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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Artigo: Levantamento florístico como subsídio para implantação de trilhas em dunas no litoral oriental do Rio Grande do Norte

Autores: Ricardo Farias do Amaral, Maryane Christina Silva Damasceno Ferreira, Clébia Bezerra da Silva.
Periódico: Nature and Conservation
Ano de publicação: 2013

Petiano Responsável: Fabiane Santos

Dunas Costeiras no Rio Grande do Norte.
O ecossistema das dunas costeiras, conhecido por sua riqueza florística, por servir de área de recarga do lençol freático e barreira contra a ação eólica e marinha, está ameaçado pela ocupação humana desordenada. Nesse contexto de degradação, o ecoturismo tem atuado como uma alternativa propiciadora de conservação de áreas naturais. Mas para realizá-lo ou para executar qualquer ação de conservação, antes de tudo, é necessário conhecer o ecossistema do local, por isso, há a necessidade de realizar levantamentos de sua diversidade. 

Nesse contexto, este trabalho identificou espacialmente e fez um levantamento florístico preliminar em cinco trilhas naturais próximas à comunidade costeira de Maracajaú, localizada no litoral oriental do Estado do Rio Grande do Norte (RN). Como resultado, obteve-se a identificação de vinte plantas, nestas trilhas. Dentre estas plantas, oito não tinham registro ainda no estado do RN. Esse levantamento exploratório da biota da vegetação de restinga que recobre as dunas de Maracajaú constitui, no momento, a mais precisa fonte de informações a este respeito, na área. 
Pode-se concluir com esse trabalho que a região possui um grande potencial florístico pouco conhecido, que pode ser utilizado de forma eficiente e sustentável em ações para a geração de renda para a comunidade a partir, por exemplo, da estruturação e desenvolvimento de ecotrilhas.

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Artigo: Agrotóxico - que nome dar?

Autores: Márcia Gomide
Periódico: Scientific Electronic Library Online - SciELO
Ano de publicação: 2005

Petiano Responsável: Shayne Moura

Fig 1. Trabalhadores aplicando agrotóxicos sem a utilização de
EPI adequados. Foto: sakhorn
O estudo de Marcia Gomide foi desenvolvido com base em pesquisa realizada com agricultores de subsistência, pequenos agricultores e grandes agricultores, de dois municípios do sudeste do Piauí (São João do Piauí e João Costa), com o objetivo de identificar a maneira que os produtores desses municípios enxergam a utilização de produtos químicos, assim como os riscos envolvidos. 
Hoje a utilização de defensivos é essencial para garantir um alto rendimento da cultura, devido a grande demanda de alimentos em consequência do crescimento populacional. Essa realidade, em alguns casos, proporciona ao produtor buscar lucros e esquecer a segurança. 
Considerando os possíveis danos que a exposição aos produtos químicos potencialmente tóxicos utilizados no cultivo de alimentos podem causar à saúde humana e ao meio ambiente e que a forma com que se lida com tais produtos é significativa para o agravamento da situação de risco, são indispensáveis a utilização correta dos equipamentos de proteção individual (EPI) e o período de carência do produto, que se refere ao período que a molécula ativa age sobre a planta, deve ser respeitado, sendo aconselhável a não entrada no campo e muito menos a colheita dos produtos.
Fig 2. Componentes do EPI e procedimentos corretos para a
sua retirada.
A realidade, porém, é diferente do que é aconselhável. A pesquisa mostrou que mesmo os agricultores que garantiram tomar os devidos cuidados relativos ao armazenamento do produto, foi verificado que as embalagens se encontravam muitas vezes entre os ramos de plantas, galhos de árvores e até mesmo em partes anexas das residências.
Todos pequenos agricultores pareciam conhecer de certa forma os riscos que tais produtos ofereciam
a saúde. Assim eles relataram que jovens de 17 anos eram contratados para a aplicação pois os homens com 25 anos ou 26, já não possuíam mais condições de continuar a trabalhar na aplicação.
Todos relataram conhecer alguém que já passou mal após a aplicação do produto e se referem ao agrotóxico como veneno. Apesar de os agricultores entrevistados no presente estudo terem a noção de que não estão lidando com remédios e sim com venenos, isso não os torna mais protegidos; ao contrário, os cuidados no preparo e aplicação praticamente não são seguidos, ou o são de forma incipiente.
Enquanto que os agricultores do nordeste se referem ao agrotóxico como veneno, os do sul e sudeste o chamam de remédio. Talvez, pelo fato de as grandes empresas fabricantes de agrotóxicos estarem localizadas na região sul-sudeste, aliado a diversos outros fatores de ordem histórica, sociopolítica e econômica, menos programas e propagandas cheguem aos piauienses, deixando-os, de certa forma, distantes de uma prática de maquiagem destes produtos químicos, que modificam a imagem de veneno, transformando-os em remédio.
Vimos então que o modo como são chamados tais produtos, não interferem na forma de utilização e que medidas que conscientizem os produtores da importância da utilização correta dos agrotóxicos devem ser tidas como prioridade.

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Artigo: Avaliação do impacto ambiental causado pelo turismo às tartarugas marinhas na Praia de Porto de Galinhas (PE)

Autores: Gabriela Rayara A. Lima Sales de Oliveira, Maria da Salete Horácio da Silva
Periódico: Natural Resources
Ano de publicação: 2013

Petiano Responsável: Fabiane Santos

As tartarugas marinhas são répteis, de aproximadamente 220 milhões de anos, que surgiram no período triássico. No mundo existem sete espécies de tartarugas, destas, cinco aparecem no Brasil: Dermochelys coriácea, Chelonia mydas, Caretta, Eretmochelys imbricata, Lepidochelys olivacea, (SANCHES, 1999). Esses espécimes estão com risco de extinção, sendo protegidas por leis nacionais e internacionais de acordo com a União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN). Avaliar e enumerar o impacto ambiental causado pelo desenvolvimento e turismo não sustentável, através de ações antrópicas responsáveis por estes impactos que atingem as tartarugas marinhas e seu ecossistema. Descrever formas de turismo sustentável, ecologicamente correto que preservem a vida destas espécies na praia de Porto de Galinhas – PE. 
A presente pesquisa realizou-se através de um amplo levantamento bibliográfico através de material impresso, digital, contido nas revistas científicas, artigos, livros, web que tratam deste assunto. Explorar através de procedimentos o meio ambiente danificando-o menos possível quanto ao turismo sustentável, já que poder político e o capitalismo se sobre põem diante do meio ambiente e dos animais. Nos locais de desova da tartaruga, existir a sinalização nas praias que impeça o deslocamento de pessoas e automóveis, as construções de casas, devido à iluminação artificial que desorienta as mesmas, neste período, preservando a fase de nascimento das tartarugas marinhas. As tartarugas marinhas são importantes elos da cadeia alimentar, como consumidores, atingem diversos níveis na cadeia. Nas ultimas décadas, elas veem sofrendo ameaça de extinção, principalmente pelo impacto ambiental negativo causado no seu habitat por ação antrópica. Preservar as espécies de animais e as das tartarugas marinhas é preservar a própria história da evolução da vida e do mundo.

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terça-feira, 25 de novembro de 2014

Notícia: O Brasil passa a ter mais novos parques nacionais e amplia áreas protegidas.

Petiana responsável: Ingrid Fontes

Os mais novos parques nacionais do Brasil!

