Autores:Mateus Dantas de Paula; Cecília Patrícia Alves Costa; Marcelo Tabarelli
Periódico:Tropical Conservation Science
Ano de Publicação:2011
Petiano Responsável: Pedro Sena
Como resultados, os pesquisadores encontraram diferença de até três vezes mais retenção de carbono no interior da floresta que nas bordas. Já com relação ao estoque de carbono por grupos funcionais, percebeu-se que as árvores mais altas (emergentes) estocaram muito mais (159.3 toneladas de carbono por hectare) em comparação com as plantas de sub-bosque (11 TonC/ha). Porém, nos ambientes de borda essas árvores emergentes apresentaram uma queda no estoque (12.2 TonC/ha), o que prova os profundos impactos do efeito de borda, até mesmo no estoque de carbono desse importante grupo funcional presente nas florestas.
O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco teve como principal objetivo analisar a influência dos impactos humanos, focando na fragmentação florestal, em um dos principais serviços ecossistêmicos desempenhados por ecossistemas florestais, o estoque de carbono.
Os pesquisadores investigaram se haviam diferenças na distribuição de carbono (interior e borda da floresta), além de analisar o estoque por grupos funcionais (estrato emergente, dossel e sub-bosque).
Foram estudados três fragmentos pertencentes à Usina Serra Grande, dentre eles a floresta de Coimbra (3,500 ha) caracterizada por ser o fragmento de Floresta Atlântica de propriedade privada mais bem preservado do Nordeste.
O trabalho ainda trás importantes informações sobre as florestas nordestinas, com análise de imagens de satélite.
Os impactos das ações humanas nos ambientes naturais são conhecidos há muito tempo, porém a persistência de determinados fatores prejudiciais pode potencializar bastante as consequências. Como evidenciado no estudo, os efeitos da fragmentação das florestas do Nordeste atingem até mesmo os índices de estoque de carbono na biomassa aérea, gerando evidentes diferenças entre habitats e causando uma crescente preocupação com o destino dos serviços ecossistêmicos prestados por esses tipos de ecossistemas florestais.
Para leitura completa do artigo clique aqui: http://tropicalconservationscience.mongabay.com/content/v4/11-09-25_340-349_Dantas_et_al.pdf
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