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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Artigo: O impacto do Turismo em Ambientes Recifais: Caso Praia Seixas-Penha, Paraíba, Brasil

Autores: Rodrigo de Sousa Melo , Ruceline Paiva Melo Lins, Christinne Costa Eloy.
Periódico: Rede – Revista Eletrônica do Prodema
Ano de publicação: 2014

Petiano Responsável: Daniel Mota


Turistas em visitação às piscinas naturais da Praia da Penha
A problematização dos ambientes naturais "intocados" nos quais se exploram recursos turísticos englobam fatores sociais, culturais, econômicos, e não menos importantes os fatores ecológicos. A estrutura de como se dá esse tipo de exploração é situada na fuga  do modo de vida desgastante da sociedade urbana e a adoção das paisagens naturais não desgastadas como rota de fuga para repouso e renovação, entretanto a mesma dinâmica urbana é adotada nos ambientes visitados e estes passam a se desgastar e com o passar do desgaste outro fenômeno denominado “trade”. O trade é um fenômeno que consiste na perda dos atrativos e da estética do lugar que era visitado, logo então adota-se outro lugar ainda preservado e não explorado como ponto de descanso e contemplação. Acima foi descrito o modelo de um ciclo vicioso que notavelmente vem chegando à cada vez mais ambientes preservados e se perpetuando de maneira insustentável pela própria lógica do uso dos recursos. Ainda assim não se observam medidas que limitem a exploração de tais recursos de modo a tornar o desenvolvimento local uma coisa boa para social e ecologicamente, notando-se que o aspecto econômico/comercial está em primeiro plano.

No presente artigo foram estudados três pontos das praias do Penha e Seixas, uma área representada por 11,8 km de recifes com a profundidade variando entre 0,5 metros nas áreas mais rasas até 6 metros nas partes de maior profundidade. O objeto do estudo foi a distribuição de formações coralíneas (neste caso é usado de maneira genérica para referir-se aos organismos formadores dos ambientes recifais)  nos três pontos supracitados. 

É possível observar que os pontos com menos frequência turística há uma maior diversidade dos organismos, entretanto o artigo não acusa a ação antrópica direta como a causa principal da diferença da biodiversidade entre os pontos estudados. Para que haja uma conclusão mais enfática é necessário que se faça o estudo das correntes, análise das águas dos estuários dos rios que desembocam na área de estudo e determinações das relações intra e interespecíficas. Entretanto fica bem evidenciado que a cnidofauna é um critério consistente de avaliação de estresse ambiental, destacando-se como um fator de estudo para planejamento de utilização de ambientes recifais.

Sabendo-se de tal fenômeno de desgaste e exploração sem planejamento e premente que sejam adotadas medidas ainda que inicialmente sejam individuais para amenizar as más consequências e estabelecer uma nova relação com os ambientes recifais que são ao mesmo tempo tão acessíveis e vulneráveis as ações antrópicas.

Para visualização completa do artigo clique aqui.

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