Foram publicados no dia (14/10), no Diário Oficial da União, decretos que instituem os parques nacionais da Serra do Gandarela (MG), com 31,2 mil hectares, e do Guaricana (PR), com 49,3 mil hectares, e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Nascentes Geraizeiras (MG), com 38,1 mil hectares, além de aumentar em mais de 30 mil hectares a já existente Reserva Extrativista (Resex) do Médio Juruá (AM).

A iniciativa atende demandas apresentadas em encontros como o II Chamado dos Povos das Florestas, realizado no Arquipélago do Marajó, no Pará, em novembro de 2013. Entre as entidades que se mobilizaram estão o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), a Comissão Nacional de Reservas Extrativistas Marinhas e a Rede Cerrado, que reúne mais de 500 organizações em prol da preservação do bioma. “A intenção é estabelecer uma relação cada vez maior entre proteção e melhoria da qualidade de vida da população”, resume o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin. “O movimento avança tanto para a conservação da biodiversidade quanto para a manutenção do estilo de vida dos povos que usam o ambiente natural de forma sustentável.” 

Áreas Protegidas
A proteção de importantes nascentes situadas no Norte de Minas Gerais e a segurança jurídica para a população local fazem parte dos benefícios alcançados com a criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Nascentes Geraizeiras. A partir de agora, será possível acelerar o processo de regularização fundiária das terras em concessão de uso às comunidades tradicionais. Ao mesmo tempo, a reserva assegura a manutenção do cerrado e impede a devastação dos recursos hídricos e da biodiversidade existente na região.

A manutenção de ecossistemas ameaçados é outro objetivo da criação das unidades. Com a instituição do Parque Nacional da Serra do Gandarela, nos arredores de Belo Horizonte, serão preservadas as ilhas de ferro, conhecidas como cangas, elementos importantes para a formação dos mananciais de água da região. Já o Parque Nacional de Guaricana garantirá a proteção de uma das áreas mais representativas da Mata Atlântica no litoral do Paraná.

Após a ampliação, a Resex do Médio Juruá passou a totalizar 286,9 mil hectares de área no Amazonas. O polígono de 30 mil acrescido à unidade a partir do decreto do dia 14 de outubro, inclui comunidades tradicionais e os principais lagos onde se fazem o manejo do pirarucu, peixe fundamental para o equilíbrio ecossistêmico da região.


Artigo: Riqueza de espécies de sub-bosque em um fragmento florestal urbano, Pernambuco, Brasil

Autores: Ana Cristina Ramos de Souza, Eduardo Bezerra de Almeida Júnior e Carmem Silva Zickel.

Periódico: Biotemas

Ano de publicação: 2009

Petiana responsável: Ingrid Fontes

Olá caros ecoleitores... Que tal conhecer mais um pouco sobre a flora de Pernambuco?

O parque Estadual de Dois Irmãos, destaca-se pela grande importância vegetal, por ser um fragmento florestal. O presente estudo tem por objetivo caracterizar a flora do sub-bosque do mesmo fragmento, contribuindo com dados sobre a riqueza da área. Para a definição da área de estudo foram escolhidos os pontos menos degradados, para a realização da coleta. No estudo foram incluídos indivíduos de até
Sub-bosque
 4,0 m de altura, como arvoretas, arbusto, sub-arbustos e herbáceas terrícolas (sendo excluídos as lianas, epífitas e trepadeiras herbáceas), em estádio fértil. As coletas quinzenais foram realizadas por um período de 24 meses. Foram identificados 108 espécies de 86 gêneros, distribuídas em 49 famílias. As famílias com maior número de espécies foram Rubiaceae (14 espécies), Fabaceae (9), Melastomataceae (8), Asteraceae (8), Myrtaceae (4) e Poaceae (4), perfazendo 43,5% do total de espécies. Enquanto que os gêneros mais representativos foram Psychotria (6 spp), Miconia (4), Inga (4), Erythroxylum (3), Piper (3), e Casearia, Cordia, Diodia, Ichnanthus, Myrcia, Rhynchospora e Solanum, com duas espécies cada. A família Rubiaceae apresentou-se com maior número de espécies na área, destacando-se o gênero Psychotria.

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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Notícia: Para deter aumento de temperatura, emissão de gases do efeito estufa precisa quase zerar até 2100

Floresta atingida por incêndio causado pela seca
Em reunião realizada pelo Painel Internacional de Mudança Climática (IPCC) em Copenhagen no dia 2 de Novembro, foi divulgada a síntese dos relatórios sobre mudança climática produzidos pelo IPCC. O presidente do Painel afirmou que, para evitar o aumento de 2 °C na temperatura global, é necessário reduzir a emissão de gases do efeito estufa a níveis próximos de zero, e esta parece ser a única saída para os governos.

Ban Ki-moon, secretário geral da ONU, afirma que os países se comprometeram a entrar em um acordo com relação às mudanças climáticas em 2015, durante a Conferência das Partes sobre Mudança Climática (COP21).

Este freio no aumento da temperatura global é de grande importância, visto o impacto causado, em diversas escalas, por este acréscimo aparentemente sutil. Com o aumento de 2°, aumenta-se a chance de eventos extremos (tempestades, inundações, secas etc); a probabilidade de impactos graves, disseminados e irreversíveis também se eleva; a queda na economia torna-se iminente, pondo em risco a segurança alimentar (garantia de alimentação) das populações, favorecendo também a migração e os conflitos violentos.


O relatório deste ano apresenta alta confiabilidade e exatidão, pois apresenta dados consistentes que suportam as afirmações apresentadas pelos membros do IPCC. Os integrantes ressaltam, também, a importância da aplicação de medidas mitigatórias em cada país, encabeçada por seus respectivos tomadores de decisão. Nos cálculos do IPCC, os custos de mitigação para a economia mundial seriam ínfimos 0,006% do PIB de cada país, mas a tendência é que este valor aumente conforme o atraso no início destas ações. 

Fonte: Estadão
Petiana Responsável: Fabiane Santos

domingo, 2 de novembro de 2014

Trabalho Científico: Colônias de formigas cortadeiras aumentam Nutrientes e matéria orgânica do solo, mas emitem mais CO2

Autores: R. S. SANTOS e L. S. SOUTO.
Evento: X Congresso de Ecologia do Brasil
Ano de publicação: 2011

Petiano Responsável: Shayne Moura

Curiosidade: O maior formigueiro já encontrado no mundo era constituído por 
306 milhões de operárias e um milhão de rainhas. A colônia estendia-se
 por 45 mil ninhos comunicantes e cobria uma área de 2,7 quilómetros 
quadrados.
O solo apresenta diversos organismos que influenciam suas propriedades físico-químicas, como as minhocas e formigas. As formigas aumentam sua porosidade, permeabilidade e quantidade de nutrientes, pois as formigas aumentam o teor de matéria orgânica ao transportar material vegetal para o formigueiro.
Além de aumentar a concentração de nutrientes, a matéria orgânica também é uma fonte constante de CO2 para a atmosfera, liberados no seu processo de decomposição. Devido a isso, as colônias podem atuar como pontos de emissão de CO2.
Esse trabalho teve como objetivo, avaliar o fluxo de Dióxido de Carbono (CO2) em colônias de Acromyrfez balzani.
O estudo foi realizado na Universidade Federal de Sergipe, onde foram selecionadas 10 colônias e outros 10 pontos, que não possuíam ninho de formigas ou de outras espécies, para servirem como pontos de controle (comparação). Em cada um dos pontos citados foram instaladas câmaras para a captura do CO2 emitido.

