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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Notícia: Como ações sociais podem ajudar a reduzir o desmatamento na Amazônia

Moradores incentivando o Programa de Bolsa Floresta.
Caros ecoleitores,

A Amazônia não é um território desabitado. Vivem na região cerca de 24 milhões de pessoas ou 13% da população nacional. Cerca de 4 milhões estão na floresta, seja em comunidades indígenas e ribeirinhas, seja vivendo como seringueiros ou pequenos produtores rurais. São essas pessoas que vivem em contato direto com a floresta e que também estão fortemente ligadas ao combate ao desmatamento. 

Os programas de pagamento por serviços ambientais oferecidos pela floresta, com o controle do regime hídrico, a fertilidade dos solos e a biodiversidade, são considerados como uma das melhores opções para remediar a falta de oportunidades para a população da Amazônia.

O desenvolvimento de novos negócios que façam a conexão entre a biodiversidade da floresta as indústrias é outra opção de novas oportunidades. Um exemplo disso são as novas produtoras de pneus que usam borracha nativa da Amazônia e que antes operavam com matéria-prima importada da Indonésia na Zona Franca de Manaus. “Garantir o progresso social e o desenvolvimento da Amazônia não é apenas uma medida eficaz para combater o desmatamento. Esse é um desafio enorme, pois estamos mudando uma visão de mundo e criando de fato um caminho sustentável para o planeta”, afirma Virgílio Viana, presidente da FAS.

Fonte: Amazonia.org
Petiano Responsável: Regina Nascimento



terça-feira, 28 de outubro de 2014

Artigo: Dinâmica sazonal de processos costeiros e estuarinos em sistema de praias arenosas e ilhas barreira no nordeste do Brasil

Autores: Marcelo Soares Teles Santos e Venerando Eustáquio Amaro
Periódico: Revista Brasileira de Geomorfologia. V. 14 nº 2.
Ano de publicação: 2013

Petiano Responsável: Cecília Craveiro

Caros leitores (ecoleitores),
Esse estudo monitorou a sistemática sazonal de praias arenosas, ilhas barreiras e canais de maré localizados no Litoral do Estado do Rio Grande do Norte. Essa área é considerada de alta sensibilidade ambiental, pois está sob a influência de atividades antrópicas. Boa leitura!

Praia do Minhoto - RN
O estudo teve por finalidade monitorar a dinâmica intra-anual (sazonal) de um sistema de praias arenosas, ilhas barreiras e canais de maré localizados no Litoral Setentrional do Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil, área que tem alta sensibilidade ambiental e sob a influência de atividades industriais como a petrolífera. A metodologia foi realizada através da geração e comparação de Linhas de Costa (LC) e Modelos Digitais de Elevação (MDE) das praias e ilhas barreiras monitoradas, na escala trimestral, e nas correlações entre as variações superficiais e volumétricas medidas e a atuação dos agentes dinâmicos costeiros modeladores do relevo (ventos, ondas, correntes e marés) durante os intervalos dos monitoramentos. A partir dos resultados foi possível identificar as causas e consequências da intensa erosão costeira ocorrida nas praias expostas, e permitiu-se analisar a eficiência de recuperação dessas praias arenosas e as acresções ocorridas nos canais de maré e nos estuários, compreender a influência da hidrodinâmica na dinâmica sedimentar sazonal e verificação dos fluxos dominantes do transporte sedimentar, se o hidrodinâmico na LC ou o eólico nas superfícies das ilhas e praias arenosas. Observou-se que as modificações de curto prazo vêm sendo utilizadas como subsídio a projetos de mitigação de impactos ambientais que visam a convivência das atividades industriais de risco para o ambiente e os ecossistemas costeiros.

