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quinta-feira, 7 de julho de 2016

NOTÍCIA: Número de cefalópodes nos mares aumentou em 60 anos, diz estudo.

Caros leitores, vocês já pensaram que o aumento da temperatura do planeta poderia estimular o aumento nas populações de cefalopódes?
Pois é, essa descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto de Meio Ambiente da Universidade de Adelaide na Austrália e foi publicada recentemente na revista Current Biology.
Populações de polvos, sibas e lulas se multiplicaram nas últimas décadas. (Foto: Reuters) 

A elevação da temperatura do planeta traz consigo inúmeras consequências. Algumas delas como enchentes, secas, derretimento dos Polos e riscos de extinção de espécies são consideradas negativas. Porém, para alguns cefalópodes esse aquecimento está sendo muito favorável para o aumento da população de polvos, sibas e lulas.

Pesquisadores concluíram, através de análises das taxas de capturas de pesca destes animais marinhos, que 35 espécies de cefalópodes tiveram sua população aumentada de forma continua ao longo de 60 anos. Esses dados foram coletados entre os anos de 1953 e 2013.

O aumento dessas espécies apresenta um desequilíbrio na cadeia alimentar marinha, já que tratam-se de espécies vorazes e altamente adaptáveis provocando um declínio em espécies de peixes e invertebrados que são suas presas e que também possuem valor comercial.  Por outro lado, quem se beneficiaria do aumento populacional desses animais seriam seus predadores e a pesca
.

Os pesquisadores ainda consideram difícil mensurar a evolução do aumento dessas populações nos próximos anos. Por isso, desejam identificar os fatores responsáveis por essa expansão Cephalopoda.

É amigos ecoleitores, apesar de nós estarmos sofrendo bastante com o aumento da temperatura, acho que os polvos, sibas e lulas não estão ligando muito pra isso não.

Petiana Responsável: Larissa Ferreira

ARTIGO: Coleção Didática e de Referência sobre Lixo Marinho: Uma Experiência de Montagem e Implantação no IFSC - Florianópolis

O problema do lixo marinho vem sendo tratado como um dos principais problemas relacionados à poluição marinha, juntamente com hidrocarbonetos de petróleo, metais traço, eutrofização, água de lastro, entre outros. Esse termo é definido pelo Programa Ambiental das Nações Unidas como qualquer tipo de resíduo sólido produzido pelo homem, gerado em terra ou no mar, que, intencionalmente ou não, tenha sido introduzido no ambiente marinho.

As fontes de lixo marinho são compostas 80% de lixo terrestre. Dos quais, cerca de 75%  é constituído por plásticos, sendo o restante composto por outros materiais como vidros, borrachas, metais, tecidos, isopor, matéria orgânica. Os sistemas de drenagem de rios e esgotos e os próprios resíduos costeiros são responsáveis por esse carreamento. Os outros 5% são compostos por fontes baseadas no mar, representadas por navios e embarcações de pesca.

Tartaruguinea comendo plastico =(
Os plásticos representam uma grande preocupação devido a sua persistência e efeitos nocivos, que incluem problemas físicos (ingestão ou emaranhamento), lixiviação de substâncias químicas e o potencial dos mesmos em transferir produtos químicos para a vida selvagem e seres humanos.

Estima-se que em 2010, nos 192 países costeiros, foram produzidas 275 milhões de toneladas de lixo plásticos. O Brasil ocupou a 16° posição no ranking dentre as 20 nações que mais contribuíram com esse índice.

Por se tratar de uma problemática mundial e visando aprofundar o conhecimento sobre o assunto foi desenvolvido no Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC- no campus de Florianópolis, um projeto de extensão visando pôr a sociedade a par do mesmo.O projeto é constituído de montagem e implantação de coleção didática e de referência sobre o lixo marinho. Para isso foram utilizados recipientes de vidro transparentes, fichas pautadas, estantes de aço e fichário.

Os lixos coletados na praia de Campeche – SC e apresentaram a seguinte composição: Plástico, Itens Perigosos, Incrustação Biológica, Itens de Pesca, Outros Materiais de Tecnologias de Prevenção e Remediação. Após a coleta, os itens foram limpos e secos em laboratório, escolhendo-se um recipiente de vidro numerado e etiquetado, de tamanho apropriado para armazená-los.