Como era esperada, a emissão do gás foi maior nas colônias do que nos pontos controles. Os teores de MO nas colônias foram, em média, 350 % maiores do que no solo que não possuía colônias, porém apenas 10 % do gás foi emitido. Esse fato pode estar relacionado a imobilização do CO2 dentro do ninho ou pode indicar que a maior emissão se deve a respiração das formigas e não a MO acumulada.

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sábado, 1 de novembro de 2014

Artigo: Invertebrados macrobentônicos detectados na costa brasileira transportados por resíduos flutuantes sólidos abiogênicos

Autora: Cristiane Maria Rocha Farrapeira
Periódico: Revista da Gestão Costeira Integrada
Ano de publicação: 2011

Petiano Responsável: Regina Nascimento

Caros leitores (ecoleitores),

Costa marítima brasileira.
Resíduos naturais são facilmente encontrados na superfície marítima, como por exemplo macroalgas, vestígios de plantas, pedra-pomes resultante de atividade vulcânica, etc. Quando esses resíduos são vinculados a outros resíduos sólidos de origem humana, vimos a chamar de “lixo”, que serão transportado por todo o oceano. Acredita-se que o material plástico flutuante seja muitas vezes confundido com alimento e ingerido por aves, tartarugas e mamíferos, por mais que não se tenha nada comprovado até o momento. O tipo de organismo que irá habitar os substratos flutuantes depende de sua natureza, podendo ser biogênica ou abiogênica, como também da disponibilidade de alimentos e tempo de flutuação. Para que o estudo fosse realizado, fora feito um levantamento bibliográfico onde se buscou informações relacionadas aos invertebrados costeiros marinhos e estuarinos,sua ocorrência no litoral brasileiro que foram associados com resíduos abiogênicos (excluindo a pedra-pomes) à deriva, sendo incorporadas informações quanto suas capacidades locomotoras. Dos invertebrados bentônicos mencionados na literatura em associação com resíduos flutuantes abiogênicos à deriva nas correntes marinhas, 122 possuíam registros de ocorrência no litoral brasileiro. Dentre eles estavam os seguintes táxons: Cnidária, Mollusca, Bryozoa e Crustacea. Acredita-se que o número de táxons referenciados na literatura fosse inferior, comparado ao que verdadeiramente ocorre no Oceano Atlântico. Quanto aos substratos abiogênicos, houve predomínio de espécies observadas em plásticos e materiais de nylon, apresentando ainda registro de associação com metais, geralmente boias e garrafas de vidro. Assim, as comunidades viajantes são constituídas principalmente por animais sésseis, ainda que também tenham sido registradas sedentárias e móveis.

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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Notícia: Como ações sociais podem ajudar a reduzir o desmatamento na Amazônia

Moradores incentivando o Programa de Bolsa Floresta.
Caros ecoleitores,

A Amazônia não é um território desabitado. Vivem na região cerca de 24 milhões de pessoas ou 13% da população nacional. Cerca de 4 milhões estão na floresta, seja em comunidades indígenas e ribeirinhas, seja vivendo como seringueiros ou pequenos produtores rurais. São essas pessoas que vivem em contato direto com a floresta e que também estão fortemente ligadas ao combate ao desmatamento. 

Os programas de pagamento por serviços ambientais oferecidos pela floresta, com o controle do regime hídrico, a fertilidade dos solos e a biodiversidade, são considerados como uma das melhores opções para remediar a falta de oportunidades para a população da Amazônia.

O desenvolvimento de novos negócios que façam a conexão entre a biodiversidade da floresta as indústrias é outra opção de novas oportunidades. Um exemplo disso são as novas produtoras de pneus que usam borracha nativa da Amazônia e que antes operavam com matéria-prima importada da Indonésia na Zona Franca de Manaus. “Garantir o progresso social e o desenvolvimento da Amazônia não é apenas uma medida eficaz para combater o desmatamento. Esse é um desafio enorme, pois estamos mudando uma visão de mundo e criando de fato um caminho sustentável para o planeta”, afirma Virgílio Viana, presidente da FAS.

Fonte: Amazonia.org
Petiano Responsável: Regina Nascimento



terça-feira, 28 de outubro de 2014

Artigo: Dinâmica sazonal de processos costeiros e estuarinos em sistema de praias arenosas e ilhas barreira no nordeste do Brasil

Autores: Marcelo Soares Teles Santos e Venerando Eustáquio Amaro
Periódico: Revista Brasileira de Geomorfologia. V. 14 nº 2.
Ano de publicação: 2013

Petiano Responsável: Cecília Craveiro

Caros leitores (ecoleitores),
Esse estudo monitorou a sistemática sazonal de praias arenosas, ilhas barreiras e canais de maré localizados no Litoral do Estado do Rio Grande do Norte. Essa área é considerada de alta sensibilidade ambiental, pois está sob a influência de atividades antrópicas. Boa leitura!

Praia do Minhoto - RN
O estudo teve por finalidade monitorar a dinâmica intra-anual (sazonal) de um sistema de praias arenosas, ilhas barreiras e canais de maré localizados no Litoral Setentrional do Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil, área que tem alta sensibilidade ambiental e sob a influência de atividades industriais como a petrolífera. A metodologia foi realizada através da geração e comparação de Linhas de Costa (LC) e Modelos Digitais de Elevação (MDE) das praias e ilhas barreiras monitoradas, na escala trimestral, e nas correlações entre as variações superficiais e volumétricas medidas e a atuação dos agentes dinâmicos costeiros modeladores do relevo (ventos, ondas, correntes e marés) durante os intervalos dos monitoramentos. A partir dos resultados foi possível identificar as causas e consequências da intensa erosão costeira ocorrida nas praias expostas, e permitiu-se analisar a eficiência de recuperação dessas praias arenosas e as acresções ocorridas nos canais de maré e nos estuários, compreender a influência da hidrodinâmica na dinâmica sedimentar sazonal e verificação dos fluxos dominantes do transporte sedimentar, se o hidrodinâmico na LC ou o eólico nas superfícies das ilhas e praias arenosas. Observou-se que as modificações de curto prazo vêm sendo utilizadas como subsídio a projetos de mitigação de impactos ambientais que visam a convivência das atividades industriais de risco para o ambiente e os ecossistemas costeiros.

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sábado, 25 de outubro de 2014

Notícia: Instituto de Ecologia pede interdição da represa do Broa devido à poluição

Caros leitores (ecoleitores),

Água verde devido à alta concentração de algas traz riscos aos
banhistas do Broa (Foto: Paulo Chiari / EPTV)

A Represa do Broa  localizada em Itirapina (SP) é considerada um lugar de lazer  e recreação, oferecendo diversas atividades como:  pescarias, passeios de barco, mergulho e camping, para os diferentes  turistas que estão acostumado a visitar o lugar,  recebendo em média 8000 turistas a cada final de semana.


Pela primeira vez em 40 anos as águas da represa do Broa estão contaminadas, chegando a um grau tão grande de contaminação que o Instituto Internacional de Ecologia (IIE), pediu a interdição da represa, na esperança de impedir o contato dos banhistas e pescadores com a água contaminada. 

Os primeiros sinais de que havia algo de errado com as águas da represa, foram os peixes mortos encontrados tanto no meio das plantas aquáticas como às margens do balneário. De acordo com o pesquisador Fernando de Paula Blanco, a mortandade dos peixes na represa é grande devido à alta concentração de algas, “o oxigênio da água à noite, esta chegando a quase zero” disse ele.