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sábado, 25 de outubro de 2014

Notícia: Instituto de Ecologia pede interdição da represa do Broa devido à poluição

Caros leitores (ecoleitores),

Água verde devido à alta concentração de algas traz riscos aos
banhistas do Broa (Foto: Paulo Chiari / EPTV)

A Represa do Broa  localizada em Itirapina (SP) é considerada um lugar de lazer  e recreação, oferecendo diversas atividades como:  pescarias, passeios de barco, mergulho e camping, para os diferentes  turistas que estão acostumado a visitar o lugar,  recebendo em média 8000 turistas a cada final de semana.


Pela primeira vez em 40 anos as águas da represa do Broa estão contaminadas, chegando a um grau tão grande de contaminação que o Instituto Internacional de Ecologia (IIE), pediu a interdição da represa, na esperança de impedir o contato dos banhistas e pescadores com a água contaminada. 

Os primeiros sinais de que havia algo de errado com as águas da represa, foram os peixes mortos encontrados tanto no meio das plantas aquáticas como às margens do balneário. De acordo com o pesquisador Fernando de Paula Blanco, a mortandade dos peixes na represa é grande devido à alta concentração de algas, “o oxigênio da água à noite, esta chegando a quase zero” disse ele.

Diversas medições foram feitas na represa pelos pesquisadores, foram medidas as quantidades de oxigênio, temperatura e PH da água, sendo ainda feita coleta de amostras da água para analise em laboratório. Segundo o presidente do IIE José Galizia Tundisi nas analises foram encontradas além das algas e cianobactérias, vírus e coliformes fecais, estando todos os dados acima dos índices permitidos pela Organização Mundial de Saúde. 

Fonte: G1
Petiano Responsável: Jenyffer Gomes

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Notícia: Acordo global de biodiversidade entra em vigor sem a participação do Brasil

O Brasil não confirmou a participação dele do Protocolo de Nagoya, acordo que define regras internacionais para acesso e compartilhamento dos recursos naturais.

Imagem aérea do Rio Juruá, na Amazônia.
(Foto: Bruno Kelly/Reuters).
Entrou em vigor no dia 12/10/2014 o Protocolo de Nagoya, que é um acordo que define regras
internacionais para acesso e compartilhamento dos recursos. Porém o Brasil não  confirmou a sua participação. O que é estranho, já que o país foi um dos primeiros a assinar o documento, em fevereiro de 2011. A confirmação da participação brasileira deveria ser votada pelo Congresso Nacional, o que não aconteceu desde que a proposta foi enviada aos parlamentares, em 2012. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, houve um esforço do governo e pessoal da ministra Izabella Teixeira, responsável pela pasta, para a confirmação, mas nenhuma providência foi tomada. O fato é inquietante, já que o Brasil possui a maior biodiversidade do mundo e que não encontra-se protegida por este arcabouço diplomático. O Protocolo de Nagoya estabelece regras para o acesso a recursos genéticos, como plantas tropicais raras usadas em medicamentos, e formas de compartilhar benefícios entre empresas, povos indígenas e governos. Sem a inclusão do Brasil nesse acordo, a opinião do governo na discussão sobre o tema, no nível das Nações Unidas, não terá relevância. Até o momento, 51 governos confirmaram a participação. Também não confirmaram a tempo os membros da União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido.

Fonte: G1
Petiano Responsável: Cecília Craveiro

domingo, 19 de outubro de 2014

Artigo: Implantação do Plano de Gerenciamento de resíduos sólidos no Porto de São Francisco do Sul

Autores: Tomás Baptista e Márcia Cristiane Kravetz
Periódico: Revista Meio Ambiente
Ano de publicação: 2013

Petiano Responsável: Jenyffer Gomes

Caros ecoleitores, um plano de gerenciamento em resíduos sólidos é de grande importância para se ter uma adequada gestão e destinação dos resíduos gerados por determinados lugares e instituições.

