O artigo de hoje vem envolvendo dois
assuntos peculiares recifes de coral e mudanças climáticas. No conforto de
nossas casas e vivendo em selvas de pedra, como são as grandes cidades, o que
está acontecendo debaixo do mar talvez passe despercebido nos olhos de pessoas
comuns. Foi por isso que um grupo de pesquisadores estudou os impactos dos
países através das suas emissões de Gases do Efeito Estufa e o estresse causado
nos seus recifes de coral.
Grande barreira de corais Australiana. |
Os recifes de coral abrigam imensa
biodiversidade e são um dos maiores ecossistemas vivos do mundo e vem sofrendo
bastante com o aquecimento global. Principalmente por que os corais
construtores de recifes não resistem muito a variações na temperatura. Esses
ecossistemas são extremamente importantes, pois com sua beleza e grande
biodiversidade é capaz de gerar renda para diversos países, desde os recursos
pesqueiros até o ecoturismo, sendo assim, a perda destes ecossistemas iriam
afetar e muito a economia local dos países. Neste artigo os pesquisadores relacionaram
a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE) por países que possuem recifes de
coral e mediram o estresse causado por essas emissões nestes ecossistemas. Os
pesquisadores avaliaram a situação dos recifes de coral através de dados
preexistentes desde 1875 e projetaram perspectivas até 2050. Com isso puderam
analisar a evolução dos impactos e identificar que nos últimos anos mudanças
drásticas vem acontecendo nestes ecossistemas, e os resultados para o futuro
caso não haja medidas mitigadoras não são nada agradáveis. Com estes dados eles
desenvolveram uma estrutura para que os fundos internacionais que auxiliam na
mitigação destes impactos fossem distribuídos de forma que os países que emitem
menos gases e sofrem maiores impactos recebam mais, e aos países que emitem
mais e sofrem menos impactos recebam menos desses fundos. Esta estrutura foi
criada através de novos cálculos propostos pelos autores com adição de novas
variáveis para medir os impactos de cada pais sobre seus recifes. Além disso, eles também preveem que os países
mais pobres sofrerão mais com as mudanças climáticas ao longo dos anos e muitos
destes países dependem destes ecossistemas para se manter. E a proposta
continua além, eles esperam que esse modelo criado por eles possa ser aplicado
em diversas outras formas de ecossistemas para ajudar na distribuição dos
gastos para a mitigação dos problemas.
É ai que nós vemos que muitas pessoas vem
brigando por condições melhores no mundo, e o aquecimento global nunca esteve
tão preocupante. Tadinho do Nemo deve estar sentindo o maior calor lá na grande
barreira de corais.
Petiano Responsável: Gustavo Aires
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