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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Artigo: Manejo Comunitário de Lagos de Várzeas e o Desenvolvimento sustentável da Pesca na Amazônia

Autores: David McGrath, Fábio de Castro, Evandro Câmara, Célia Futemma.
Periódico: Novos Cadernos NAEA, Vol. 1, No 2 (1998)
Ano de Publicação: 1998

Petiano Responsável: Ana Karolina

O artigo sugere uma abordagem diferenciada de administração dos recursos pesqueiros na várzea amazônica, é uma opção mais sustentável e cooperativa, que envolve comunidade próxima e o estado. 
Para que se compreenda a situação, é feita uma introdução bastante esclarecedora sobre a importância desse recurso pesqueiro, em seguida expõem as opções de manejo. 
O que chama atenção no artigo é a opção do manejo comunitário que, apesar de antigo, não é muito destacado em trabalhos de recursos pesqueiros. Ele se apresenta como uma saída para sobrepesca, o que é uma preocupação mundial.
A leitura é recomendável para os interessados em avaliação de recursos pesqueiros, administração desses recursos e pesca sustentável. Além de reunir extensão, administração, sustentabilidade, economia e uma forma de apresentação simples e bem elaborada. Ainda que antigo, o artigo consegue ser aplicável nos dias atuais.

Pesca na Amazônia
Resumo: A várzea amazônica é uma das últimas regiões pesqueiras do mundo ainda pouco explorada. Contudo, durante os últimos trinta anos a intensificação da pesca tem aumentado a pressão sobre os estoques pesqueiros da várzea. Embora a pesca amazônica tenha sofrido grandes mudanças, o desenvolvimento da pesca na região está ainda na sua fase inicial. À medida que a pesca se desenvolve, duas estratégias de manejo estão surgindo, uma baseada no modelo convencional de manejo pesqueiro centralizado no Estado, e a outra, no manejo comunitário dos recursos pesqueiros da várzea. Nesse contexto, o desenvolvimento da pesca amazônica representa um problema e uma oportunidade. Peixes são recursos altamente produtivos e renováveis. Se os recursos pesqueiros são manejados de forma sustentável, integrando as populações locais que atualmente exploram os recursos, eles podem contribuir significativamente para o desenvolvimento da várzea. Se o recurso pesqueiro é explorado de forma não sustentável, e sem a participação das populações da várzea, a intensificação da pesca pode levar à degradação dos ecossistemas da várzea e à marginalização da população ribeirinha. A proposta deste trabalho é avaliar esses dois modelos de manejo em termos de seus impactos sobre as populações, recursos pesqueiros e ecossistemas de várzea, e avaliar até que ponto o modelo de manejo comunitário poderia servir como base para uma estratégia regional de desenvolvimento dos recursos pesqueiros da várzea. Este trabalho é dividido em três partes. Na primeira, são apresentadas as características mais importantes dos dois modelos. Na segunda parte, é avaliado o potencial de cada modelo para o desenvolvimento da pesca amazônica. Na última seção, são discutidas as principais barreiras para a implementação do modelo de manejo comunitário.

Para visualização completa do artigo clique aqui.

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