para que crimes sejam cometidos.

Parece uma descrição da internet, mas estamos falando de fungos. Os fungos são formados de um emaranhado de pequenos filamentos conhecidos como micélio. O solo está cheio desta rede de micélios, que ajuda a "conectar" diferentes plantas no mesmo solo. 90% das plantas está ligada a fungos por suas raízes, em relação simbiótica denominada micorriza.

Plantas comunicam-se via rede fúngica
Em 1997 se demonstrou a transferência de carbono via micélios entre uma Conífera e uma Bétula, a partir daí também foram demonstradas transferências de fósforo e nitrogênio pela mesma via. Cientistas envolvidos nessas descobertas acreditam que árvores adultas usam a rede fúngica para ajudar a nutrir plântulas.

Em 2010 foi realizado um experimento na China, no qual foram utilizados tomates interligados por micorrizas: Um individuo foi infectado propositalmente com o fungo Alternaria solani , providencias foram tomadas para garantir que a comunicação ocorresse apenas sob o solo. Ao serem submetidos ao mesmo fungo, os outros espécimes de tomate já estavam metabolicamente preparadas para resistir a infecção. Esse comportamento foi observado também em outras espécies submetidas a outros patógenos, inclusive insetos.

Mas assim como a internet humana, a internet natural também possui seu lado negro. Algumas espécies a usam para “roubar” nutrientes de outras, à exemplo da orquídea Cephalanthera austiniae que roubam carbono por micélios, o que gera uma reação, como um “sistema antivirus” as espécies roubadas podem liberar toxinas através da mesma via.

Acredita-se que comunidades de plantas podem unirse para “particar bulling” com espécies invasoras a partir da sabotagem por liberação de toxinas pela rede.

A internet dos fungos é uma grande lição do mundo natural: A biota terrestre, incluindo a espécie humana, está conectada e é interdependente.

“Avatar” tinha seu fundo de verdade

Petiano Responsável: Felipe Tavares

ARTIGO: Especificidade na associação simbiótica entre formigas cultivadoras de fungos e a bactéria de proteção Pseudonocardia

Saudações, olhem só como elas são sapecas:

A tribo Attini, formigas conhecidas por sua relação mutualista com fungos, cultivam uma variedade de espécies fúngicas que lhes servem de alimento. O cultivo sucessivo desses, porém, é ameaçado por contaminantes, principalmente micoparasitas do gênero Escovopsis(Ascomycota).

Operárias Euprenolepis procera se alimentando de cogumelo do gênero Pleurotus
O crescimento de actinobactérias do gênero Pseudonocardia pode ser observado sobre a cutícula de operárias na maior parte da diversidade filogenética das formigas em questão . Sugere-se, através de experimentos, que essas bactérias tem um papel importante na defesa contra Escovopsis , através da produção de antibiótico.

O presente trabalho buscou entender essa relação através do estudo da
variação de Pseudonocardia associadas em 124 espécies de Attini e testar a efetividade dos antibióticos produzidos.

Foi observado padrão significativo de especificidade entre clados das
bactérias e grupos de formigas, podendo, assim, haver um alto grau de especificidade entre o antibiótico produzido e a principal ameaça aos fungos cultivados por cada grupo.

 Observou-se também que a pesar do gênero ser afetado negativamente por uma variedade de actinobactérias as linhagens simbiontes tem maior poder inibidor em Escovopsis que a maioria, e tem poder inibidor maior nesses que nos outros fungos testados.

Os resultados demonstram a diversidade e efetividade dessas associações na defesa dos jardins fúngicos da tribo Attini.

Aprendam, estudantes e profissionais das Ciências Agrárias. Vocês estão
pra trás.

Petiano Responsável: Felipe Tavares
ARTIGO

terça-feira, 3 de maio de 2016

NOTÍCIA: Adaptação dos Sabiás aos Ambientes Urbanos

Caros ecoleitores, a agitação e barulho dos grandes centros urbanos atrapalham e incomodam não só as pessoas, mas também as aves que vem se adaptando a essa rotina.
Alguns estudos apontam para uma mudança de comportamento dos pássaros, principalmente a sabiá-laranjeira (Turdus leucomelas), que acaba cantando mais cedo para que consiga atrair a fêmea.
Deus ajuda quem cedo madruga, não é verdade?
O hábito de cantar durante a madrugada já é uma característica típica da espécie, por volta das 5 horas da manhã, mas o sabiá-laranjeira também antecipa seu canto por conta do aumento da iluminação nas cidades e o barulho dos carros, iniciando a cantoria muitas vezes por volta das 3 horas da manhã.

Para quem não gosta ou não consegue dormir com a cantoria das aves, resta apenas poder contar com algumas invenções humanas, como a janela anti-ruídos ou o tampão de ouvidos.
É amigos ecoleitores, a situação não está fácil pra ninguém.

