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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Publicação especial sobre sustentabilidade destaca investimentos sociais em Angola

Pela primeira vez, um veículo de comunicação dedicou espaço integral para falar sobre sustentabilidade em Angola. A iniciativa foi da Revista Exame Angola, que lançou uma edição especial sobre o assunto, em dezembro de 2012. Entre as abordagens mais pertinentes sobre o desenvolvimento sustentável na sociedade angolana, destaque para a evolução do tema partir das políticas públicas, ações empreendidas pela sociedade civil e por empresas privadas.

Semelhante a versão análoga brasileira, a revista realizou uma pesquisa com as empresas que mais investiram em responsabilidade social no país ao longo do ano e, com apoio de um júri especializado, avaliou os critérios sociais, econômicos, culturais e ambientais.

A partir de um questionário e de entrevistas complementares foi possível reconhecer as seis empresas mais sustentáveis, com destaque para uma organização brasileira.

O trabalho, realizado pelo Grupo Media Nova, licenciado pela Editora Abril no Brasil, identificou que grande parte dos investimentos sociais das empresas eleitas estão sendo aplicados na melhoria da qualidade de vida das comunidades, particularmente em projetos de saúde, educação, bem-estar da criança, geração de renda das famílias e em mitigação aos impactos ambientais gerados, algo que reflete às necessidades prioritárias deste país africano cuja economia é movimentada pelo petróleo.


 
Matérias sobre o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, Plano Nacional de Gestão de Resíduos e preservação da biodiversidade da floresta de Maiombe demostraram que as ações públicas em Angola estão alinhadas com a agenda internacional, ainda que o país esteja em seus primeiros passos na sustentabilidade.

O aumento dos investimentos públicos trouxe motivação ao setor privado e às organizações da sociedade civil a pensarem em inovações em produtos e serviços que possam estar ao alcance das populações e favorecer o desenvolvimento sustentável num contexto de demandas sociais urgentes.

A repercussão desta primeira edição da revista sobre sustentabilidade foi considerada muito satisfatória pelos participantes e pelos leitores, sobretudo, pela sua função social que apoia a difusão de um tema ainda novo para Angola, cujo entendimento e adoção práticas fará a diferença para este país que tem pressa em crescer e distribuir melhor.
 
Fonte: MSN

Oportunidade: Encontro discute a prática de ensino de Biologia

O projeto de extensão Partilhando Saberes com a Escola de Educação Básica a partir da Prática de Ensino de Biologia realiza, nas próximas quinta e sexta-feira, o II Encontro de Prática de Ensino de Biologia, no Centro de Educação da UFPE (CE). O evento é direcionado para professores de Ciência e Biologia da Educação Básica, além de estudantes dos cursos de Pedagogia e de Ciências Biológicas.

O encontro começa já na manhã do dia 31, às 8h. O credenciamento acontece no hall do Centro. O evento é gratuito e mais informações podem ser consultadas através do e-mail ufpe.biologia@hotmail.com. A organização fica por conta da professora Cristiane Menezes.

Programação

Dia 31/01 (quinta-feira)
 

8h às 9h30: Credenciamento – Hall do CE
8h às 10h: Palestras – sala 12
- Ludicidade e o Ensino de Ciências (Mirtes Ribeiro de Lima)
- Construtivismo e Ensino de Ciências e Biologia (Danilo de Carvalho Leandro)
10h às 12h: Roda de conversa – sala 12

14h às 18h: Oficinas
- Oficina 1: A pesquisa científica no ensino de Ciências/Biologia (Edigleide Souza, Elton Nascimento, Henrique Moura e Mayara Silva) – sala 12
- Oficina 2: Conhecendo um herbário e estimulando o ensino de botânica (Belisa Sena, Beny Ferreira, Eric Siqueira, Nayara Pacheco) – sala 51

19h às 22h: Oficinas
- Oficina 3: Construindo um projeto didático para a implementação da coleta seletiva na escola (Hortência Farias, Juliana Roberta, Pedro Paz) – sala 51
- Oficina 4: Adolescentes e as ISTs: uma proposta didática (Gilbran Alencar, Luis Gustavo e José Reseno) – sala 12
- Oficina 5: Corpo humano: qualidade sensorial, uma questão de percepção (Bárbara Valeska e Endson Wagner) – sala 13 da pós-graduação