Diversas medições foram feitas na represa pelos pesquisadores, foram medidas as quantidades de oxigênio, temperatura e PH da água, sendo ainda feita coleta de amostras da água para analise em laboratório. Segundo o presidente do IIE José Galizia Tundisi nas analises foram encontradas além das algas e cianobactérias, vírus e coliformes fecais, estando todos os dados acima dos índices permitidos pela Organização Mundial de Saúde. 

Fonte: G1
Petiano Responsável: Jenyffer Gomes

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Notícia: Acordo global de biodiversidade entra em vigor sem a participação do Brasil

O Brasil não confirmou a participação dele do Protocolo de Nagoya, acordo que define regras internacionais para acesso e compartilhamento dos recursos naturais.

Imagem aérea do Rio Juruá, na Amazônia.
(Foto: Bruno Kelly/Reuters).
Entrou em vigor no dia 12/10/2014 o Protocolo de Nagoya, que é um acordo que define regras
internacionais para acesso e compartilhamento dos recursos. Porém o Brasil não  confirmou a sua participação. O que é estranho, já que o país foi um dos primeiros a assinar o documento, em fevereiro de 2011. A confirmação da participação brasileira deveria ser votada pelo Congresso Nacional, o que não aconteceu desde que a proposta foi enviada aos parlamentares, em 2012. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, houve um esforço do governo e pessoal da ministra Izabella Teixeira, responsável pela pasta, para a confirmação, mas nenhuma providência foi tomada. O fato é inquietante, já que o Brasil possui a maior biodiversidade do mundo e que não encontra-se protegida por este arcabouço diplomático. O Protocolo de Nagoya estabelece regras para o acesso a recursos genéticos, como plantas tropicais raras usadas em medicamentos, e formas de compartilhar benefícios entre empresas, povos indígenas e governos. Sem a inclusão do Brasil nesse acordo, a opinião do governo na discussão sobre o tema, no nível das Nações Unidas, não terá relevância. Até o momento, 51 governos confirmaram a participação. Também não confirmaram a tempo os membros da União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido.

Fonte: G1
Petiano Responsável: Cecília Craveiro

domingo, 19 de outubro de 2014

Artigo: Implantação do Plano de Gerenciamento de resíduos sólidos no Porto de São Francisco do Sul

Autores: Tomás Baptista e Márcia Cristiane Kravetz
Periódico: Revista Meio Ambiente
Ano de publicação: 2013

Petiano Responsável: Jenyffer Gomes

Caros ecoleitores, um plano de gerenciamento em resíduos sólidos é de grande importância para se ter uma adequada gestão e destinação dos resíduos gerados por determinados lugares e instituições.

Diversidade de resíduos sólidos necessita de um
bom Gerenciamento de Resíduos Sólidos 
O presente trabalho foi desenvolvido em São Francisco do Sul - SC, inicialmente realizando uma revisão de literatura, sendo posteriormente feito um estudo de caso, este desenvolvido no período de março de 2009 a fevereiro de 2010. Teve como objetivo uma avaliação da aplicação de um Plano de Gestão de Resíduos Sólidos (PGRS) em portos, oferecendo os passos necessários para que se possa desenvolver, implementar e monitorar um PGRS, sendo levantados primeiramente as principais leis e regulamentos que seriam aplicáveis à área de gestão de resíduos sólidos nos portos. 

Para elaboração do PGRS se fez necessário um diagnóstico da situação existente, por isso foi feita a identificação das fontes geradoras de resíduos, e quais os resíduos gerados por cada uma das fontes. Posteriormente foi criado um inventario dos resíduos gerados, e cada tipo de resíduo recebeu uma classificação. Passado todos os procedimentos anteriores, realizou-se a análise dos dados, e por fim foi feita a avaliação diagnóstica e criação do Plano de Planejamento de Gestão de Resíduos Sólidos. Após isso, foi visto como deveria se dar a  segregação, acondicionamento dos resíduos, coleta, transporte interno, como se daria o armazenamento temporário, destinação final e ainda como seria a aplicação e supervisão deste processo.

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sábado, 18 de outubro de 2014

Notícia: Em 40 anos, engenheiro brasileiro transformou rochedo em ilha sustentável

Ilha dos Arvoredos, Guarujá - RJ
Na década de 50, Fernando Lee, um engenheiro carioca, começou a construir um “laboratório ao ar livre” numa ilha rochosa no Guarujá (Rio de Janeiro). Este local, chamado Ilha dos Arvoredos, foi pioneira no uso de energia solar, eólica e na captação de água da chuva. Ao sobrevoar a região, Fernando considerou que a ilha poderia ser restaurada com o propósito de difundir e praticar a sustentabilidade, através dos mais variados experimentos.

Lá foram instaladas as primeiras placas de energia solar do Brasil, além de hélices de energia eólica e um sistema de captação, armazenagem, aquecimento e filtragem de água da chuva. Na ilha, há uma casa construída com rochas do próprio rochedo e madeiras de um navio naufragado. A água utilizada na ilha é quase que em sua totalidade, proveniente de chuvas; enquanto experimentos de filtragem de água têm sido analisados. A horta possui plantas nativas da Mata Atlântica, valorizando o bioma, e há um açude que se transformará em criadouro de peixes.

A equipe que utiliza a ilha para experimentos tem o intuito de utilizar o conhecimento adquirido para a sociedade. Segundo André Dias, biólogo que trabalha na ilha, o mais importante não é conseguir apenas a autossuficiência da ilha, mas levar os benefícios da Ilha dos Arvoredos para a humanidade.

Petiano Responsável: Fabiane Santos

domingo, 12 de outubro de 2014

Notícia: Bicicletas elétricas ajudam a reduzir gás carbônico em Noronha

Olá, ecoleitores!

Conhecer Fernando de Noronha é o sonho de qualquer pessoa amante da natureza não é mesmo?! Visando reduzir a emissão de gás carbônico e a conservação deste ambiente, o Plano Noronha Carbono Neutro entrou em ação e o Parque Estadual Marinho recebeu 25 bicicletas elétricas que poderão ser utilizadas pelos turistas. 

 Bicicletas elétricas em Noronha.
O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE) recebeu no mês de julho 25 bicicletas elétricas. Elas vão contribuir para reduzir a emissão de gás carbônico (CO2) no Arquipélago da Unidade de Conservação (UC). A ação faz parte dos objetivos do Plano Noronha Carbono Neutro, que pretende transformar a ilha de Fernando de Noronha no primeiro território nacional a diminuir e compensar as emissões de gases poluentes.
Para usar as bicicletas, os visitantes devem pagar aluguel diário nos Postos de Informação e Controle (PICs) do Golfinho, Sueste e Boldró. A previsão é de que até o fim de 2014, época em que outras 25 bicicletas elétricas devem ser entregues, a UC implemente o sistema de compartilhamento desse meio de transporte para otimizar a locomoção dos turistas dentro da ilha. "Com as bicicletas, além do prazer da atividade em si, o visitante tem a opção de contribuir para a redução de emissões de carbono a um custo reduzido, uma vez que o valor cobrado para o aluguel é somente o custo de manutenção da atividade. Isso já havia sido definido em contrato, ou seja, nosso concessionário não pode ter lucro com a atividade", explicou o chefe do Parque Nacional, Ricardo Araújo.
Com velocidade máxima de 25 km/h e autonomia de 60 km, as bicicletas elétricas possuem freios dianteiro e traseiro a disco, pesam 25,5 kg, suportam uma carga de até 100 kg e precisam de quatro a seis horas para recarregar a bateria. Além do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Distribuidora Shineray, que doou as bicicletas, esta ação é resultado de uma parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas/PE), a Serttel e a empresa aérea Gol.


