Fig. 1. Cemitério de Vila Nova, São Paulo |
Pouco se fala sobre o assunto, mas os cemitérios são fontes de poluição, principalmente do lençol freático. Uma pesquisa feita pelo geólogo Lezíro Marques Silva, da Universidade São Judas, afirma que, em mil cemitérios analisados no país, 75% apresentaram problemas sanitários e ambientais, tais como solo inadequado, vazamento de necrochorume no lençol freático ou cemitério construído perto de residências. A pesquisa foi concluída no ano passado.
O necrochorume é constituído de 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas que poluem o lençol freático e são vetores de doenças. “Ele é rico em substâncias tóxicas como putrecina, cadaverina e alguns metais pesados”, explica o geólogo à reportagem da Agência Brasil. De cor amarelada e viscoso, o necrochorume, como o próprio nome sugere, é parecido com o chorume gerado dos resíduos dos aterros sanitários.
A diferença entre o aterro sanitário e o cemitério é que este último se mantém funcionando indefinidamente, o que o torna uma fonte de contaminação contínua. “Pela legislação brasileira, depois de cinco a sete anos, quando ficam só ossos, eles são removidos e colocado outro corpo no local”, afirma Walter Malagutti, do Departamento de Geologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que também estuda o assunto.
“Se o necrochorume escapa do túmulo, ele pode entrar em contato com o lençol freático, criando uma mancha de poluição que atinge quilômetros de distância a ponto de contaminar poços e rios”, explica Lezíro Marques Silva.
A principal critica do pesquisador é a má escolha dos locais para instalação de cemitérios: “O que sobra são terrenos do ponto de vista geológico inadequados, como lençol freático raso, área de várzea e morro”, diz Silva.
Segundo o geólogo, para resolver o problema é necessária uma legislação mais específica que oriente a construção de lajes de contenção e obrigue o uso de substâncias que reduzam o nível de contaminação. Uma delas foi desenvolvida pelo próprio Lezíro, durante sua pesquisa. Trata-se de uma espécie de colchão que contém um líquido que neutraliza as substâncias tóxicas e que deve ser colocado dentro da sepultura. “Tem solução, mas pouco é feito”, diz Silva.
A legislação atual que trata do licenciamento ambiental dos cemitérios é a Resolução 335 do CONAMA, de 03 de abril de 2003.
Os pesquisadores afirmam que a cremação é a solução mais adequada, embora ainda rara no país. Por outro lado, há estudos chamando a atenção para a pegada ecológica da cremação devido a emissão (significativa) de poluentes, como o cádmio, chumbo e mercúrio, além de gases do efeito estufa. Há um cálculo que estima a energia gasta para cremar um corpo humano como equivalente a que um carro típico gasta para percorrer 7,7 mil quilômetros.
O necrochorume é constituído de 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas que poluem o lençol freático e são vetores de doenças. “Ele é rico em substâncias tóxicas como putrecina, cadaverina e alguns metais pesados”, explica o geólogo à reportagem da Agência Brasil. De cor amarelada e viscoso, o necrochorume, como o próprio nome sugere, é parecido com o chorume gerado dos resíduos dos aterros sanitários.
A diferença entre o aterro sanitário e o cemitério é que este último se mantém funcionando indefinidamente, o que o torna uma fonte de contaminação contínua. “Pela legislação brasileira, depois de cinco a sete anos, quando ficam só ossos, eles são removidos e colocado outro corpo no local”, afirma Walter Malagutti, do Departamento de Geologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que também estuda o assunto.
“Se o necrochorume escapa do túmulo, ele pode entrar em contato com o lençol freático, criando uma mancha de poluição que atinge quilômetros de distância a ponto de contaminar poços e rios”, explica Lezíro Marques Silva.
A principal critica do pesquisador é a má escolha dos locais para instalação de cemitérios: “O que sobra são terrenos do ponto de vista geológico inadequados, como lençol freático raso, área de várzea e morro”, diz Silva.
Segundo o geólogo, para resolver o problema é necessária uma legislação mais específica que oriente a construção de lajes de contenção e obrigue o uso de substâncias que reduzam o nível de contaminação. Uma delas foi desenvolvida pelo próprio Lezíro, durante sua pesquisa. Trata-se de uma espécie de colchão que contém um líquido que neutraliza as substâncias tóxicas e que deve ser colocado dentro da sepultura. “Tem solução, mas pouco é feito”, diz Silva.
A legislação atual que trata do licenciamento ambiental dos cemitérios é a Resolução 335 do CONAMA, de 03 de abril de 2003.
Os pesquisadores afirmam que a cremação é a solução mais adequada, embora ainda rara no país. Por outro lado, há estudos chamando a atenção para a pegada ecológica da cremação devido a emissão (significativa) de poluentes, como o cádmio, chumbo e mercúrio, além de gases do efeito estufa. Há um cálculo que estima a energia gasta para cremar um corpo humano como equivalente a que um carro típico gasta para percorrer 7,7 mil quilômetros.
Fonte: Blog Eco.
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