Dia 1º/02 (sexta-feira)
8h às 10h30: Oficinas
- Oficina 6: Confecção de recursos didáticos para o ensino de Ciências com o uso de materiais recicláveis (Emanuelle Virginia e Elisângela Rodrigues) – sala 51
- Oficina 7: Educação sexual: identificando possibilidades de ensino no cotidiano escolar (Climéria Ramalho, Deysiane Andrade, Jéssica Vasconcelos e Rivaldo Rocha) – sala 12
11h às 12h: Roda de conversa – sala 12

14h às 18h: Oficinas
- Oficina 8: A vivência com a natureza: uma estratégia didática (Erick Ricardo Nunes, Denys de Oliveira e George Wallemberg Santos) – sala 12
- Oficina 9: Recursos e técnicas aplicados na identificação e herborização de plantas em aulas de botânica (David Ítalo Barbosa e Josaías Barbosa) – sala 51

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Acordo tenta cortar emissões de mercúrio

GENEBRA - Depois de quatro anos de negociações, 140 países chegaram neste sábado, 19, ao primeiro acordo global para começar a banir o mercúrio. Mas, num enfrentamento entre países emergentes e ricos, a comunidade internacional fracassou em chegar a um entendimento para eliminar o uso do produto no garimpo e na geração de energia, deixando esses setores sem metas.

Para cientistas, o acordo "não é suficiente" e não estabelece tetos de emissões de mercúrio, considerado como um dos dez poluentes mais perigosos para a saúde humana.

A sessão que estabeleceu a Convenção Minamata sobre Mercúrio - nome dado em homenagem à cidade japonesa que teve parte da população envenenada na metade do século 20 por conta de descargas industriais de mercúrio -, entrou pela madrugada e só acabou nas primeiras horas do sábado.

O Brasil defendia que proibições entrassem em vigor apenas em 2025 para o setor industrial e que o garimpo ainda fosse deixado de fora do prazo.

Pelo acordo, diversos usos do mercúrio na indústria serão banidos até 2020. Entre eles estão algumas baterias, tomadas, alguns tipos de lâmpadas, sabão e produtos cosméticos.

Alguns instrumentos de medição, porém, continuarão a usar o mercúrio, já que técnicos chegaram à conclusão que ainda não existiria um substituto. Os governos também concordaram em reduzir gradativamente o uso do produto em obturações dentárias.

Brasil e Estados Unidos ainda se aliaram em tentar promover a ideia de que poderiam continuar exportando mercúrio, mesmo diante das novas proibições. Mas a proposta foi rejeitada pela maioria dos países, que quer o fim do comércio em 15 anos.

Mas um dos mais sérios entraves ocorreu quando o debate esteve relacionado com o garimpo. Países europeus insistiam por um prazo para o fim do mercúrio no garimpo artesanal, uma prática que ainda vigora na região Norte do Brasil, além de na África e na Ásia.

Segundo os especialistas, o uso do produto, que facilita a mineração ao criar um amalgama com o ouro (mais informações nesta página), acaba jogando na atmosfera toneladas de mercúrio e que levarão décadas para serem absorvidas.

Emissões históricas. Mas governos de países emergentes alertaram que não havia como estabelecer um prazo para a eliminação, inclusive porque uma proibição forçada apenas faria com que o comércio ilegal do produto explodisse. Outro argumento é de que, se a taxa de emissão hoje na atmosfera é alta, parte da responsabilidade é dos países ricos que, no século 19, abusaram do produto em seus garimpos, como nos EUA.

O compromisso foi de que as nações aceitariam tomar ações voluntárias e sem prazos fixos para banir o mercúrio. Pelo acordo, países terão três anos a partir da data de ratificação do tratado para elaborar uma estratégia para reduzir o mercúrio no garimpo, sem um compromisso legal de eliminá-lo nem de concluir essa estratégia dentro de um prazo. Na prática, não há qualquer compromisso em acabar com o mercúrio nos garimpos.