Sobre o Plano Noronha Carbono Neutro

O Plano Noronha Carbono Neutro pretende transformar a ilha de Fernando de Noronha no primeiro território a reduzir e compensar as emissões de gases no Brasil, tornando-a referência de novas tecnologias sustentáveis. O estudo aponta o transporte aéreo como o grande emissor de CO2, representando 54,74% do total de 35.669,46 t CO2 (toneladas de CO2 equivalentes emitidas em 2012). Em seguida, aparecem a geração de energia elétrica, representando 29,21%, e o transporte interno, com 8,73%.
Com uma população média de 4.000 pessoas, incluindo a permanência de turistas, a emissão per capta de Fernando de Noronha é de 8,92 t CO2 (toneladas de CO2 equivalentes), cerca de quatro vezes a do Brasil, que é 2,2 t CO2.

Fonte: ICMBio
Petiano Responsável: Élyda Passos

sábado, 11 de outubro de 2014

Notícia: Cientistas descobrem seis potenciais novas espécies de animais no Peru

Tradução livre por: Paulo Ayres

Caros ecoleitores,

Trago para vocês uma notícia bastante interessante sobre a descoberta de seis potenciais novas espécies de animais no Peru. Porém dessas seis novas espécies, a que mais me chamou atenção foi a de um mamífero aquático bastante peculiar. Uma boa leitura!

Este novo mamífero aquático evoluiu para lidar com a vida 
nos córregos das florestas das nuvens. Foto por: Alexandre Pari
Um grupo de cientistas peruanos e mexicanos dizem ter descoberto pelo menos seis novas espécies de animais próximo o mais famoso sítio arqueológico da América do Sul: Machu Picchu. As descobertas incluem um novo mamífero, um novo lagarto, e quatro novos sapos. Enquanto os cientistas estão trabalhando em descrever formalmente as espécies, eles lançaram fotos e alguns detalhes tentadoras sobre as novas descobertas (conferir no link da notícia original).

O novo mamífero, que ainda não possui nome, é um roedor aquático de aparência bizarra do gênero Chibchanomys, que até hoje só era composta de duas espécies. O novo mamífero não possui orelhas externas e pelos entre seus dedos do pé e nas laterais de suas pernas, que o ajuda a manobrar através de córregos. 

"Estes roedores aquáticos estão entre os mais raros e pouco conhecidos na América", escrevem os cientistas em um comunicado de imprensa. 

As descobertas são o resultado de uma pesquisa do Parque Nacional de Machu Picchu e do Santuário Histórico de Machu Picchu 2012, especificamente em florestas das nuvens perto Wiñayhuayna, outro sítio arqueológico na Trilha Inca em direção a Machu Picchu. Apesar de ter recebido em geral, menos atenção do que as florestas de várzea, florestas das nuvens muitas vezes são extremamente ricas em espécies que não são encontradas em outro lugar e muitas novas espécies derivam desses habitats.

Notícia original na íntegra: http://news.mongabay.com/2014/0925-hance-new-species-peru-cloud-forest.html
Petiano Responsável: Paulo Ayres

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Artigo: Ocorrência de infecção Cryptosporidium spp. em peixe-boi marinho (Trichechus manatus)

Autores: João Carlos Gomes Borges; Leucio Câmara Alves; Jociery Einhardt Vergara-Parente; Maria Aparecida da Glória Faustino; Erilane de Castro Lima Machado
Periódico: Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária
Ano de publicação: 2009

Petiano Responsável: Ana Carolina Oliveira

Caros ecoleitores,

Trichechus manatus
Apesar das atividades voltadas para a conservação de mamíferos aquáticos terem aumentado de número nos últimos anos, o número de trabalhos publicados ainda não é tão grande quando comparada a de outros grupos animais. Sabendo da importância de uma maior disseminação de informações sobre os mamíferos aquáticos, esta semana trazemos uma leitura sobre um relato da ocorrência de Cryptosporidium spp. em peixe-boi marinho.

A criptosporidiose é doença que pode afetar não só o homem como também um grande número de animais domésticos e silvestres, entre eles o peixe-boi. Esta doença tem como agente etiológico coccídeos do gênero Cryptosporidium. Em imunocompetentes pode ser assintomática ou causar gastroenterite, diarreia, dor abdominal e náuseas. Em imunodeficientes pode causar os sintomas anteriormente citados, mas dependendo da gravidade pode levar até mesmo a morte. 
Num dos oceanários do Centro Mamíferos Aquáticos, ICMBio – FMA, localizados na Ilha de Itamaracá, PE, observou-se que um peixe-boi marinho macho apresentava  nos oceanários do Centro Mamíferos desconforto abdominal, bradipnéia e letargia. Fez-se um procedimento de tratamento farmacológico e coletou-se material fecal do animal. Por meio da técnica de Kinyoun foram identificados oocistos de Cryptosporidium. Com os sinais clínicos descritos e a utilização não só da técnica de Kinyoun como também pelo teste de imunofluorescência direta e pelo corante 4’.6’-Diamidino-2-Phenilindole (DAPI).
Apesar dos cuidados no tratamento da água que se tem nos oceanários do centro, há uma preocupação na disseminação deste parasita por meio da água, uma vez que ele é bastante resistente aos desinfetantes comumente utilizados, nos levando a refletir sobre os perigos que o homem tem ao se aproximar de animais que tem um habitat diferente do seu e também dos perigos que o homem leva a estes animais.

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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Notícia: Estudo em 100 bilhões de animais aponta que Organismos Geneticamente Modificados são seguros

Tradução livre por: Fabiane Santos.

Cultivos geneticamente modificados têm sido utilizados para alimentar o gado desde 1996, e, hoje em dia, representa cerca de 90% de toda a alimentação animal nos Estados Unidos. Desde esta introdução, há muitas controvérsias a respeito da segurança desta prática. Infelizmente, a validade desta conversa é ironizada por evidências duvidosas e “estudos” em jornais que não são submetidos à revisões e afirmam que alimentos transgênicos são causadores de diversas doenças, incluindo câncer.

Entretanto, Alison Van Eenennaam, da Universidade da Califórnia conduziu uma análise compreensiva dos estudos com respeito à saúde do gado entre 1983 (antes dos cultivos transgênicos serem introduzidos) e 2011, incluindo um total de 100 bilhões de animais alimentando-se coletivamente de trilhões de refeições geneticamente modificadas. Por fim, o estudo apontou que OGMs não possuem um efeito negativo nos animais, e que eles são quase equivalentes a animais que não se alimentam de OGMs, em termos nutricionais. O estudo foi publicado no Journal of Animal Science, e terá acesso aberto após dia 1º de Outubro.

Este estudo não é o primeiro deste tipo, apesar deste ser o mais inclusivo e completo. Alessandro Nicolia, da Universidade de Perugia, na Itália, publicou uma revisão de 1.783 artigos ao longo de 10 anos que procurava entender o risco de cultivos transgênicos para o meio ambiente. Em conclusão, não havia evidências mostrando que os transgênicos ofereciam um risco significante. 

(...)

Gados alimentados com pastagem transgênica e tradicional são nutricionalmente equivalentes, aponta estudo.

