Por Paulo Paixão.

O tempo de exposição a esses agentes causadores de estresse e a intensidade da exposição desencadeia diferentes respostas fisiológicas e comportamentais. O estresse pode ser considerado como um conjunto de respostas não específicas do organismo a situações que ameaçam desequilibrar a sua homeostase (Barton, 2002; FSBI, 2002). Os agentes estressores podem ser de natureza física (ex: temperatura, transporte, confinamento e manuseio) química (ex: pH e oxigênio) e causados por animais (ex: predadores), por isso o estresse implica num importante fator para mensurar a qualidade de vida do animal, que vai resultar num controle destes sofrimentos promovendo seu prazer e bem-estar em cativeiro.
O conceito de bem-estar animal está relacionado com a capacidade de o animal ter ou não consciência de sensações e sentimentos (senciência), e nos peixes já foi possível perceber:
-Uso de conhecimentos aprendidos com peixes de mesma espécie;
-Alteração de comportamento ao perceber outros animais (ex: preparar-se para lutar ou fugir)
-Memória espacial (ex: local de alimento);
-Comportamento antecipatório (ao perceber certo estímulo o animal sabe que algo está para acontecer, ex: condicionamento alimentar);
-Associação de eventos ao tempo e lugar;
-Comportamento de evitar lugares perigosos.
A existência da senciência em peixes lhes confere um estatuto moral com implicações éticas na sua proteção. Ainda existem inúmeras questões sobre bem-estar de peixes que precisam ser esclarecidas e pesquisadas, sendo a formulação de recomendações para a manutenção e tratamentos destes animais em cativeiro uma necessidade cada vez mais pertinente.
Leia artigo completo aqui.
Paulo H. G. Paixão é estudante do 4º período do curso de Engenharia de Pesca da UFRPE.
0 comentários:
Postar um comentário