Autores: Fabiana Rocha-Mendes, Rodrigo Picheth Di Napoli e Sandra Bos Mikich.
Periódico: Revistas Científicas da UNIPAR
Ano de publicação: 2006
Petiano Responsável: Paulo Ayres
Caros Ecoleitores,
O artigo que trago hoje para vocês é uma revisão sobre reabilitação e soltura de mamíferos selvagens. O artigo traz informações sobre o manejo correto para reabilitação e soltura desses animais. Porém trago esta temática pensando em mostrar a importância de reabilitar os animais silvestres. Muitos desses animais são retirados todos os dias do seu ambiente pelo tráfico, ou até mesmo são forçados a invadir centros urbanos devido a fragmentação de seu habitat, pondo em risco a conservação de sua espécie.
A maior ameaça à sobrevivência dos animais é a destruição dos habitats naturais e sua substituição por áreas alteradas pela presença do homem, como plantações, criações de animais domésticos e áreas urbanas. Esse fator de ameaça atinge magnitude ainda maior quando é observado que a velocidade de destruição do ambiente é maior do que o avanço dos estudos sobre biologia e ecologia in situ ou sobre a reprodução em cativeiro das espécies. Ou seja, corre-se o risco de reduzir tanto os ambientes naturais das espécies que não haverá área disponível para reintrodução das mesmas. Portanto, é de caráter urgente realizar esforços para a manutenção dos ambientes naturais paralelamente aos estudos das espécies em vida livre e em cativeiro.
O Governo Federal, através do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) é responsável, juntamente com os institutos ambientais regionais e as polícias florestais, pela fiscalização e combate ao tráfico de animais selvagens. Assim, em casos de flagrantes que resultem na apreensão da fauna, os espécimes vivos apreendidos deverão ser devolvidos aos seus habitats naturais ou entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades semelhantes.
Centros especializados no recebimento desses animais, os chamados centros de triagem, já existem nos estados da Amazônia, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Pernambuco (este último não consta no artigo).
Para a elaboração desta revisão, no ano de 2003, foram compilados os procedimentos e informações de alguns zoológicos e centros de reabilitação, consulta de literatura e contato com especialistas, por meio de correspondência e/ou visitas.
O presente estudo apresenta protocolos para o manejo e soltura de espécies de mamíferos, grupo que representa 17,5% de todas as espécies terrestres ameaçadas no país e que necessita de medidas eficientes para sua conservação in situ e ex situ. Estes protocolos você pode visualizar no artigo completo.
Trabalhos com reabilitação e soltura no Brasil são recentes e ainda raros se comparados ao número de animais apreendidos ou resgatados levados às instituições competentes.
Para visualização completa do artigo clique aqui.
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