Isto não significa que os métodos utilizados na pecuária, atualmente, são perfeitos. Muito se diz a respeito das condições de vida doa animais, o tipo de alimentação fornecido ao gado, a   alta taxa de antibióticos dados aos animais e seu potencial risco de resistência bacteriana, etc. Além disto, ambientalistas gostariam de ver uma redução na quantidade de carne consumida, dado o alto gasto de água e energia para produção de carne, bem como a consequente redução no nível de emissão de metano na atmosfera.

Enquanto as discussões sobre as melhores formas de criação animal estão muito longe de terem um fim, parece que não há muito a se conversar a respeito da segurança de alimentos transgênicos para a saúde animal. Existem pesquisas ainda sendo desenvolvidas a respeito da segurança destes alimentos transgênicos, mas, por ora, devemos operar sob as evidências apresentadas ao invés de opiniões mascaradas como fatos. 

Nota: Sabemos que os organismos geneticamente modificados, e em especial os alimentos transgênicos, são palco de intensa discussão. O ponto de vista dos autores do texto não refletem a opinião do PET Ecologia, entretanto, é importante fomentar a discussão com um estudo que traz uma nova faceta a respeito dos OGMs.

Texto Original: clique aqui.
Petiano Responsável:
Fabiane Santos


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Artigo: Reprodução de psitacídeos em cativeiro

Autores: Mariangela da Costa Allgayer e Márcia Cziulik
Periódico: Revista Brasileira Reprodução Animal
Ano de publicação: 2007

Petiano Responsável: Reginaldo Gusmão

Caros ecoleitores,

Casal de Arara-canindé (Ara ararauna)
A ordem Psittaciforme é constituída por 78 gêneros e 332 espécies das quais 72 ocorrem no Brasil que é considerado o país mais rico em representantes da família Psittacidae. Estas aves chamam atenção pelo seu companheirismo, temperamento, pela habilidade de imitar a voz humana e são capturados na natureza para suprir a demanda de aves de estimação. Na tentativa de reverter esse quadro o IBAMA normatizou, através de portarias específicas, a criação e comercialização de espécies silvestres nativas, assim, nos dias de hoje é possível adquirir animais de maneira legal, com origem e saúde controladas. Aves com qualidade provêem de locais que obedecem aos requisitos necessários e as técnicas de manejo adequadas para cada espécie. A estrutura física, como quarentena e recintos, deve levar em consideração o objetivo do manejo que pode ser: comercial, exposição em zoológicos, pesquisa ou educação ambiental. A chegada das aves no plantel deve ser seguida de exames veterinários de rotina, sexagem, marcação individual e observação do comportamento que vai evidenciar casais compatíveis. Essas medidas, associadas a um manejo nutricional adequado, possibilitam a sanidade das aves e determinam o sucesso reprodutivo em cativeiro. A maioria dos psitacídeos se reproduz na primavera-verão, mas, algumas espécies podem reproduzir em outros períodos. A incubação e o cuidado com filhotes podem ser realizados pelo casal, no entanto, quando estes se mostram incapazes ou dependendo do objetivo do manejo técnicas artificiais de criação podem ser utilizadas. Tais técnicas demandam tempo, aumento de custos com instalações, equipamentos e necessidade de equipe treinada, mas têm como vantagem um aumento no número de ovos e filhotes por casal e um controle contínuo sobre a criação. A legalização da criação e do comércio brasileiro de aves selvagens está impulsionando a formação de profissionais especializados e contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento, o que é imprescindível para a viabilização de projetos de conservação que tenham entre seus objetivos a reprodução de psitacídeos em cativeiro.

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domingo, 5 de outubro de 2014

Curiosidade: Garrafas de água comestíveis

Caros Ecoleitores,

Vocês já conhecem a garrafa de água comestível? Se não conhece agora vai conhecer!

Ooho - A garrafa de água comestível.
Imagem: Info Abril
Para que jogar fora a garrafa de água, se você pode comê-la? É dessa ideia inusitada que surgiu a Ooho. Com forma de bolha gelatinosa, que lembra uma água-viva, a embalagem é feita a partir de algas marinhas e cloreto de cálcio.
Quando você está com sede, basta perfurar a membrana e beber o líquido de seu interior. Para quem curte novas experiências, também é possível colocar tudo de uma vez na boca, já que o Ooho é comestível e biodegradável. Criado por um trio de estudantes de designs, os espanhóis Rodrigo García González, Guillaume Couche e Pierre Paslier, o projeto aparece como uma alternativa engenhosa ao descarte de embalagens plásticas. A bolha gelatinosa é formada através de um processo chamado de “esferificação”, um método usado pela primeira vez em 1946 e ainda utilizado por alguns chefs de cozinha.

Petiano Responsável: Regina Nascimento

sábado, 4 de outubro de 2014

Artigo: Densidade, tamanho populacional e conservação de primatas em fragmento de Mata Atlântica no sul do Estado de Minas Gerais, Brasil

Autores:  Maurício Djalles Costa, Fernando Afonso Bonillo Fernandes, Renato Richard Hilário,
Aline Vaz Gonçalves & Janaína Maria de Souza.
Periódico: Iheringia Série Zoologia
Ano de publicação: 2012

Petiano Responsável: Paulo Ayres

Caros Ecoleitores,

Hoje trago para vocês um artigo sobre um estudo realizado em um fragmento de Mata Atlântica no município de Pouso Alegre - MG, sobre a densidade, tamanho populacional e conservação de primatas, este que é um dos grupos de animais que mais sofre com a fragmentação do bioma Mata Atlântica.

Sapajus nigritus (anteriormente descrito como Cebus nigritus).
A Mata Atlântica é uma das regiões biologicamente mais ricas e mais ameaçadas do Planeta e atualmente restam entre 11,4% e 16% de cobertura vegetal de sua extensão original. O município de Pouso Alegre, localizado no sul do Estado de Minas Gerais abriga, segundo dados recolhidos até o ano de 2010, somente 3% de remanescentes de Floresta Semidecidual em seu território.  A diminuição e fragmentação de habitats florestais afetam várias espécies, em especial os primatas neotropicais que possuem hábitos essencialmente arborícolas. Das 24 espécies de primatas que ocorrem na Mata Atlântica, 15 encontram-se enquadradas em alguma categoria de ameaça segundo a lista oficial do Ministério do Meio Ambiente. No município de Pouso Alegre ocorrem quatro espécies de primatas: Alouatta clamitans Cabrera, 1940; Callicebus nigrifrons (Spix, 1823); Callithrix aurita (É. Geoffroyi, 1812) e Cebus nigritus (Goldfuss, 1809). Destas, apenas o sagui-da-serra-escuro (C. aurita) é considerado ameaçado de extinção, muito embora as outras espécies sejam consideradas como “quase ameaçadas”.
Este trabalho teve como objetivo estimar a densidade e o tamanho populacional das quatros espécies de primatas descritas acima, que ocorrem em um fragmento de Mata Atlântica de aproximadamente 350 ha, localizado no de Pouso Alegre e reunir subsídios para a conservação dessas espécies na região. O levantamento populacional foi realizado através do método de amostragem de distâncias em transecções lineares (Distance Sampling). Os dados foram coletados entre os meses de abril e agosto de 2008 a partir de quatro transecções implantadas na área de estudo. Os cálculos de densidade e tamanho populacional foram realizados empregando-se o programa Distance 5.0. As densidades foram estimadas em 23,83 ± 9,78 ind./km² para Callicebus nigrifrons, 14,76 ± 5,92 ind./km² para Callithrix aurita e 7,71 ± 2,13 ind./km² para Cebus nigritus. O tamanho populacional foi estimado em 83,0 ± 34,0 indivíduos para C. nigrifrons, 52,0 ± 20,8 indivíduos para Callithrix aurita e 27,0 ± 7,4 indivíduos para Cebus nigritus. Com relação ao bugio (A. guariba clamitans), constatou-se que apenas um grupo com seis indivíduos sobrevive na área. Conclui-se que, no caso de continuarem isoladas, essas populações têm poucas chances de sobrevivência no futuro frente aos riscos de eventos estocásticos. A criação de corredores ecológicos conectando a área de estudo aos outros fragmentos em seu entorno e a translocação de indivíduos de outras áreas da Mata Atlântica para esta região poderão constituir alternativas para garantir a viabilidade dessas populações em longo prazo. Para tanto, é necessário que se consolide uma política pública no município de Pouso Alegre voltada à criação, ampliação e gestão de Unidades de Conservação, e ao incentivo para a adoção de práticas produtivas sob critérios de sustentabilidade no entorno dessas áreas de interesse ecológico.