Outro fracasso foi a negociação para o estabelecimento de um teto de emissões de mercúrio em usinas de energia, uma prática corrente na China e na Índia. Pequim e Nova Délhi se recusaram a aceitar um compromisso de banir o poluente de sua produção de energia, mais uma vez usando como alegação o fato de que países ricos usaram a tecnologia por décadas.

Os países asiáticos pediram que governos ricos financiassem uma transferência de tecnologia para permitir que alguma meta fosse incluída no acordo.

Mas sem um compromisso dos países em desenvolvimento, nenhum compromisso foi fechado, e a negociação foi adiada para 2014 ou 2015.

Insuficiente. Para cientistas, o acordo não é ainda a resposta que o mundo precisa contra o mercúrio. "O acordo não é exigente o suficiente para conseguir reduzir as emissões de mercúrio", declarou Joe DiGangi, do instituto Ipen (rede internacional para a eliminação dos poluentes persistentes). Segundo ele, não há exigências para que governos criem planos nacionais sobre como irão estabelecer metas de redução de emissões - um pedido que a sociedade científica vem fazendo há anos.

Entre organizações não governamentais, o sentimento é de que o acordo de ontem foi apenas um início. "O tratado não irá trazer uma redução imediata das emissões do mercúrio. O acordo terá ainda de ser fortalecido", declarou David Lennett, do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais. "Ainda assim, o tratado irá gradualmente reduzir o mercúrio em muitos produtos e é um bom início", completou.

Ainda assim, altos funcionários da ONU e diplomatas comemoraram o evento. "Países estabeleceram as bases para uma resposta global contra um poluente cuja notoriedade foi reconhecida há mais de um século", declarou Achim Steiner, diretor executivo do Programa da ONU para Meio Ambiente (Pnuma).

"Todos ganharão com esse acordo. Das famílias de pequenos garimpeiros às comunidades no Ártico", disse.

"O acordo prova que o multilateralismo na política ainda existe", declarou Franz Perrez, representante suíço, em referência ao fato de que a maioria dos acordos internacionais está com suas negociações estagnadas em diversos campos, inclusive no que se refere ao clima.
 
Fonte: MSN

Lixo orgânico dá lucro

Por ano, 22 milhões de toneladas de alimentos viram lixo no Brasil. Na maioria das cidades, esses resíduos se transformam em uma bomba relógio ambiental. O Cidades e Soluções desta semana mostra que a destinação inteligente do lixo já é realidade para empresas brasileiras. Elas enxergaram no lixo orgânico uma oportunidade de negócio. No Rio de Janeiro, acompanhamos a rotina de uma empresa que transforma o lixo em adubo orgânico para o comércio. No Distrito Federal, vamos conhecer a Minhocasa, um sistema que pode ser adotado até em apartamentos pequenos e conta com a ajuda de minhocas operárias para transformar os restos de comida em biofertilizante.

Clique neste link Globo News para ver a reportagem completa!

Seleção para estagiário no LEVEN - Laboratório de Ecologia Vegetal dos Ecossistemas Naturais - Profª Dra. Elcida de Lima Araújo


 

 Seleção para estagiário interessado em ecologia vegetal, dinâmica de populações, regeneração.

- Entrevista natural da flora e ecofisiologia. O candidato deve ter disponibilidade para viajar para campo (IPA de Caruaru) todos os meses e frequentar o LEVEN quando não estiver em campo.

A seleção consistirá em três etapas:

- Avaliação de currículo e histórico escolar

- Avaliação escrita (assuntos: Ecossistema Caatinga, Ecologia Vegetal e Metodologias para amostragem vegetal)

A inscrição será efetuada SOMENTE a partir do envio do currículo e histórico escolar até o dia 08/02/2013 para o e-mail: estagio.leven@gmail.com

A avaliação escrita será realizada no dia 18/02/2013 a partir das 9h (local a ser confirmado por e-mail)

A entrevista ocorrerá dia 20/02/2013 a partir das 9h no LEVEN (Prédio do Céu – térreo)

O estagiário selecionado concorrerá ao pedido de bolsa de IC/CNPq assim que o edital for aberto ainda este ano!