Diversidade de resíduos sólidos necessita de um
bom Gerenciamento de Resíduos Sólidos 
O presente trabalho foi desenvolvido em São Francisco do Sul - SC, inicialmente realizando uma revisão de literatura, sendo posteriormente feito um estudo de caso, este desenvolvido no período de março de 2009 a fevereiro de 2010. Teve como objetivo uma avaliação da aplicação de um Plano de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS) em portos, oferecendo os passos necessários para que se possa desenvolver, implementar e monitorar um PGRS, sendo levantados primeiramente as principais leis e regulamentos que seriam aplicáveis à área de gestão de resíduos sólidos nos portos. 

Para elaboração do PGRS se fez necessário um diagnóstico da situação existente, por isso foi feita a identificação das fontes geradoras de resíduos, e quais os resíduos gerados por cada uma das fontes. Posteriormente foi criado um inventario dos resíduos gerados, e cada tipo de resíduo recebeu uma classificação. Passado todos os procedimentos anteriores, realizou-se a análise dos dados, e por fim foi feita a avaliação diagnóstica e criação do Plano de Planejamento de Gestão de Resíduos Sólidos. Após isso, foi visto como deveria se dar a  segregação, acondicionamento dos resíduos, coleta, transporte interno, como se daria o armazenamento temporário, destinação final e ainda como seria a aplicação e supervisão deste processo.

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sábado, 18 de outubro de 2014

Notícia: Em 40 anos, engenheiro brasileiro transformou rochedo em ilha sustentável

Ilha dos Arvoredos, Guarujá - RJ
Na década de 50, Fernando Lee, um engenheiro carioca, começou a construir um “laboratório ao ar livre” numa ilha rochosa no Guarujá (Rio de Janeiro). Este local, chamado Ilha dos Arvoredos, foi pioneira no uso de energia solar, eólica e na captação de água da chuva. Ao sobrevoar a região, Fernando considerou que a ilha poderia ser restaurada com o propósito de difundir e praticar a sustentabilidade, através dos mais variados experimentos.

Lá foram instaladas as primeiras placas de energia solar do Brasil, além de hélices de energia eólica e um sistema de captação, armazenagem, aquecimento e filtragem de água da chuva. Na ilha, há uma casa construída com rochas do próprio rochedo e madeiras de um navio naufragado. A água utilizada na ilha é quase que em sua totalidade, proveniente de chuvas; enquanto experimentos de filtragem de água têm sido analisados. A horta possui plantas nativas da Mata Atlântica, valorizando o bioma, e há um açude que se transformará em criadouro de peixes.

A equipe que utiliza a ilha para experimentos tem o intuito de utilizar o conhecimento adquirido para a sociedade. Segundo André Dias, biólogo que trabalha na ilha, o mais importante não é conseguir apenas a autossuficiência da ilha, mas levar os benefícios da Ilha dos Arvoredos para a humanidade.

Petiano Responsável: Fabiane Santos

domingo, 12 de outubro de 2014

Notícia: Bicicletas elétricas ajudam a reduzir gás carbônico em Noronha

Olá, ecoleitores!

Conhecer Fernando de Noronha é o sonho de qualquer pessoa amante da natureza não é mesmo?! Visando reduzir a emissão de gás carbônico e a conservação deste ambiente, o Plano Noronha Carbono Neutro entrou em ação e o Parque Estadual Marinho recebeu 25 bicicletas elétricas que poderão ser utilizadas pelos turistas. 