A exposição contém 76 itens de lixo marinho e está disponível no acervo do Laboratório de Estudos Ambientais da Instituição. Na sua primeira exposição pública, obteve cerca de 300 visitantes. Alguns, responderam questionários e se mostraram bem satisfeitos com a iniciativa: “Uma coleção interessante, pois nos faz refletir sobre algo do nosso cotidiano, que muitas vezes passa despercebido e que podemos facilmente colaborar”. Ou ainda “Este tipo de exposição deve ser mais frequente”. Parte da coleção foi também apresentada em uma escola municipal.

Sugere-se que novas iniciativas de pesquisa e extensão sobre lixo marinho plástico de pequena dimensão sejam financiadas, de maneira que informações locais sejam geradas e compartilhadas com a sociedade, para que os cidadãos possam contribuir de maneira positiva nos esforços de redução dessa importante forma de poluição marinha.


Petiana Responsável: Larissa Ferreira

NOTÍCIA: Nova espécie de mini sapo é descoberta no Brasil

Uma nova espécie de sapo minúsculo foi descoberta na Serra do Quiriri, em Santa Catarina. Ela foi descrita por meio da publicação de um artigo na revista científica PeerJ. Com cerca de um centímetro de tamanho, o Brachycephalus quiririensisvive apenas nessa região montanhosa e precisa de um ambiente frio e úmido. “Por conta dessas condições a espécie é bastante sensível às mudanças do clima e pode já estar ameaçada de extinção”, explica Márcio Pie, pesquisador associado do Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e um dos pesquisadores responsáveis pela descoberta.

Brachycephalus quiririensis [Imagem: Luiz Fernando Ribeiro/Fundação Grupo Boticário]
Com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, a espécie foi descoberta durante um projeto apoiado por essa ONG. A pesquisa busca verificar a diversidade de espécies de anfíbios que vivem em montanhas, desde o sul de São Paulo até o norte catarinense. O estudo também prevê elencar todas as espécies já registradas nesse trecho e avaliar suas variabilidades genéticas.

Os anfíbios de forma geral (sapos, pererecas e rãs) são considerados bioindicadores, isto é, sentem com mais facilidade as alterações ambientais e, por isso, sua ausência indica que o ecossistema não está equilibrado.

 Petiana Responsável: Gilzete Reis
Revista Ecológica

ARTIGO: Potencial da erva daninha Waltheria americana(Sterculiaceae) no manejo integrado de pragas e polinizadores: visitas de abelhas e vespas

O referido artigo aborda a possibilidade do cultivo de uma planta invasora como meio alternativo de controle biológico. A Waltheria americana é uma espécie de planta herbácea, perene, considerada uma invasora comum em regiões de cerrado onde, além de invadir áreas cultivadas, ocorre em margens das estradas ,em diversos outro locais.

Nesta nova abordagem, as plantas invasoras tradicionalmente consideradas nocivas, por diminuírem a produtividade das lavouras, se manejadas adequadamente, podem aumentar a produtividade fornecendo alimento a insetos polinizadores, predadores e parasitos de pragas , como por exemplo as  várias espécies de abelhas e vespas que visitam flores desta planta à procura de pólen e/ou néctar .

Waltheria americana
O estudo também propõe manter tais espécies de plantas em áreas cultivadas como medida prática para aumentar o controle biológico natural e garantir a presença de polinizadores, podendo até mesmo diminuir a chance de extinções locais,

O objetivo deste estudo foi de avaliar o potencial de W. americana como fornecedora de alimento para abelhas e vespas e, consequentemente, o seu potencial para eventuais programas de manejo integrado de polinizadores e controle biológico de pragas.

Este estudo foi realizado de abril de 1993 a abril de 1994, em dois locais do Campus-Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. Um deles, na Estação Ecológica da UFMG, é uma área de vegetação secundária contendo manchas de mata densa e o outro denominado Prefeitura, também situado dentro do Campus da UFMG.

Como conclusão ,o estudo propõe condicionar o agroecossistema a um equilíbrio mais estável e para isto é necessário a manutenção da cobertura vegetal, com plantas de folhas largas que produzam flores e dêem condições de reprodução e desenvolvimento aos inimigos naturais das pragas. Como observamos W. americana crescendo espontaneamente nas áreas agrícolas e em ambientes degradados,  sugerindo que ela tenha potencialidade para ser utilizada para este fim.

Petiana Responsável: Gilzete Reis

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