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Estudo culpa pesticidas por queda na população de anfíbios

Fonte: NE-10

PARIS - A queda importante na população mundial de rãs e sapos pode ser atribuída, ao menos em parte, ao uso de pesticidas, alertaram na última quinta-feira cientistas na Alemanha.

Testes com fungicidas e inseticidas, quando usados nas proporções recomendadas, mataram 40% das rãs após sete dias e, em um caso, 100% dos anfíbios após apenas uma hora, afirmaram.

Os experimentos, realizados com apenas um pequeno número de animais, foram feitos por uma equipe chefiada por Carsten Bruehl, da Universidade de Coblenz-Landau, na Alemanha.



Eles capturaram 150 exemplares jovens de rã comum da Europa ("Rana temporaria") e os expuseram a sete produtos agrícolas, com o objetivo de reproduzir em laboratório as condições encontradas no campo.

As rãs foram mantidas em grandes contêineres, com solo cultivado com cevada. O produto químico foi espargido uma vez, em uma quantidade que os cientistas dizem ser igual àquela que cairia em uma área similar de uma lavoura.

Foram aplicadas três tipos de doses: concentrações recomendadas, um décimo das concentrações recomendadas e 10 vezes as concentrações recomendadas.

A substância mais tóxica, segundo o estudo, foi o fungicida Headline, usada para evitar fungos em cultivos de soja e trigo. Na dose recomendada, ela matou todas as rãs usadas no teste no intervalo de uma hora.

Apenas 5 rãs foram usadas em cada experimento e os animais foram usados cuidadosamente, obedecendo a critérios éticos. Em cada experimento, apenas três rãs foram inicialmente expostas à substância e se elas sobrevivessem por 24 horas, as outras duas eram incluídas no experimento. Se as três morressem antes de 24 horas, as outras duas não eram inseridas.


Segundo a respeitada "Lista Vermelha" da biodiversidade ameaçada, 41% das espécies de rãs e sapos estão em risco de extinção.


A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que compila a lista, culpa a perda de hábitat, a poluição, incêndios, as mudanças climáticas, doenças e a superexploração da terra.



Mas o novo estudo, publicado na revista Scientific Reports, destacou que o dano colateral dos pesticidas não foi considerado.Segundo a pesquisa, os anfíbios são especialmente vulneráveis a estes produtos químicos porque sua pele é altamente permeável. "A toxicidade demonstrada é alarmante e um efeito negativo em larga escala da exposição terrestre a pesticidas nas populações de anfíbios parece provável", alertou o artigo.

Da Agência France Presse.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Artigo: Ciência e Sustentabilidade: a contribuição da educação ambiental




Autores: Marcos Antonio do Santos Reigota
Periódico: Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior
Ano de Publicação: 2007
Petiano  Responsável: Anderson Coutinho.


Ciência e Tecnologia

No contexto político, científico e cultural da problemática ambiental, a educação ambiental tem uma história nos debates científicos e epistemológicos. A educação ambiental brasileira oferece sólidos elementos para mostrar que, apesar de todas as barreiras, outro tipo de ciência foi, está sendo feita e tende a consolidar-se.  Com visões alternativas e paradigmas consequentes com a construção da sociedade sustentável orientada à democracia, justiça e ecologia. Sugere a análise da trajetória e a recepção dos pesquisadores para revelar o processo de constituição de conceitos (sustentabilidade) e uma área de conhecimento (educação ambiental).





















Para leitura completa do artigo clique aqui: http://www.scielo.br/pdf/aval/v12n2/a03v12n2.pdf









quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

UFRPE e Universidade da Flórida promovem seminário sobre biocombustíveis e sustentabilidade


A Assessoria de Cooperação Internacional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (ACI/UFRPE) informa que, no dia 7 de fevereiro, será realizado o seminário intitulado Sustentabilidade Social, Econômica e Ambiental do Desenvolvimento de Biocombustíveis. O evento é uma parceria da UFRPE com a Universidade da Flórida A&M, por meio do Escritório de Desenvolvimento e Educação Internacional.