 Bicicletas elétricas em Noronha.
O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE) recebeu no mês de julho 25 bicicletas elétricas. Elas vão contribuir para reduzir a emissão de gás carbônico (CO2) no Arquipélago da Unidade de Conservação (UC). A ação faz parte dos objetivos do Plano Noronha Carbono Neutro, que pretende transformar a ilha de Fernando de Noronha no primeiro território nacional a diminuir e compensar as emissões de gases poluentes.
Para usar as bicicletas, os visitantes devem pagar aluguel diário nos Postos de Informação e Controle (PICs) do Golfinho, Sueste e Boldró. A previsão é de que até o fim de 2014, época em que outras 25 bicicletas elétricas devem ser entregues, a UC implemente o sistema de compartilhamento desse meio de transporte para otimizar a locomoção dos turistas dentro da ilha. "Com as bicicletas, além do prazer da atividade em si, o visitante tem a opção de contribuir para a redução de emissões de carbono a um custo reduzido, uma vez que o valor cobrado para o aluguel é somente o custo de manutenção da atividade. Isso já havia sido definido em contrato, ou seja, nosso concessionário não pode ter lucro com a atividade", explicou o chefe do Parque Nacional, Ricardo Araújo.
Com velocidade máxima de 25 km/h e autonomia de 60 km, as bicicletas elétricas possuem freios dianteiro e traseiro a disco, pesam 25,5 kg, suportam uma carga de até 100 kg e precisam de quatro a seis horas para recarregar a bateria. Além do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Distribuidora Shineray, que doou as bicicletas, esta ação é resultado de uma parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas/PE), a Serttel e a empresa aérea Gol.


Sobre o Plano Noronha Carbono Neutro

O Plano Noronha Carbono Neutro pretende transformar a ilha de Fernando de Noronha no primeiro território a reduzir e compensar as emissões de gases no Brasil, tornando-a referência de novas tecnologias sustentáveis. O estudo aponta o transporte aéreo como o grande emissor de CO2, representando 54,74% do total de 35.669,46 t CO2 (toneladas de CO2 equivalentes emitidas em 2012). Em seguida, aparecem a geração de energia elétrica, representando 29,21%, e o transporte interno, com 8,73%.
Com uma população média de 4.000 pessoas, incluindo a permanência de turistas, a emissão per capta de Fernando de Noronha é de 8,92 t CO2 (toneladas de CO2 equivalentes), cerca de quatro vezes a do Brasil, que é 2,2 t CO2.

Fonte: ICMBio
Petiano Responsável: Élyda Passos

sábado, 11 de outubro de 2014

Notícia: Cientistas descobrem seis potenciais novas espécies de animais no Peru

Tradução livre por: Paulo Ayres

Caros ecoleitores,

Trago para vocês uma notícia bastante interessante sobre a descoberta de seis potenciais novas espécies de animais no Peru. Porém dessas seis novas espécies, a que mais me chamou atenção foi a de um mamífero aquático bastante peculiar. Uma boa leitura!

Este novo mamífero aquático evoluiu para lidar com a vida 
nos córregos das florestas das nuvens. Foto por: Alexandre Pari
Um grupo de cientistas peruanos e mexicanos dizem ter descoberto pelo menos seis novas espécies de animais próximo o mais famoso sítio arqueológico da América do Sul: Machu Picchu. As descobertas incluem um novo mamífero, um novo lagarto, e quatro novos sapos. Enquanto os cientistas estão trabalhando em descrever formalmente as espécies, eles lançaram fotos e alguns detalhes tentadoras sobre as novas descobertas (conferir no link da notícia original).

O novo mamífero, que ainda não possui nome, é um roedor aquático de aparência bizarra do gênero Chibchanomys, que até hoje só era composta de duas espécies. O novo mamífero não possui orelhas externas e pelos entre seus dedos do pé e nas laterais de suas pernas, que o ajuda a manobrar através de córregos. 

"Estes roedores aquáticos estão entre os mais raros e pouco conhecidos na América", escrevem os cientistas em um comunicado de imprensa. 

As descobertas são o resultado de uma pesquisa do Parque Nacional de Machu Picchu e do Santuário Histórico de Machu Picchu 2012, especificamente em florestas das nuvens perto Wiñayhuayna, outro sítio arqueológico na Trilha Inca em direção a Machu Picchu. Apesar de ter recebido em geral, menos atenção do que as florestas de várzea, florestas das nuvens muitas vezes são extremamente ricas em espécies que não são encontradas em outro lugar e muitas novas espécies derivam desses habitats.

