Autores: Luisa Ferreira Ribeiro, Manuel C. M. B. N. de Souza, Francisco Barros, Vanessa Hatje.
Periódico: Journal of Integrated Coastal Zone Management (2014).
Ano de publicação: 2014
Petiano Responsável: Cecília Craveiro
Figura 1. Fazenda de cultivo de camarão na Região da Costa Negra. |
Dentre os diversos ramos da aquicultura, destaca-se a carcinicultura, esta atividade pode ser definida como o cultivo de camarões marinhos, estuarinos ou de água doce. Nas últimas décadas, o cultivo de organismos aquáticos tem se intensificado e a expansão dessa atividade ocorreu devido ao declínio mundial dos estoques pesqueiros naturais, provocados pela sobrepesca. O crescimento desordenado dessa atividade, gerou diversos problemas ambientais, econômicos, sobretudo sociais. Dentre as maiores problemáticas estão a destruição de manguezais, redução da fertilidade do solo, efluentes despejados no ambiente, entre outros. Algumas soluções tem sido colocadas em práticas, com o objetivo de minimizar os impactos gerados por essas atividades. O presente estudo tem como objetivo fazer uma revisão bibliográfica sobre a atividade de carcinicultura no Brasil e os aspectos legais que controlam tal atividade, bem como relatar os principais impactos gerados, principalmente na esfera ambiental, e as ações mitigadoras atualmente praticadas. Apesar da urgência em minimizar os danos ambientais causados pela carcinicultura, medidas específicas para o desenvolvimento sustentável da atividade têm sido pouco divulgadas e aplicadas, mas há indícios de que os países dependentes economicamente do cultivo visem encontrar o caminho para uma carcinicultura sustentável. Atualmente, existem tecnologias que podem ser aplicadas em todas as etapas de produção, minimizando os impactos negativos, e além disso, essas tecnologias promovem uma aumento da produtividade. Em contrapartida, a falta de fiscalização e a busca por lucro imediato, faz com que tecnologias apropriadas não sejam utilizadas. Para que essa atividade continue sendo economicamente viável e torne-se sustentável, torna-se necessário, o investimento em pesquisa, tecnologia e inovação. Faz-se necessário também, uma interação dos órgãos reguladores e fiscalizadores com os produtores, principalmente os pequenos empreendedores, que, muitas vezes, desconhecem os métodos e os procedimentos adequados de cultivo, que oferecem medidas mitigadoras e da aplicação das leis e diretrizes existentes.
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