O seminário será realizado no auditório da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFRPE (PRPPG), a partir das 10h. Maiores informações: 3320 6010 ou secretariaaci@gmail.com.

Brasil possui um "Pré-sal" de Energia Solar


Somada a falta de chuvas, a elevada irradiação solar no Brasil tem contribuído para o baixo nível das represas nos lagos das hidrelétricas. Sem que a água chegue aos níveis ideais, as usinas termelétricas a carvão, óleo e gás são ligadas como forma de se poupar o volume dos reservatórios. Entretanto, o Brasil e o Nordeste recebem grande incidência solar. Se usássemos o sol como fonte de energia poderíamos fazer do problema, a seca, uma solução, energia fotovoltaica, transformando limão em limonada.

A média de insolação do Brasil é de cerca de 3 mil horas ao ano e, em determinadas regiões do nosso mapa, a média é mais alta, de acordo com os dados disponíveis no Atlas Solarimétrico do Brasil. É o mesmo sol que hoje nos castiga com um dos mais longos períodos de estiagem no semiárido. Embora ruim para a população e a agricultura, essa estatística mostra nosso potencial para gerar energia limpa, renovável e de baixo impacto ambiental.

Esse dado está no início da conversa com defensores da geração de energia por fontes alternativas, como o professor Heitor Scalambrini Costa, mestre em energia solar e doutor em energética pela Faculte Saint- Jerôme, em Marselha, França. Scalambrini classifica o sertão nordestino como uma região com o nível de insolação de fazer inveja a qualquer país europeu. “Nossos recursos solares são abundantes e bem distribuídos. Na Europa, com muito menos, os países investem muito mais”, compara o professor da Universidade Federal de Pernambuco.

O interesse das grandes empresas em investir recursos destinados à geração de energia solar começa a aumentar. A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) é uma das maiores empresas do sistema Eletrobrás e possui seus principais investimentos na região Nordeste. Desde 2012, em Petrolina, aplicou R$ 44 milhões em um centro de pesquisas e geração de energia através de painéis fotovoltaicos.

A Chesf está acompanhada por outras grandes do setor no interesse pela energia solar. A Petrobras está tirando do papel um projeto para instalação de uma usina de 1,1 MW em Alto do Rodrigues, a 200 quilômetros de Natal, no Rio Grande do Norte. O plano da Petrobras é utilizar o mesmo terreno no qual está instalada a usina termelétrica Jesus Soares Pereira para adquirir mais conhecimento sobre a geração a partir de painéis fotovoltaicos. A título de comparação, 1,1 MW é energia suficiente para o consumo de 1.800 domicílios em um ano.

O Departamento de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) são parceiros da Petrobras nesse projeto. Eles vão instalar uma plataforma experimental no laboratório de eletrônica e energias renováveis do departamento de engenharia elétrica. Também querem implantar seis estações para capturar informações para o Sistema Nacional de Organização de Dados Ambientais (Rede Sonda) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A Rede Sonda cria uma base de dados com informações sobre os ventos e a radiação solar, considerando sua distribuição no território do país e durante o ano.

Os novos estádios construídos para sediarem as disputas pela Copa do Mundo de 2014 também trataram de incluir em suas estruturas painéis fotovoltaicos. Em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, onde se conclui a Arena Pernambuco, por exemplo, também está sendo construída uma usina fotovoltaica que será capaz de gerar 1 MW nas horas de pico.

Chesf, Petrobras e Odebrecht são três exemplos de empresas que atenderam à chamada 013/2011 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que pede arranjos técnicos e comerciais para inserção da geração solar fotovoltaica na matriz energética. Além de projetos de geração, a Aneel pede a instalação de instrumentos de medição da energia solar pelo país.

Os instrumentos de medição são fundamentais. Todos precisam de dados confiáveis sobre o potencial da energia solar. O Atlas Solamétrico existe há 11 anos e nos últimos anos foram sensíveis para os eventos climáticos. Os dados são necessários para que os investimentos de porte em grandes parques fotovoltaicos ocorram.