Notícia original na íntegra: http://news.mongabay.com/2014/0925-hance-new-species-peru-cloud-forest.html
Petiano Responsável: Paulo Ayres

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Artigo: Ocorrência de infecção Cryptosporidium spp. em peixe-boi marinho (Trichechus manatus)

Autores: João Carlos Gomes Borges; Leucio Câmara Alves; Jociery Einhardt Vergara-Parente; Maria Aparecida da Glória Faustino; Erilane de Castro Lima Machado
Periódico: Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária
Ano de publicação: 2009

Petiano Responsável: Ana Carolina Oliveira

Caros ecoleitores,

Trichechus manatus
Apesar das atividades voltadas para a conservação de mamíferos aquáticos terem aumentado de número nos últimos anos, o número de trabalhos publicados ainda não é tão grande quando comparada a de outros grupos animais. Sabendo da importância de uma maior disseminação de informações sobre os mamíferos aquáticos, esta semana trazemos uma leitura sobre um relato da ocorrência de Cryptosporidium spp. em peixe-boi marinho.

A criptosporidiose é doença que pode afetar não só o homem como também um grande número de animais domésticos e silvestres, entre eles o peixe-boi. Esta doença tem como agente etiológico coccídeos do gênero Cryptosporidium. Em imunocompetentes pode ser assintomática ou causar gastroenterite, diarreia, dor abdominal e náuseas. Em imunodeficientes pode causar os sintomas anteriormente citados, mas dependendo da gravidade pode levar até mesmo a morte. 
Num dos oceanários do Centro Mamíferos Aquáticos, ICMBio – FMA, localizados na Ilha de Itamaracá, PE, observou-se que um peixe-boi marinho macho apresentava  nos oceanários do Centro Mamíferos desconforto abdominal, bradipnéia e letargia. Fez-se um procedimento de tratamento farmacológico e coletou-se material fecal do animal. Por meio da técnica de Kinyoun foram identificados oocistos de Cryptosporidium. Com os sinais clínicos descritos e a utilização não só da técnica de Kinyoun como também pelo teste de imunofluorescência direta e pelo corante 4’.6’-Diamidino-2-Phenilindole (DAPI).
Apesar dos cuidados no tratamento da água que se tem nos oceanários do centro, há uma preocupação na disseminação deste parasita por meio da água, uma vez que ele é bastante resistente aos desinfetantes comumente utilizados, nos levando a refletir sobre os perigos que o homem tem ao se aproximar de animais que tem um habitat diferente do seu e também dos perigos que o homem leva a estes animais.

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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Notícia: Estudo em 100 bilhões de animais aponta que Organismos Geneticamente Modificados são seguros

Tradução livre por: Fabiane Santos.

Cultivos geneticamente modificados têm sido utilizados para alimentar o gado desde 1996, e, hoje em dia, representa cerca de 90% de toda a alimentação animal nos Estados Unidos. Desde esta introdução, há muitas controvérsias a respeito da segurança desta prática. Infelizmente, a validade desta conversa é ironizada por evidências duvidosas e “estudos” em jornais que não são submetidos à revisões e afirmam que alimentos transgênicos são causadores de diversas doenças, incluindo câncer.

Entretanto, Alison Van Eenennaam, da Universidade da Califórnia conduziu uma análise compreensiva dos estudos com respeito à saúde do gado entre 1983 (antes dos cultivos transgênicos serem introduzidos) e 2011, incluindo um total de 100 bilhões de animais alimentando-se coletivamente de trilhões de refeições geneticamente modificadas. Por fim, o estudo apontou que OGMs não possuem um efeito negativo nos animais, e que eles são quase equivalentes a animais que não se alimentam de OGMs, em termos nutricionais. O estudo foi publicado no Journal of Animal Science, e terá acesso aberto após dia 1º de Outubro.

