O problema do lixo marinho vem sendo tratado como um dos principais problemas
relacionados à poluição marinha, juntamente com hidrocarbonetos de petróleo,
metais traço, eutrofização, água de lastro, entre outros. Esse termo é definido pelo
Programa Ambiental das Nações Unidas como qualquer tipo de resíduo sólido
produzido pelo homem, gerado em terra ou no mar, que, intencionalmente ou não,
tenha sido introduzido no ambiente marinho.
As
fontes de lixo marinho são compostas 80% de lixo terrestre. Dos quais, cerca de
75% é constituído por plásticos, sendo o
restante composto por outros materiais como vidros, borrachas, metais, tecidos, isopor, matéria orgânica.
Os sistemas de drenagem de rios e esgotos e os próprios resíduos costeiros são
responsáveis por esse carreamento. Os outros 5% são compostos por fontes
baseadas no mar, representadas por navios e embarcações de pesca.
Tartaruguinea comendo plastico =( |
Os plásticos representam uma grande preocupação devido a sua
persistência e efeitos nocivos, que incluem problemas físicos (ingestão ou
emaranhamento), lixiviação de substâncias químicas e o potencial dos mesmos em
transferir produtos químicos para a vida selvagem e seres humanos.
Estima-se
que em 2010, nos 192 países costeiros, foram produzidas 275 milhões de
toneladas de lixo plásticos. O Brasil ocupou a 16° posição no ranking dentre as
20 nações que mais contribuíram com esse índice.
Por se tratar de uma problemática mundial e visando
aprofundar o conhecimento sobre o assunto foi desenvolvido no Instituto Federal
de Santa Catarina – IFSC- no campus de Florianópolis, um projeto de extensão
visando pôr a sociedade a par do mesmo.O
projeto é constituído de montagem e implantação de coleção didática e de
referência sobre o lixo marinho. Para isso foram utilizados recipientes de
vidro transparentes, fichas pautadas, estantes de aço e fichário.
A
exposição contém 76 itens de lixo marinho e está disponível no acervo do
Laboratório de Estudos Ambientais da Instituição. Na sua primeira exposição
pública, obteve cerca de 300 visitantes. Alguns, responderam questionários e se
mostraram bem satisfeitos com a iniciativa: “Uma coleção interessante, pois nos
faz refletir sobre algo do nosso cotidiano, que muitas vezes passa despercebido
e que podemos facilmente colaborar”. Ou ainda “Este tipo de exposição deve ser
mais frequente”. Parte da coleção foi também apresentada em uma escola municipal.
Sugere-se
que novas iniciativas de pesquisa e extensão sobre lixo marinho plástico de
pequena dimensão sejam financiadas, de maneira que informações locais sejam
geradas e compartilhadas com a sociedade, para que os cidadãos possam
contribuir de maneira positiva nos esforços de redução dessa importante forma
de poluição marinha.
Petiana Responsável: Larissa Ferreira
0 comentários:
Postar um comentário