Por raciocínios diversos, o professor Heitor Scalambrini Costa e o presidente da Chesf, João Bosco, consideram abundante o potencial de energia solar disponível no país

É nessa rubrica que está o centro de pesquisas da Chesf em Petrolina, no centro do semiárido brasileiro, a pouco mais que 700 quilômetros do Recife. A companhia energética está investindo na instalação de um centro que pode gerar no máximo 3 MW, detalha Helder Falcão, gerente de pesquisa, desenvolvimento e inovação da empresa. Parte dessa produção, 2,5 MW, será vendida para o sistema. Os 0,5 MW restantes serão utilizados para mais estudos. “Os painéis de geração também vão servir para analisarmos os custos de operação da planta, qual sua manutenção necessária, melhor instalação para a transmissão, qualidade e custo dos equipamentos utilizados. Tudo para obtermos maior conhecimento sobre essa área”, explica Falcão.

O interesse maior da Chesf pela geração de energia através da força do sol cresceu com o presidente João Bosco de Almeida. Ele é entusiasta das possibilidades apresentadas pelas fontes renováveis de energia. Com relação à energia solar, João Bosco fala que já fez e refez uma conta utilizando as informações atuais. “A insolação média no Nordeste é da ordem de 6 quilowatt/hora por metro quadrado. O semiárido tem 1 milhão de quilômetros quadrados. Nós estamos falando de insolação de 250 mil MW/h”. Em comparação, João Bosco lembra que o Brasil todo gera 100 mil MW/h.

Esses números são absolutos, adverte o presidente da Chesf. Não se pode imaginar colocar painéis solares em cada centímetro quadrado nordestino, mas pode-se pensar em se aproveitar 30%, 40% desse total, o equivalente a 80 mil MW. “Além do mais, é uma realidade que mudaria a região, que passaria a receber royalties pela produção de energia”.

O conhecimento será o passo mais seguro em direção à participação da energia solar na matriz energética brasileira. Outras condições também estão se mostrando favoráveis. O professor José Bione, especialista da Chesf com pós-doutorado em energias renováveis, cita que a entrada da China como um dos principais fornecedoras do setor fez os preços dos painéis solares despencarem. Bione estima que até 2020, o preço para geração por células fotovoltaicas estará competitivo, em relação a geração por pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Hoje, o preço do MW gerado por fotovoltaico é da ordem de R$ 250 a R$ 300. O preço do MW gerado por uma PCH é de R$ 140, R$ 150.

A utilização de painéis fotovoltaicos não é a única forma de se transformar a força do sol em eletricidade. A geração pode ser por uma usina heliotérmica, que é uma usina termelétrica cujo aquecimento da água é feito pelo calor do sol. No mesmo terreno onde a Chesf desenvolve seus estudos com painéis fotovoltaicos, em Petrolina, o governo de Pernambuco possui um estudo financiado pelo Finep com uma usina heliotérmica.

Ao se considerar os custos atuais, a heliotérmica não é uma forma competitiva de se produzir energia, comenta Bione. No entanto, a termelétrica solar é considerada por ele como o futuro do setor, entre outras razões por possibilitar o armazenamento da energia – coisa que a geração fotovoltaica não permite.

Outras formas de se utilizar os benefícios da luz solar são velhas conhecidas da arquitetura e utilizados nas construções mais modernas. A água armazenada no alto de casas e edifícios pode dar uma utilidade ao calor solar e, com isso, reduzir o uso de chuveiros elétricos. O uso abusivo da iluminação natural também contribui para a economia de energia ao poupar horas de uso das lâmpadas fluorescentes.

Fonte: O Eco

Artigo: Uma medida de sustentabilidade ambiental: Pegada hídrica


Autor:  Vicente de P. R. da Silva, Danilo de O. Aleixo, José Dantas Neto, Kettrin F. B. Maracajá & Lincoln E. de Araújo