Este estudo não é o primeiro deste tipo, apesar deste ser o mais inclusivo e completo. Alessandro Nicolia, da Universidade de Perugia, na Itália, publicou uma revisão de 1.783 artigos ao longo de 10 anos que procurava entender o risco de cultivos transgênicos para o meio ambiente. Em conclusão, não havia evidências mostrando que os transgênicos ofereciam um risco significante. 

(...)

Gados alimentados com pastagem transgênica e tradicional são nutricionalmente equivalentes, aponta estudo.

Isto não significa que os métodos utilizados na pecuária, atualmente, são perfeitos. Muito se diz a respeito das condições de vida doa animais, o tipo de alimentação fornecido ao gado, a   alta taxa de antibióticos dados aos animais e seu potencial risco de resistência bacteriana, etc. Além disto, ambientalistas gostariam de ver uma redução na quantidade de carne consumida, dado o alto gasto de água e energia para produção de carne, bem como a consequente redução no nível de emissão de metano na atmosfera.

Enquanto as discussões sobre as melhores formas de criação animal estão muito longe de terem um fim, parece que não há muito a se conversar a respeito da segurança de alimentos transgênicos para a saúde animal. Existem pesquisas ainda sendo desenvolvidas a respeito da segurança destes alimentos transgênicos, mas, por ora, devemos operar sob as evidências apresentadas ao invés de opiniões mascaradas como fatos. 

Nota: Sabemos que os organismos geneticamente modificados, e em especial os alimentos transgênicos, são palco de intensa discussão. O ponto de vista dos autores do texto não refletem a opinião do PET Ecologia, entretanto, é importante fomentar a discussão com um estudo que traz uma nova faceta a respeito dos OGMs.

Texto Original: clique aqui.
Petiano Responsável:
Fabiane Santos


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Artigo: Reprodução de psitacídeos em cativeiro

Autores: Mariangela da Costa Allgayer e Márcia Cziulik
Periódico: Revista Brasileira Reprodução Animal
Ano de publicação: 2007

Petiano Responsável: Reginaldo Gusmão

Caros ecoleitores,

Casal de Arara-canindé (Ara ararauna)
A ordem Psittaciforme é constituída por 78 gêneros e 332 espécies das quais 72 ocorrem no Brasil que é considerado o país mais rico em representantes da família Psittacidae. Estas aves chamam atenção pelo seu companheirismo, temperamento, pela habilidade de imitar a voz humana e são capturados na natureza para suprir a demanda de aves de estimação. Na tentativa de reverter esse quadro o IBAMA normatizou, através de portarias específicas, a criação e comercialização de espécies silvestres nativas, assim, nos dias de hoje é possível adquirir animais de maneira legal, com origem e saúde controladas. Aves com qualidade provêem de locais que obedecem aos requisitos necessários e as técnicas de manejo adequadas para cada espécie. A estrutura física, como quarentena e recintos, deve levar em consideração o objetivo do manejo que pode ser: comercial, exposição em zoológicos, pesquisa ou educação ambiental. A chegada das aves no plantel deve ser seguida de exames veterinários de rotina, sexagem, marcação individual e observação do comportamento que vai evidenciar casais compatíveis. Essas medidas, associadas a um manejo nutricional adequado, possibilitam a sanidade das aves e determinam o sucesso reprodutivo em cativeiro. A maioria dos psitacídeos se reproduz na primavera-verão, mas, algumas espécies podem reproduzir em outros períodos. A incubação e o cuidado com filhotes podem ser realizados pelo casal, no entanto, quando estes se mostram incapazes ou dependendo do objetivo do manejo técnicas artificiais de criação podem ser utilizadas. Tais técnicas demandam tempo, aumento de custos com instalações, equipamentos e necessidade de equipe treinada, mas têm como vantagem um aumento no número de ovos e filhotes por casal e um controle contínuo sobre a criação. A legalização da criação e do comércio brasileiro de aves selvagens está impulsionando a formação de profissionais especializados e contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento, o que é imprescindível para a viabilização de projetos de conservação que tenham entre seus objetivos a reprodução de psitacídeos em cativeiro.

