Tradução livre por: Fabiane Santos.
Cultivos geneticamente modificados têm sido utilizados para alimentar o gado desde 1996, e, hoje em dia, representa cerca de 90% de toda a alimentação animal nos Estados Unidos. Desde esta introdução, há muitas controvérsias a respeito da segurança desta prática. Infelizmente, a validade desta conversa é ironizada por evidências duvidosas e “estudos” em jornais que não são submetidos à revisões e afirmam que alimentos transgênicos são causadores de diversas doenças, incluindo câncer.
Entretanto, Alison Van Eenennaam, da Universidade da Califórnia conduziu uma análise compreensiva dos estudos com respeito à saúde do gado entre 1983 (antes dos cultivos transgênicos serem introduzidos) e 2011, incluindo um total de 100 bilhões de animais alimentando-se coletivamente de trilhões de refeições geneticamente modificadas. Por fim, o estudo apontou que OGMs não possuem um efeito negativo nos animais, e que eles são quase equivalentes a animais que não se alimentam de OGMs, em termos nutricionais. O estudo foi publicado no Journal of Animal Science, e terá acesso aberto após dia 1º de Outubro.
Este estudo não é o primeiro deste tipo, apesar deste ser o mais inclusivo e completo. Alessandro Nicolia, da Universidade de Perugia, na Itália, publicou uma revisão de 1.783 artigos ao longo de 10 anos que procurava entender o risco de cultivos transgênicos para o meio ambiente. Em conclusão, não havia evidências mostrando que os transgênicos ofereciam um risco significante.
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Gados alimentados com pastagem transgênica e tradicional são nutricionalmente equivalentes, aponta estudo. |
Isto não significa que os métodos utilizados na pecuária, atualmente, são perfeitos. Muito se diz a respeito das condições de vida doa animais, o tipo de alimentação fornecido ao gado, a alta taxa de antibióticos dados aos animais e seu potencial risco de resistência bacteriana, etc. Além disto, ambientalistas gostariam de ver uma redução na quantidade de carne consumida, dado o alto gasto de água e energia para produção de carne, bem como a consequente redução no nível de emissão de metano na atmosfera.
Enquanto as discussões sobre as melhores formas de criação animal estão muito longe de terem um fim, parece que não há muito a se conversar a respeito da segurança de alimentos transgênicos para a saúde animal. Existem pesquisas ainda sendo desenvolvidas a respeito da segurança destes alimentos transgênicos, mas, por ora, devemos operar sob as evidências apresentadas ao invés de opiniões mascaradas como fatos.
Nota: Sabemos que os organismos geneticamente modificados, e em especial os alimentos transgênicos, são palco de intensa discussão. O ponto de vista dos autores do texto não refletem a opinião do PET Ecologia, entretanto, é importante fomentar a discussão com um estudo que traz uma nova faceta a respeito dos OGMs.
Texto Original: clique aqui.
Petiano Responsável: Fabiane Santos
Petiano Responsável: Fabiane Santos
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