Ano de publicação: 2012

Petiano responsável: Ana Karla Nobre Dias


Pegada hídrica foi introduzida como um indicador importante
de consumo de água para a sociedade
Resumo: No início de 1990 o conceito de pegada ecológica (PE) foi introduzido como medida da apropriação humana das áreas biologicamente produtivas por William Rees e Mathis Wackernagel (Rees, 1992; 1996; Wackernagel et al., 2004). Cerca de dez anos depois Hoekstra & Huang (2002) lançaram um conceito similar denominado pegada hídrica (PH) para medir a apropriação humana da água doce no globo. A pegada hídrica é definida como o volume total de água utilizado durante a produção de bens e serviços, bem como o consumo direto de água pelos seres humanos. A água não é consumida só diretamente mas também indiretamente, nos processos de produção. Portanto, o cálculo da pegada hídrica permite quantificar o total de água consumida ao longo da cadeia de fornecimento global. Esta revisão de literatura analisa o estado da arte da pegada hídrica desde a sua criação, no encontro internacional de especialista em comércio de água virtual realizado em dezembro de 2002 na Holanda, até os dias atuais. Os principais resultados encontrados na literatura consultada indicam consenso de que a pegada hídrica é capaz de monitorar o impacto humano sobre o meio ambiente. Além do mais, esta metodologia tem uma vasta gama de aplicações que pode ser empregada em escalas que vão desde um único produto, um processo, setor, individuo, cidades, até mesmo nações e todo o planeta.


Artigo completo: http://www.agriambi.com.br/revista/v17n01/v17n01a14.pdf

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Estiagem aumenta pressão de caça sobre fauna do Nordeste

O levantamento da UFPE indicou ainda impactos da seca sobre a fauna. Com os lagos e açudes vazios, animais estão chegando cada vez mais perto das fazendas em busca de água e alimento. A aproximação de humanos aumenta os riscos de captura e também de ataques de animais domésticos, a exemplo de cães de guarda.

Fonte: NE 10- Blog  Ciência e Meio Ambiente

Entre os bichos registrados estão aves, lagartos e mamíferos. “Observei galos-de-campina, papagaios e um periquitos conhecido na região como griguelim”, diz a bióloga Tatiane Gomes Calaça Menezes.
Ela lembra que a caça de animais silvestres é crime. “Mesmo assim, o teju costuma ser consumido no Sertão”. Outro animal, o timbu, também tem se aproximado das fazendas em busca de água, mas normalmente não integra a dieta do sertanejo.

Numa das fazendas que visitou, Tatiane ouviu de um proprietário rural um relatado inusitado sobre timbus. “Ele contou que, na noite anterior, um timbu se aproximou da casa para pilhar uma peça de carne de sol de bode que estava secando na varanda”, lembra.

Muitos fazendeiros estão comprando água. Os caminhões-pipa abastecem os currais, que têm recebido a visita de animais silvestres para matar a sede. “Se faltam frutas e folhas para o bode, faltam também para os animais silvestres”, atesta.

De acordo com a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco, a estiagem teve início em dezembro de 2011. Em 13 meses, atingiu 1,3 milhão de pessoas. Ao todo, 130 municípios estão em estado de emergência. As chuvas normalmente são registradas de dezembro a abril no Sertão.

Segundo Tatiane, os bichos se alimentam nas fazendas de frutas, como manga e goiaba, ou de milho. Na caatinga, costumam comer frutos, mas por conta da estiagem as plantas ainda não frutificaram. É que durante o período chuvoso as plantas do semiárido saem da chamada estivação, quando perdem as folhas. Tipo de hibernação às avessas, a estivação é uma estratégia de sobrevivência das espécies da caatinga para enfrentar a seca. Com as primeiras chuvas, as folhas ressurgem. O verde também e, em seguida, as flores.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Artigo: O krill conta: conservando a integridade do ecossistema antártico


Editora: Núcleo Amigos da Terra
Ano de publicação: 2007
Petiana responsável: Ana Karolina


Fig1. Krill.

Antártica é um dos lugares mais impressionantes da Terra. Cercado inteiramente por águas gélidas e biologicamente ricas do Oceano Austral, este continente gelado é o lar para um grupo notório de aves e mamíferos, que incluem pinguins, baleias, albatrozes e focas. Um grupo de pequenos crustáceos, coletivamente conhecidos como krill antártico, é crítico para a sobrevivência das demais espécies antárticas e também para o habitat como um todo.


Para ler a publicação completa clique aqui: http://www.natbrasil.org.br/Docs/antartica/o_krill_conta.pdf

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