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domingo, 5 de outubro de 2014

Curiosidade: Garrafas de água comestíveis

Caros Ecoleitores,

Vocês já conhecem a garrafa de água comestível? Se não conhece agora vai conhecer!

Ooho - A garrafa de água comestível.
Imagem: Info Abril
Para que jogar fora a garrafa de água, se você pode comê-la? É dessa ideia inusitada que surgiu a Ooho. Com forma de bolha gelatinosa, que lembra uma água-viva, a embalagem é feita a partir de algas marinhas e cloreto de cálcio.
Quando você está com sede, basta perfurar a membrana e beber o líquido de seu interior. Para quem curte novas experiências, também é possível colocar tudo de uma vez na boca, já que o Ooho é comestível e biodegradável. Criado por um trio de estudantes de designs, os espanhóis Rodrigo García González, Guillaume Couche e Pierre Paslier, o projeto aparece como uma alternativa engenhosa ao descarte de embalagens plásticas. A bolha gelatinosa é formada através de um processo chamado de “esferificação”, um método usado pela primeira vez em 1946 e ainda utilizado por alguns chefs de cozinha.

Petiano Responsável: Regina Nascimento

sábado, 4 de outubro de 2014

Artigo: Densidade, tamanho populacional e conservação de primatas em fragmento de Mata Atlântica no sul do Estado de Minas Gerais, Brasil

Autores:  Maurício Djalles Costa, Fernando Afonso Bonillo Fernandes, Renato Richard Hilário,
Aline Vaz Gonçalves & Janaína Maria de Souza.
Periódico: Iheringia Série Zoologia
Ano de publicação: 2012

Petiano Responsável: Paulo Ayres

Caros Ecoleitores,

Hoje trago para vocês um artigo sobre um estudo realizado em um fragmento de Mata Atlântica no município de Pouso Alegre - MG, sobre a densidade, tamanho populacional e conservação de primatas, este que é um dos grupos de animais que mais sofre com a fragmentação do bioma Mata Atlântica.

Sapajus nigritus (anteriormente descrito como Cebus nigritus).
A Mata Atlântica é uma das regiões biologicamente mais ricas e mais ameaçadas do Planeta e atualmente restam entre 11,4% e 16% de cobertura vegetal de sua extensão original. O município de Pouso Alegre, localizado no sul do Estado de Minas Gerais abriga, segundo dados recolhidos até o ano de 2010, somente 3% de remanescentes de Floresta Semidecidual em seu território.  A diminuição e fragmentação de habitats florestais afetam várias espécies, em especial os primatas neotropicais que possuem hábitos essencialmente arborícolas. Das 24 espécies de primatas que ocorrem na Mata Atlântica, 15 encontram-se enquadradas em alguma categoria de ameaça segundo a lista oficial do Ministério do Meio Ambiente. No município de Pouso Alegre ocorrem quatro espécies de primatas: Alouatta clamitans Cabrera, 1940; Callicebus nigrifrons (Spix, 1823); Callithrix aurita (É. Geoffroyi, 1812) e Cebus nigritus (Goldfuss, 1809). Destas, apenas o sagui-da-serra-escuro (C. aurita) é considerado ameaçado de extinção, muito embora as outras espécies sejam consideradas como “quase ameaçadas”.
Este trabalho teve como objetivo estimar a densidade e o tamanho populacional das quatros espécies de primatas descritas acima, que ocorrem em um fragmento de Mata Atlântica de aproximadamente 350 ha, localizado no de Pouso Alegre e reunir subsídios para a conservação dessas espécies na região. O levantamento populacional foi realizado através do método de amostragem de distâncias em transecções lineares (Distance Sampling). Os dados foram coletados entre os meses de abril e agosto de 2008 a partir de quatro transecções implantadas na área de estudo. Os cálculos de densidade e tamanho populacional foram realizados empregando-se o programa Distance 5.0. As densidades foram estimadas em 23,83 ± 9,78 ind./km² para Callicebus nigrifrons, 14,76 ± 5,92 ind./km² para Callithrix aurita e 7,71 ± 2,13 ind./km² para Cebus nigritus. O tamanho populacional foi estimado em 83,0 ± 34,0 indivíduos para C. nigrifrons, 52,0 ± 20,8 indivíduos para Callithrix aurita e 27,0 ± 7,4 indivíduos para Cebus nigritus. Com relação ao bugio (A. guariba clamitans), constatou-se que apenas um grupo com seis indivíduos sobrevive na área. Conclui-se que, no caso de continuarem isoladas, essas populações têm poucas chances de sobrevivência no futuro frente aos riscos de eventos estocásticos. A criação de corredores ecológicos conectando a área de estudo aos outros fragmentos em seu entorno e a translocação de indivíduos de outras áreas da Mata Atlântica para esta região poderão constituir alternativas para garantir a viabilidade dessas populações em longo prazo. Para tanto, é necessário que se consolide uma política pública no município de Pouso Alegre voltada à criação, ampliação e gestão de Unidades de Conservação, e ao incentivo para a adoção de práticas produtivas sob critérios de sustentabilidade no entorno dessas áreas de interesse ecológico.