Petiano Responsável: Reginaldo Gusmão

ARTIGO: Avifauna apreendida e entregue voluntariamente ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama de Juiz de Fora, Minas Gerais

A onda de extinção de espécies vem sendo provocada principalmente pela pressão e exploração humana, alcançando um ritmo 400 vezes maior do que o natural. As aves são atingidas de forma agressiva pela perda dos habitats e pelo tráfico que atua como agente potencializador da perda da diversidade.
Nos anos de 1999 e 2000 em todo o Brasil, as aves corresponderam a 82% dos animais aprendidos. Este grande interesse na comercialização da avifauna se dá principalmente a beleza de suas cores e canto, também são criadas como animais de estimação.
Este trabalho teve como objetivo verificar as espécies de aves apreendidas e entregues de forma voluntaria ao Centro de Triagem de animais silvestres (CETAS) de Juiz de Fora. Através de visitas semanais, no período de outubro de 2002 a agosto de 2004, ao CETAS do IBAMA de Juiz de Fora. As espécies foram identificadas por especialistas e as ameaçadas de extinção foi de acordo com o MMA (2003).
Tráfico de filhotes de papagaios.
Neste período 2657 espécimes de aves deram entrada no CETAS.  As famílias mais representativas em quantidade de espécimes apreendidos foram Emberizidae com 1354 espécimes (51%), Thraupidae com 408 (15,3%), Icteridae com 309 (11,6%) e Psittacidae com 258 (9,7%). Destas famílias respectivamente, os coleiros (Sporophila sp.), canários-da-terra (Sicalis flaveola), trinca-ferros (Saltator similis), pássaros-preto (Gnorimopsar chopi) e maritacas (Aratinga leucophtalma) foram os de maior ocorrência. Foram registradas 3 espécies da família Psittacidae e o Sporophila frontalis se encontram na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção do MMA(2003). Houve a apreensão de espécimes de Gallus gallus (Galo-de-Briga) sendo a única espécies exótica representada.

É evidenciado que o tráfico de animais é feito por uma cadeia independente formada por pessoas não muito instruídas e necessitadas, onde acabam se associando até que chegasse aos consumidores. Sendo ideal que a sociedade tenha uma mudança de comportamento, preferindo que as aves vivam livres em seus ambientes naturais e denunciando o comercio ilegal. Caso desejem adquirir animais silvestres como pets, devem agir com responsabilidade e procurar criadores comerciais, que vendam animais nascidos em cativeiro e legalizados.   

Petiano Responsável: Reginaldo Gusmão

domingo, 1 de maio de 2016

NOTÍCIA: A primeira escola pública sustentável da América Latina

A primeira escola pública sustentável da América Latina foi aberta na cidade de Jaureguiberry, há 80 quilômetros de Montevidéu no Uruguai. A escola rural, pode acomodar até 100 alunos que irão junto com a comunidade, vivenciar diariamente atividades voltadas às práticas da sustentabilidade e consumo de energias limpas.

Uma escola sustentável
Projetada pelo arquiteto americano Michael Reynolds que desenvolveu a técnica Earthship, que reutiliza pneus, latinhas de alumínio, recipientes de plástico e vidros na construção de casas sustentáveis.

Construída com 60% de material reciclado, é auto-suficiente, sendo capaz de gerar eletricidade através de placas fotovoltaicas e moinhos de ventos, aquecimento, água corrente e alimentos orgânicos cultivados em uma estufa interna. Com uma área de 270m² foi construída em 7 semanas com a ajuda de 200 voluntários, organização da empresa local Tagma e apoio financeiro da empresa Unilever.


A ideia surgiu há 5 anos da preocupação de um grupo de amigos que partilhavam o desejo de mudar o atual panorama de exploração progressiva da natureza. O contato foi feito com Reynolds que aceitou fazer parte do projeto. E hoje o que parecia sonho foi concretizado, e cerca de 34 crianças já recebem educação pública gratuita sob um sistema com base no respeito ao ambiente, reutilização de resíduos sólidos e a utilização de recursos naturais de forma consciente.

Que esta iniciativa possa inspirar pessoas...

Petiana Responsável: Mirthes Ferreira

ARTIGO: A ecologia do conflito humanos-anaconda: um estudo utilizando vídeos da internet

Caros ecoleitores, o conflito entre humanos e animais silvestres ocorre quando o contato entre as partes gera um impacto negativo para um ou ambos. A análise das percepções entre homens e predadores é de grande importância por gerar dados para solução de problemas. Trata-se de um problema generalizado, especialmente quando predadores ameaçam a segurança dos recursos econômicos, como por exemplo, a perda de gado. Ao contrário de presas selvagens, os animais domésticos são vulneráveis à predação, devido ao baixo comportamento de vigilância.
Sucuri amarela repousando no Pantanal

O estudo foi iniciado em 2014 e reuniu cerca de 330 vídeos publicados na internet sobre o conflito entre homens e sucuris em cerca de 10 países da América do Sul, os vídeos foram averiguados utilizando um método padronizado para a recuperação da informação.  Paralelamente aos vídeos, foram coletados dados sobre o Índice de Desenvolvimento Humano -IDH da área onde os incidentes com as serpentes ocorreram.

O artigo testa hipóteses sobre os hábitos alimentares de duas espécies de sucuris e também apresenta o padrão de ataques a animais domésticos. Em especial, foram investigadas as consequências para a serpente após a predação de animais domésticos ou selvagens.

Concluiu-se que evidência visual de uma refeição recente, ou seja, a distensão abdominal, e predação de animais domésticos não afetou a probabilidade dos indivíduos serem mortos, mas essa probabilidade aumenta quando o IDH local diminui. Embora as mortes por retaliação sejam descritas como uma das principais causas de mortalidade animal, os resultados sugerem que a morte de sucuris não são retaliação ou estão relacionados as perdas econômicas, mas por uma causa preventiva, porque estes animais são associados ao risco de vida. 

Embora uma fonte de dados não convencional, a internet permite uma ampla distribuição de informações, favorecendo o alcance das pessoas e diminuindo os custos da pesquisa.

Petiana Responsável: Mirthes Ferreira



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