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sábado, 9 de abril de 2016

ARTIGO: Inequidades globais entre poluidores e o poluído: impactos da mudança climática nos recifes de coral

O artigo de hoje vem envolvendo dois assuntos peculiares recifes de coral e mudanças climáticas. No conforto de nossas casas e vivendo em selvas de pedra, como são as grandes cidades, o que está acontecendo debaixo do mar talvez passe despercebido nos olhos de pessoas comuns. Foi por isso que um grupo de pesquisadores estudou os impactos dos países através das suas emissões de Gases do Efeito Estufa e o estresse causado nos seus recifes de coral.


Grande barreira de corais Australiana.
Os recifes de coral abrigam imensa biodiversidade e são um dos maiores ecossistemas vivos do mundo e vem sofrendo bastante com o aquecimento global. Principalmente por que os corais construtores de recifes não resistem muito a variações na temperatura. Esses ecossistemas são extremamente importantes, pois com sua beleza e grande biodiversidade é capaz de gerar renda para diversos países, desde os recursos pesqueiros até o ecoturismo, sendo assim, a perda destes ecossistemas iriam afetar e muito a economia local dos países. Neste artigo os pesquisadores relacionaram a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE) por países que possuem recifes de coral e mediram o estresse causado por essas emissões nestes ecossistemas. Os pesquisadores avaliaram a situação dos recifes de coral através de dados preexistentes desde 1875 e projetaram perspectivas até 2050. Com isso puderam analisar a evolução dos impactos e identificar que nos últimos anos mudanças drásticas vem acontecendo nestes ecossistemas, e os resultados para o futuro caso não haja medidas mitigadoras não são nada agradáveis. Com estes dados eles desenvolveram uma estrutura para que os fundos internacionais que auxiliam na mitigação destes impactos fossem distribuídos de forma que os países que emitem menos gases e sofrem maiores impactos recebam mais, e aos países que emitem mais e sofrem menos impactos recebam menos desses fundos. Esta estrutura foi criada através de novos cálculos propostos pelos autores com adição de novas variáveis para medir os impactos de cada pais sobre seus recifes.  Além disso, eles também preveem que os países mais pobres sofrerão mais com as mudanças climáticas ao longo dos anos e muitos destes países dependem destes ecossistemas para se manter. E a proposta continua além, eles esperam que esse modelo criado por eles possa ser aplicado em diversas outras formas de ecossistemas para ajudar na distribuição dos gastos para a mitigação dos problemas.

É ai que nós vemos que muitas pessoas vem brigando por condições melhores no mundo, e o aquecimento global nunca esteve tão preocupante. Tadinho do Nemo deve estar sentindo o maior calor lá na grande barreira de corais.

Petiano Responsável: Gustavo Aires

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