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quinta-feira, 7 de julho de 2016

ARTIGO: Coleção Didática e de Referência sobre Lixo Marinho: Uma Experiência de Montagem e Implantação no IFSC - Florianópolis

O problema do lixo marinho vem sendo tratado como um dos principais problemas relacionados à poluição marinha, juntamente com hidrocarbonetos de petróleo, metais traço, eutrofização, água de lastro, entre outros. Esse termo é definido pelo Programa Ambiental das Nações Unidas como qualquer tipo de resíduo sólido produzido pelo homem, gerado em terra ou no mar, que, intencionalmente ou não, tenha sido introduzido no ambiente marinho.

As fontes de lixo marinho são compostas 80% de lixo terrestre. Dos quais, cerca de 75%  é constituído por plásticos, sendo o restante composto por outros materiais como vidros, borrachas, metais, tecidos, isopor, matéria orgânica. Os sistemas de drenagem de rios e esgotos e os próprios resíduos costeiros são responsáveis por esse carreamento. Os outros 5% são compostos por fontes baseadas no mar, representadas por navios e embarcações de pesca.

Tartaruguinea comendo plastico =(
Os plásticos representam uma grande preocupação devido a sua persistência e efeitos nocivos, que incluem problemas físicos (ingestão ou emaranhamento), lixiviação de substâncias químicas e o potencial dos mesmos em transferir produtos químicos para a vida selvagem e seres humanos.

Estima-se que em 2010, nos 192 países costeiros, foram produzidas 275 milhões de toneladas de lixo plásticos. O Brasil ocupou a 16° posição no ranking dentre as 20 nações que mais contribuíram com esse índice.

Por se tratar de uma problemática mundial e visando aprofundar o conhecimento sobre o assunto foi desenvolvido no Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC- no campus de Florianópolis, um projeto de extensão visando pôr a sociedade a par do mesmo.O projeto é constituído de montagem e implantação de coleção didática e de referência sobre o lixo marinho. Para isso foram utilizados recipientes de vidro transparentes, fichas pautadas, estantes de aço e fichário.

Os lixos coletados na praia de Campeche – SC e apresentaram a seguinte composição: Plástico, Itens Perigosos, Incrustação Biológica, Itens de Pesca, Outros Materiais de Tecnologias de Prevenção e Remediação. Após a coleta, os itens foram limpos e secos em laboratório, escolhendo-se um recipiente de vidro numerado e etiquetado, de tamanho apropriado para armazená-los.

A exposição contém 76 itens de lixo marinho e está disponível no acervo do Laboratório de Estudos Ambientais da Instituição. Na sua primeira exposição pública, obteve cerca de 300 visitantes. Alguns, responderam questionários e se mostraram bem satisfeitos com a iniciativa: “Uma coleção interessante, pois nos faz refletir sobre algo do nosso cotidiano, que muitas vezes passa despercebido e que podemos facilmente colaborar”. Ou ainda “Este tipo de exposição deve ser mais frequente”. Parte da coleção foi também apresentada em uma escola municipal.

Sugere-se que novas iniciativas de pesquisa e extensão sobre lixo marinho plástico de pequena dimensão sejam financiadas, de maneira que informações locais sejam geradas e compartilhadas com a sociedade, para que os cidadãos possam contribuir de maneira positiva nos esforços de redução dessa importante forma de poluição marinha.


Petiana Responsável: Larissa Ferreira

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