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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Notícia: Novas regras de uso e ocupação de solo no Parque Estadual Dois irmãos

Açude do Prata. Imagem da Internet.
Um levantamento do SEMAS (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade) identificou a abertura de trilhas ilegais e uso do Açude do Prata para banho e recreação. As pessoas responsáveis por tais atos são os moradores da comunidade de Sítio dos Pintos, Terminal da Macaxeira e transeuntes da UFRPE. Ainda há relatos de pessoas que praticam motocross na área e segundo o Jornal Diário de Pernambuco, as margens do açude estão cheias de lixo.  Por isso, o Parque que foi criado em 1988, ganhou um novo plano de manejo que visa a proibição de construções irregulares, invasões e extração de qualquer material dentro da área de preservação. O plano, publicado no Diário Oficial, ainda prevê a instalação de postos de vigilância e cercas.Além da conservação do meio ambiente, o plano, dentre outras coisas, estabelece incentivo a pesquisa e ao monitoramento, assim como a criação de um programa de educação ambiental para as comunidades vizinhas.

Fonte: Diário de Pernambuco

Petiano Responsável: Shayne Moura

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Curiosidade: Conheça o mais novo pássaro brasileiro

Caros Ecoleitores,

"Macuquinho-preto-baiano" (Scytalopus gonzagai)
A Mata Atlântica volta a surpreender. Numa faixa junto ao litoral da Bahia foi descoberto o
“macuquinho-preto-baiano”(Scytalopus gonzagai), o mais novo passarinho brasileiro, com cerca de 15 cm e 15 gramas. O estudo que levou à descoberta da espécie durou 20 anos, teve apoio da Fundação Grupo Boticário e reuniu cientistas e ornitólogos de universidades federais brasileiras (Paraná, Pelotas e São Paulo) e dos EUA (Louisiana State University).
O biólogo especializado em ornitologia Giovanni Nachtigall Maurício estimou que a população dessa espécie esteja em torno de 2.888 indivíduos. Sendo que a regra geral da IUCN estabelece que até 2.500 indivíduos a espécie é considerada criticamente em perigo; de 2.500 até 10 mil indivíduos, é considerada em perigo; e de 10 mil até 20 mil, é vulnerável. Concluindo então que a mais novo pássaro brasileiro já se encontra em perigo de extinção.


Petiano Responsavel: Reginaldo Gusmão

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