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quarta-feira, 9 de julho de 2014

Artigo: Monitoramento das helmintoses gastrintestinais em rebanho leiteiro criado em sistema de produção orgânica na Fazendinha Agroecológica

Autores: Jenevaldo Barbosa da Silva, Charles Passos Rangel, João Paulo Guimarães Soares , Adivaldo Henrique da Fonseca.
Periódico: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA 
Ano de Publicação: 2009

Petiano Responsável: Júlio Cesar Pereira


       Rebanho bovino formado por animais mestiços sob manejo orgânico. Limitação da
     Taxa de Lotação. Projeto Fazendinha, destinado à produção orgânica de alimentos
 (Embrapa – CNPAB/UFRRJ/PESAGRO-RJ)
O notável desempenho leiteiro do Brasil, em níveis internacionais, evidencia o potencial do país na produção de leite. Todavia, tal quantitativo é considerado insipiente tendo em vista a capacidade produtiva. A debilidade em pesquisas com foco na alimentação, padrão racial e medidas sanitárias do rebanho, associadas às infecções por nematoides gastrintestinais, são considerados fatores influentes à baixa produção do rebanho nacional. O parasitismo por helmintos – que possuem grande potencial biótico e distribuição cosmopolita – tem grande relação às ações negativas econômicas, visto que incidem na eficiência reprodutiva, peso e, consequentemente, redução da produção zootécnica; há casos, ainda que extremos, de óbito. O pastejo continuado torna os animais mais vulneráveis aos casos de infecção e reinfecção, além de que tais animais podem servir como fontes de reinfestação da pastagem. As variações sazonais, tais como as condições climáticas, raça e susceptibilidade individual do hospedeiro, além da interação Hospedeiro-Parasito – sob influência da concentração de animais por área, faixa etária do rebanho e índice nutricional –, agem como influentes na dinâmica de populações de helmintos. Problemas associados à sanidade de rebanhos orgânicos em bovinos leiteiros são relevantes, apesar de haver poucos estudos pertinentes. O estudo objetivou a utilização de técnicas parasitológicas para monitorar o grau de parasitismo como subsídio para a criação de programas de controle das infecções por nematoides gastrintestinais em vacas leiteiras criadas em sistema orgânico na Fazendinha Agroecológica, convênio Embrapa/ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRuralRJ)/Pesagro-Rio. Utilizaram os animais do rebanho do Projeto (23 vacas mestiças; com idade variável de 2,5 anos a 10 anos; lactantes e secas (não gestantes)). Consideraram a localização geográfica do local, buscando correlações meteorológicas aos graus de parasitismo. A área, subdividida em lotes e com pastagem consorciada, sofreu pastejo rotativo. Nas estações secas, houve suplementação alimentar com gramíneas e leguminosas cortadas no cocho. Realizou-se a coleta direta de fezes quinzenalmente. Utilizaram, como métodos parasitológicos de análise, a metodologia de OPG (Gordon e Whithlock, 1939) e coprocultura, para investigação da carga parasitária e ação patogênica de cada gênero identificado. A ANOVA fora utilizada para análises quantitativas dos parâmetros analisados. Nos resultados, obtiveram presença de parasitos dos gêneros Trichostrongyloidea, Strongyloidea, Trichuroidea e Rhabditoidea; a carga parasitária foi majoritariamente leve, com aumento no período seco, contudo, sem significância estatística. A temperatura da região também pôde influenciar na variação dos resultados das análises, bem como a umidade relativa. Porém, estatisticamente, os resultados não foram significativos. O controle parasitário em sistema rotacionado de pastos deve evitar que os animais sejam expostos a elevadas cargas por helmintos quando as condições ecológicas são favoráveis. Por outro lado, é necessário que haja sempre um grau de infecção mínimo, para garantir a resistência natural. Em suma, o concluiu-se com o presente estudo que o sistema de manejo orgânico empregado na Fazendinha Agroecológica foi capaz de manter os animais em nível de infecção segura onde a carga parasitária não foi capaz de causar doença clínica nos animais. Isto auxilia na diminuição ou erradicação do uso desnecessário de medicamentos anti-helmínticos, consequentemente, há diminuição da resistência helmíntica aos fármacos utilizados e melhoria na qualidade de vida do rebanho, através de um controle natural com influência do manejo. 

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