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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Notícia: Novas regras de uso e ocupação de solo no Parque Estadual Dois irmãos

Açude do Prata. Imagem da Internet.
Um levantamento do SEMAS (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade) identificou a abertura de trilhas ilegais e uso do Açude do Prata para banho e recreação. As pessoas responsáveis por tais atos são os moradores da comunidade de Sítio dos Pintos, Terminal da Macaxeira e transeuntes da UFRPE. Ainda há relatos de pessoas que praticam motocross na área e segundo o Jornal Diário de Pernambuco, as margens do açude estão cheias de lixo.  Por isso, o Parque que foi criado em 1988, ganhou um novo plano de manejo que visa a proibição de construções irregulares, invasões e extração de qualquer material dentro da área de preservação. O plano, publicado no Diário Oficial, ainda prevê a instalação de postos de vigilância e cercas.Além da conservação do meio ambiente, o plano, dentre outras coisas, estabelece incentivo a pesquisa e ao monitoramento, assim como a criação de um programa de educação ambiental para as comunidades vizinhas.

Fonte: Diário de Pernambuco

Petiano Responsável: Shayne Moura

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Curiosidade: Conheça o mais novo pássaro brasileiro

Caros Ecoleitores,

"Macuquinho-preto-baiano" (Scytalopus gonzagai)
A Mata Atlântica volta a surpreender. Numa faixa junto ao litoral da Bahia foi descoberto o
“macuquinho-preto-baiano”(Scytalopus gonzagai), o mais novo passarinho brasileiro, com cerca de 15 cm e 15 gramas. O estudo que levou à descoberta da espécie durou 20 anos, teve apoio da Fundação Grupo Boticário e reuniu cientistas e ornitólogos de universidades federais brasileiras (Paraná, Pelotas e São Paulo) e dos EUA (Louisiana State University).
O biólogo especializado em ornitologia Giovanni Nachtigall Maurício estimou que a população dessa espécie esteja em torno de 2.888 indivíduos. Sendo que a regra geral da IUCN estabelece que até 2.500 indivíduos a espécie é considerada criticamente em perigo; de 2.500 até 10 mil indivíduos, é considerada em perigo; e de 10 mil até 20 mil, é vulnerável. Concluindo então que a mais novo pássaro brasileiro já se encontra em perigo de extinção.


Petiano Responsavel: Reginaldo Gusmão

sábado, 27 de setembro de 2014

Artigo: Biocarvão (Biochar) e Sequestro de Carbono

Autores:  Rezende, E. I. P.; Angelo, L. C.; dos Santos, S. S.; Mangrich, A. S.
Periódico: Revista Virtual de Química
Ano de publicação: 2011

Petiano Responsável: Fabiane Santos

É de amplo conhecimento o risco iminente do aquecimento global para o equilíbrio da Terra. As concentrações de CO2 na atmosfera já extrapolaram o nível considerado seguro pelo Painel Internacional de Mudanças Climáticas e, há mais de duas décadas, cientistas vêm tentando encontrar soluções que amenizem ou mesmo sejam capazes de reverter a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera. Dentre estes métodos, são considerados viáveis: a intensificação de práticas de reflorestamento; refletores solares espaciais; formação de aerossóis na atmosfera; sequestro de carbono marinho; sequestro geológico por injeção de gás carbônico sob pressão em espaço subterrâneos; aumento da alcalinidade nos oceanos; produção e dispersão de biocarvão nos solos; gestão do albedo (medida relativa da quantidade de luz refletida numa superfície); e criação de algas em edifícios. 
Algumas destas medidas são mais trabalhosas e difíceis de serem executadas dada a necessidade de acordos internacionais que permitam o seu funcionamento. Neste artigo, os autores afirmam que o reflorestamento e a produção de biocarvão são os métodos mais viáveis. O biocarvão é obtido a partir da pirólise de biomassa a altas temperaturas (de 300 a 600 °C) e pouco oxigênio, e é capaz de criar um grande estoque de carbono no solo – uma característica crucial nas práticas de sequestro de carbono. Além disso, o biocarvão é milhares de vezes mais estável que a matéria orgânica não pirolisada, contribuindo para um estoque de carbono eficiente, mesmo sob as intempéries das mudanças climáticas extremas.  
Biocarvão
O biocarvão é fruto de estudos de pesquisadores brasileiros e estrangeiros em busca de um fertilizante orgânico semelhante às terras pretas de índios da Amazônia, que é um solo bastante fértil e escuro. Este solo chamou a atenção de naturalistas por não ser semelhante aos solos típicos da Amazônia, tipicamente arenosos e pouco férteis, apresentando até cinco vezes mais carbono. O biocarvão surge, então, como uma alternativa sustentável e eficiente para aumentar a fertilidade do solo e o sequestro de carbono, visto que representa um estoque estável e de degradação lenta – ao contrário da matéria orgânica in natura, que tende a se decompor rapidamente –, e agindo também como um condicionador do solo, evitando desmoronamentos de terrenos, promovendo a retenção de água de chuva e irrigação, controle do pH e retenção de íons metálicos tóxicos. 
Em suma, é de grande importância o incentivo a pesquisas e desenvolvimento de tecnologias em biocarvão e que estas sejam incorporadas a políticas públicas no plano gestor das cidades, pois o biocarvão pode ser produzido a partir do lixo orgânico gerado pela população. Uma alternativa sustentável baseada na observação e valorização dos costumes locais das terras do Brasil pode fazer a grande diferença na luta contra o aquecimento global. 

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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Notícia: O ser humano é o maior culpado pelo aumento de incêndios florestais

“Ação humana é responsável por 90% dos incêndios florestais. Mudanças de comportamento podem minimizar o problema.”

Incêndio no cerrado: a culpa é quase sempre do homem.
Foto: Paulo de Araújo/MMA
Com início da seca, a ocorrência de incêndios aumentam proporcionalmente na medida em que a umidade do ar diminui. O problema se intensifica ainda mais no cerrado brasileiro. Algumas atitudes contribuem com as queimadas, essa mesmas atitudes deveriam e devem ser evitadas, no entanto algumas pessoas ainda insistem em jogar por exemplo bitucas de cigarros da janela do carro.

De Acordo com ICMBio, 90% dos incêndios florestais são de origem antrópica, ou seja, fruto da ação do homem. Na maioria dos casos, decorrem do uso incorreto do fogo para a renovação de pastagens, da caça e de ações criminosas em represália à criação e gestão de unidades de conservação. Em menor escala, há casos de queimadas que começam, de maneira natural, por conta de raios.

