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sexta-feira, 27 de março de 2015

Artigo: Consumo de animais: O despertar da consciência

 Petiano Responsável: Daniel Mota


O ato de comer carne hoje em dia é visto de maneira bastante normal, até por que desde os primórdios da humanidade a carne vem sendo consumida. Vemos apenas a carne em mercados e não analisamos todo o processo de produção e os fatores que são envolvidos nesse processo.

Entretanto levando em conta o contexto atual, o mercado da carne engloba problemáticas como os impactos ambientais para a sua produção e a relação do consumo de carne com a fome do mundo.

O consumo de animais e a fome no mundo.

·         Distribuição de grãos:
 Para se produzir 1 quilo de carne são necessários em média 22 quilos de grãos e cerca de 11 à 17 calorias de proteínas de grãos para se produzir uma única caloria de carne. Tendo esses dados sabe-se que ocorre um desperdício de 90% de proteínas, 99% de carboidratos e 100% de fibras.  Ou seja tirando o gado como intermediário na obtenção de nutrientes, haberia muito mais facilidade na obtenção da proteína.

·         Utilização da terra.
 De acordo com a FAO(Food and Agricultures Organization), as pastagens para o gado ocupam dois terços  da  superfície  agriculturável  do  planeta  isto representa um terço da superfície total do planeta. Atualmente se toda a população mundial se alimentasse de carne seriam necessários mais dois planetas para sustentar o território de pastagem e grãos.
·         Utilização de recursos e consumo de energia.

A maioria dos animais usados para o consumo são alimentados com ração cuja produção utiliza bastante energia. O produtor deve bombear a água, cultivar e fertilizar a terra, colher e transportar as colheitas. Após isso, vendem a colheita para indústrias que transformam este produto em carne, o que requer um consumo de energia ainda maior. A energia utilizada para produzir um quilo de carne de gado alimentado com ração é equivalente a 1,7 litros de gasolina.

·         Consumo d’água.
 No Brasil, enquanto 45% da água doce é gasta na pecuária, 45
milhões de pessoas não tem acesso à água potável. Fora isso
uma quantidade enorme de água é utilizada no tratamento da carcaça dos animais abatidos, enquanto que a quantidade de água utilizada para a criação dos vegetais é bem menor.

·         Aquecimento global.
Os resíduos excretados pelos animais durante o processo de crescimento são inconcebíveis do ponto de vista ambiental. Entre estes resíduos destacam-se os gases CO2 e NO2,  a amônia lançada aos rios e o próprio esterco do gado. De acordo com a FAO nem todos os veículos do mundo são capazes de sobrepujar a emissão de gases pela setor pecuarista.
Ilustração de Pawel Kuczynski bastante elucidativa sobre a produção de carne e seus impactos no meio ambiente.

·         Desertificação do solo.
A desertificação  é o processo pelo qual uma determinada área vegetada torna-se infértil, geralmente devido ao mau uso do solo.  No Brasil este acontecimento tem sido muito observado na Amazônia, onde pecuaristas derrubam as áreas verdes para implantar o pasto, e neste processo o solo perde suas qualidades, o nível de erosão torna-se insustentável para o ambiente.


·         Biodiversidade.
A implantação da pecuária é um fator que está intimamente ligado a perda de biodiversidade principalmente na américa do sul. Estima-se que, anualmente, cerca de 200 mil quilômetros quadrados de Florestas tropicais são destruídas de forma permanente para se fazer o pasto. Dados de 2003 do The Center for International Forestry Research (CIFOR) apontam que 80% da região de pecuária no Brasil, está situada na floresta amazônica.

·         Poluição hídrica.
Atualmente, mais de 40% da população mundial vive em situação de escassez de água e em 2025 este percentual aumentará para 50%. As causas da escassez de água são principalmente o uso aumentado e a poluição. Além de a pecuária ostensiva consumir muita água também polui muito ao jogar os dejetos dos animais em rios ou na terra, e sem tratamento algum, o que fatalmente acaba por poluir reservas subterrâneas de água.

·         Proteção aos animais.
Sob a percepção de lei, o Brasil é um dos países com leis mais avançadas no sentido de garantir bom tratamento aos animais silvestres ou não, colocando-os inclusive sob tutela do próprio estado. Ainda assim sabe-se que não há fiscalização e que atos que são considerados corriqueiros causam estresse e dor aos animais, processos como a descorna, a marcação com ferro, choques, más condições de transporte par o abate estão entre esses.

·         Principio do poluidor-pagador.

Segundo dados fornecidos pela FAO a pecuária tem parte em em perda de fertilidade do solo, diminuição da biodiversidade, impactos em reservatórios de água além de contribuir fortemente com  mudanças no clima global. Caso os custos reais do preço da carne fossem imputados esta, sem dúvida se tornaria economicamente inviável. Deste modo expõe-se muto claramente que princípios básicos são ignorados para que haja a comercialização da carne em preço acessível. Ignora-se também a necessidade de sstudos de impacto ambiental.


Pense bem na hora que for comer, ou mesmo ESTRAGAR, alguma porção de carne e saiba das implicações deste consumo. 

Fonte: http://www.abolicionismoanimal.org.br/artigos/consumodeanimaisodespertardaconscincia.pdf

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