Autores: Gerhard Bohne
Periódico: SustainAGRO
Ano de Publicação:2012
Petiano Responsável: Aisy
Porfírio
O desenvolvimento econômico do Brasil sempre esteve atrelado
à agricultura. Desde o século XVI, com o início do cultivo da cana-de-açúcar e
posteriormente o auge do café, o país demonstrou seu protagonismo agrícola. Clima
favorável, que possibilita duas ou mais safras por ano; solo fértil;
disponibilidade de recursos hídricos; demanda mundial por alimentos em contínuo
crescimento; alto potencial para consumo interno, com o aumento de renda da
população, além de avanços consideráveis em pesquisa e desenvolvimento ao longo
das últimas décadas. Fatores que não só impulsionam o Brasil a novos patamares,
como impõem desafios cada vez maiores à cadeia produtiva, grande força
propulsora deste cenário. O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento divulgou projeções do agronegócio brasileiro para 2020. Segundo o
estudo, a produção de grãos (soja, milho, trigo, arroz e feijão) deverá passar
de 142,9 milhões de toneladas em 2010/2011 para 175,8 milhões em 2020/2021. Um acréscimo
de 33 milhões de toneladas à produção nacional, e, em valores relativos, 23%.
Panorama extremamente favorável, mas que requer sustentabilidade a
uma das agriculturas mais competitivas do mundo.
No rumo da liderança na produção global de alimentos e de uma
participação cada vez mais expressiva na estabilidade econômica, com
significativa contribuição ao PIB e à balança comercial, a agricultura
brasileira ainda necessita avançar em pontos fundamentais para garantir sua
sustentação. Uma base que, para ser sólida, não só passa por questões de
infraestrutura e incentivos, mas se fundamenta na quebra de paradigmas, quando
todos os elos da cadeia de valor se comprometem efetivamente com as boas
práticas agrícolas. Em resumo, incentivar o desenvolvimento da agricultura, com
maior e melhorprodutividade das terras agricultáveis somada à
responsabilidade ambiental e à compreensão das necessidades sociais.
De acordo com essa filosofia de trabalho, o produtor aperfeiçoa
o processo produtivo, aumentando a qualidade e a rentabilidade, assim como
ampliando as oportunidades de acesso aos mercados domésticos e internacionais.
O processador mantém qualidade requerida por meio da rastreabilidade de origem
e do armazenamento do produto. Por sua vez, os importadores e exportadores
garantem o padrão exigido em cada país; o varejista apresenta maior oferta de
alimentos com valor agregado; e o consumidor recebe um leque de produtos
seguros, de alta qualidade e a preços acessíveis durante o ano todo. Com isso,
voltamos ao ponto inicial – a história da agricultura brasileira está
intimamente associada ao ciclo de desenvolvimento do próprio país. Para assumir
e sustentar o seu verdadeiro papel, o Brasil necessita de uma parceria forte e
duradoura entre os elos que compõem a cadeia produtiva. Segundo dados do IBGE,
apenas entre 2010 e 2011, a população brasileira ganhou mais de 1,6 milhão de
pessoas. O que nos exige foco na tomada de decisões.
Para leitura completa do artigo clique aqui: http://sustainagro.org/blog/artigos/construindo-bases-para-a-sustentabilidade-da-agricultura-brasileira-2/
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