O território atingido pelos incêndios florestais tem apresentado aumento. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, a queima proposital de resíduos sólidos perto de áreas verdes é o motivo mais recorrente dos incêndios atendidos durante os chamados na capital federal. Apenas em junho deste ano, 395,16 hectares de vegetação foram consumidos pelo fogo - aumento de 77,8% em relação aos 222,23 hectares verificados em junho de 2013.

Para combater os focos de incêndios florestais, o governo federal adotou medidas como o reforço do efetivo que atua em campo. Ao todo, 1.589 brigadistas foram contratados para formar as equipes do Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) em todo o país.

Do total, 175 brigadistas atuam nas unidades de conservação federais contempladas pelo projeto Cerrado-Jalapão, em Tocantins, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em cooperação com o governo alemão e em parceria com o ICMBio e outros órgãos. “

O efetivo desempenha um trabalho contínuo de prevenção, combate e conscientização nas áreas de maior risco. “Os brigadistas têm papel fundamental no resultado das ações de manejo integrado do fogo, pois não são apenas combatentes de incêndio, são agentes comunitários de sensibilização e se envolvem na queima controlada, educação ambiental e pesquisa”, justifica Ângela, do ICMBio.

Veículos especiais como os jipes, também são usados pelas equipes de prevenção e combate ao fogo Os automóveis tornaram o trabalho mais eficiente nas unidades de conservação, deslocando a equipe com rapidez e segurança aos focos de incêndio e áreas estratégicas para ações de prevenção.

A nível nacional, o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado) é a ferramenta estratégica de combate aos incêndios florestais no bioma. O documento traça ações táticas e operacionais que são implantadas por meio da articulação entre União, Estados, municípios, sociedade civil, setor empresarial e universidades.

Confira as principais dicas para se evitar “queimadas”:

Não jogar bitucas de cigarro pela janela do carro; não fumar em matas e em locais com muita vegetação; impeça crianças de brincar com fogo em áreas verdes e evite fazer fogueiras em áreas de vegetação.

Por: Por Lucas Tolentino

Fonte: Site do MMA

Nota do petiano: Faça já a sua parte e evite que florestas sejam queimadas!
Fica a dica para os ecoleitores!!!!!

Petiano Responsável: Ingrid Fontes


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Artigo: Manguezais: Turismo e Sustentabilidade

Autores:  Leonardo Azevedo Klumb Oliveira, Rodrigo Randow de Freitas e Gilberto Fonseca Barroso
Periódico: Caderno Virtual de Turismo , Volume 5, Nº3
Ano de publicação: 2005

Petiano Responsável: Regina Nascimento

Educação Ambiental em áreas de Manguezal
O ecossistema manguezal é distribuído no Brasil desde o Amapá até Santa Catarina, caracterizando-se por sua alta produtividade e fonte de recurso às comunidades em que vivem em seu entorno. No Brasil, país que possui problemas sociais, utilizar áreas naturais para fins turísticos seria uma alternativa de fonte de renda para as populações das redondezas que aproveitariam as novas oportunidades de trabalho, atuando como guias e artesãos em áreas dotadas de valor paisagístico e cultural como os manguezais.
Há vários tipos de turismo, um deles é o contemplatório. Como se trata de manguezal, serão desenvolvidas atividades que unam a água, fauna, flora, cadeia trófica, entre outros, fazendo links com o turismo pedagógico. As atividades promoverão uma conscientização da população quanto à conservação do ecossistema, evitando a superexploração e poluição do mesmo. Práticas com vinculo da comunidade tornam possíveis os desenvolvimentos do turismo sustentável, erradicando as práticas irresponsáveis que superlotam as visitas ao local, causando danos ambientais como poluição sonora e visual, resíduos sólidos, pescas e coletas de animais, etc. Turismo em ecossistemas frágeis, como os manguezais, é possível de ser realizado de modo sustentável. Para que isso ocorra, é necessária uma ação conjunta entre governo, profissionais e sociedade. A educação ambiental, que é uma das diretrizes básicas para a preservação dos ecossistemas para gerações futuras, está diretamente ligada ao turismo pedagógico e ecológico.

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domingo, 21 de setembro de 2014

Notícia: Concentração de gases do efeito estufa bate recorde

A concentração desse gás na atmosfera é cerca de 150% maior
 hoje do que a 263 anos atrás na era pré-industrial.
Caros leitores (ecoleitores), gases como o gás carbônico, metano e óxido nitroso que são considerados responsáveis pelo aumento do buraco na camada de ozônio, e consequentemente responsáveis pela aceleração do aquecimento global, geram muitas dores de cabeças, fazendo com que se criem vários métodos para a diminuição da emissão desses gases na atmosfera. Porém esses métodos não estão sendo muito eficazes. Segundo um relatório da ONU, o registro dos gases como gás carbônico, metano e óxido nitroso, se encontram em maiores níveis se comparados com a era pré-industrial. De acordo com esse mesmo relatório, a concentração na atmosfera e nos oceanos de gases do efeito estufa no ano de 2013 atingiu níveis recordes, isso devido a maior presença de CO2. A concentração desse gás na atmosfera é cerca de 150% maior hoje do que a 263 anos atrás na era pré-industrial. Esse aumento afeta diretamente a vida marinha, visto que atualmente os oceanos são responsáveis por absorver aproximadamente 25% das emissões de dióxido de carbono, o que pode modificar o ciclo de carbonatos  marinhos e desencadeia a acidificação da água do mar.

Fonte: Deutsche Welle

Petiano Responsável: Jenyffer Gomes

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Artigo: Florística arbórea de um fragmento de floresta Atlântica em Catende, Pernambuco - Nordeste do Brasil.

Autores: Roberto F. Costa Júnior, Rinaldo L. C. Ferreira, Maria J. N. Rodal, Ana L. P. Feliciano, Luiz C. Marangon, Wegliane C. Silva.
Periódico: Revista Brasileira de Ciências Agrárias.
Ano de publicação: 2007

Petiano Responsável: Ingrid Fontes

Olá caros ecoleitores, que tal conhecer mais um pouco sobre a flora de Pernambuco?

Massaranduba (Manilkara sp ) fotografada num fragmento
 da Mata Atlântica no Município de Catende-PE, árvore
 estritamente ameaçada de extinção.
O presente trabalho teve como objetivo a realização de um estudo florístico em uma comunidade florestal arbórea, no fragmento de floresta Atlântica (Mata das caldeiras), localizado no município de Catende-PE, e em seguida também objetivou-se compara-lo com outros estudos realizados em mesma tipologia florestal em Pernambuco. Foram instaladas 40 parcelas de 250 m² cada uma (10 x 25 m), a distância entre as parcelas foi de 25 m, ficando alocadas sistematicamente. Apenas foram amostrados os indivíduos arbóreos, no qual foram etiquetados, tendo o seu CAP (circunferência a altura do peito) medidos >15 cm, a 1,30 m de altura. Todo o seu material botânico foi coletado, juntamente com as suas características dendrológicas. Permitiu-se mostrar 1.049 indivíduos arbóreos, distribuídos em 91 espécies.  Em termos comparativos de similaridade florística entre os estudos realizados em floresta Atlântica de Pernambuco, a Mata do Curado e a de Tejipió foram as mais semelhantes entre si e com a Mata das Caldeiras, enquanto que a Mata dos Macacos, a Mata do Curado e a RESEC da Mata de Dois Irmãos são as mais divergentes floristicamente com a Mata das Caldeiras.

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