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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Artigo: Fitoplâncton como bioindicador de eventos extremos na bacia do rio Una, Pernambuco, Brasil

Autores: Ariane Silva Cardoso, Silvio Mario Pereira da Silva Filho, Anthony Epifanio Alves, Cacilda Michele Cardoso Rocha, Maristela Casé Costa Cunha.
Periódico: Revista Brasileira de Geografia Física
Ano de Publicação: 2013

Petiano Responsável: Cecília Craveiro


Rio Una no Município de Palmares, PE.
Foto: Josué Francisco, 2011.
A bacia do Una suportou desastres ambientais causados por enchentes nas últimas décadas, o que fez com que houvesse a destruição de várias cidades. Devido a isso, o governo do estado de Pernambuco desenvolveu um sistema de controle a enchentes, realizando a construção de quatro barragens de contenção, sendo elas: Serro Azul, Igarapeba, Panelas II e Lagoa dos Gatos. Realizou também o represamento e regularização de abastecimento de água nas cidades entorno da bacia. Por outro lado, o represamento provoca alterações na qualidade da água, na composição química do sedimento, na circulação, nas comunidades biológicas, e na dinâmica do rio e suas comunidades bióticas. Os fitoplanctons são excelentes bioindicadores das condições ambientais e da saúde do meio aquático, sobretudo, em relação à qualidade da água. A partir disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o fitoplâncton como bioindicador da qualidade da água para a bacia do rio Una, após a ocorrência de um evento climático extremo, servindo como subsídio para monitoramentos futuros. Foram fixadas e georeferenciadas vinte e cinco estações de amostragem para o fitoplâncton, localizados na Bacia do Rio Una, no estado de Pernambuco – Brasil, sendo elas: Barra de Guabiraba, Serro Azul, Panelas II, Gatos e Igarapeba. Para o levantamento das comunidades fitoplanctônicas, foram obtidas amostras no momento anterior a construção das barragens, que foram triadas conforme metodologia padrão. Características morfológicas foram utilizadas para comparação com bibliografia especializada, que possibilitou a identificação dos táxons planctônicos. Nas bacias monitoradas, foram identificados 45 táxons infragenéricos de organismos fitoplanctônicos pertencentes ao grupo das Ochorophyta (40%), Chlorophyta (20%), Charophyta (20%), Cyanophyta (13%) e Euglenophyta (7%). A divisão Ochrophyta (diatomáceas) com 18 gêneros, totalizando 40% dos táxons identificados, sendo a mais representativa com relação à riqueza e frequência de ocorrência. O grupo Euglenophyta, foi o menos expressivo, ocorrendo três táxons e representando a menor riqueza. Quanto à distribuição dos táxons por empreendimento, nas barragens de Serro Azul e Igarapeba foram registradas o maior número de táxons, 23 e 19, respectivamente. Os resultados obtidos no estudo mostram a importância do fitoplâncton como bioindicador das condições ambientais, após a ocorrência das fortes chuvas ocorridas na bacia do rio Una durante 2011. Reforça também, a importância do monitoramento ambiental nas represas dos rios, sendo este monitoramento fundamental, pois a presença de alguns organismos nocivos, podem inviabilizar a utilização da água represada.

Para visualização completa do artigo clique aqui.


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