As estratégias brasileiras para manter o ritmo de redução de emissões
têm sido estudadas por representantes do Ministério da Fazenda e do MMA.
A definição de políticas de mudanças do clima também está na pauta de
discussões do Congresso Nacional.
Ainda que o Brasil defina compromissos internamente, a questão precisa
ter uma regulamentação internacional, assim como a definição do REDD -
sigla que define a Redução das Emissões Geradas com Desmatamento e
Degradação Florestal nos Países em Desenvolvimento. O mecanismo, que tem
sido o centro das polêmicas nas discussões sobre clima, funcionaria
como uma compensação financeira para os países em desenvolvimento ou
para comunidades desses países, pela preservação de suas florestas.
Segundo Izabella Teixeira, o Fundo da Amazônia é o único mecanismo de
REDD, em prática, que o governo reconhece. O fundo foi criado em 2008
para captar doações para investimentos em prevenção, monitoramento e
combate ao desmatamento e para a conservaçao e o uso sustentável das
florestas amazônicas.
"O que adianta eu implantar mecanismos que, muitas vezes, depois, não
são reconhecidos internacionalmente. Lembro que a conta tem que ser paga
pelos países desenvolvidos que não estão reduzindo suas emissões na
magnitude que deveriam", disse, destacando poucas ações positivas como
metas definidas por países da União Europeia e de alguns estados
norte-americanos.
A ministra acrescentou que o governo brasileiro retomou a negociação de
um acordo com os Estados Unidos para estabelecer a segunda fase de
cooperação destinada ao monitoramento e combate a incêndios e queimadas,
nos moldes da parceria firmada na década de 1990. "Isso envolve o
desenvolvimento de tecnologias para o monitoramento de queimadas,
treinamento de pessoas no combate a incêndios florestais e a
qualificação dos gestores de áreas protegidas no manejo do fogo no
Brasil", explicou.
O acordo também está sendo debatido com especialistas da Universidade de
Brasília (UnB) e dos serviços florestais americano e brasileiro.
Fonte: Terra
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